sexta-feira, 30 de março de 2012

Gastronomix 2012



Gastronomix chega à sua quarta edição com mais barraquinhas. Este ano serão 14 chefs convidados, entre já consagrados e nomes que despontam


Com mais de mil ingressos vendidos antecipadamente, o Gastronomix chega à sua quarta edição em 2012, com mais barraquinhas de alta gastronomia. O evento gastronômico do Festival de Curitiba acontece no Museu Oscar Niemeyer, nos dias 31 de março e 01 de abril, com 14 barraquinhas e chefs convidados de todo o Brasil.

Nas três primeiras edições, a simpática proposta de criar um clima de quermesse para ofertar alta gastronomia com preços convidativos em barraquinhas de feira, fez um sucesso danado. Com capacidade de atender diariamente até 2 mil pessoas, recebeu ao todo mais de 12 mil nas edições realizadas. 

Como de praxe, o curador Celso Freire fez uma escolha balanceada, que tem como princípio a qualidade gastronômica e levou em conta também a importância de descobrir novos nomes para colocar ao lado dos já consagrados.  Se todos os tipos de cozinha já foram representados no Gastronomix, este ano o destaque recai um pouco mais para os pratos que vem do mar, também com releituras de clássicos, como é o caso do Bobó de Camarão, que no cardápio do Gastronomix ganhou um sotaque francês com autoria do alagoano Jonatas Moreira.

A gastronomia feita em Curitiba está representada por nove convidados, desde nomes tradicionais como Bar do Alemão e Bar do Victor, até empreitadas mais recentes, como o Vila Roti, a Cantina do Délio e Forneria Copacabana.

As aulas-shows que fizeram tanto sucesso em 2011 também estão de volta. Este ano os convidados a ensinar seus pratos para a plateia no sábado, dia 31, são os chefs Murakami e Simone Berti. 

“Sempre olho para as barracas do Gastronomix como se olhasse um cardápio”, observa Freire. “Temos salada, comida vegetariana e massa não pode faltar porque faz um sucesso incrível. São opções bacanas que permitem escolher uma refeição completa da entrada à sobremesa”, completa ele, explicando que a média por pessoa é  passar por quatro barracas.

A principal preocupação na hora de escolher os convidados é oferecer uma diversidade de sabores. “Dar opções de comidas, aromas, cheiros e sotaques. Sempre com a melhor qualidade”, observa Freire. Dentro desta perspectiva tem, por exemplo, o alagoano Wanchako, especializado em comida peruana. “Na minha opinião, um dos melhores restaurantes do Brasil”, considera o curador. “O Murakami é possivelmente o melhor japonês do Brasil, premiadíssimo. Eu o conheço há tempos, e percebo que ele realmente vive um momento impressionante”, comenta o chef curador, sobre o restaurante paulistano Kinoshita.

Freire comenta também três nomes de jovens e promissores chefs. “Por dar muitas aulas tenho a chance de conhecer pessoas em formação e estes convites foram feitos também para reforçar o que digo em sala de aula: tem que ir para cozinhas diferentes vivenciar, como os médicos que fazem residência”, defende. “Não basta ter nascido de pais já com tradição na gastronomia, tem que buscar aperfeiçoamento, experimentar, viajar para ver de perto novas possibilidades”, completa. Jonatas Moreira, do alagoano Akuaba, Joca Pontes do pernambucano Ponte Nova e Bella Masano, do paulistano Amadeus Restaurante, demonstram bem isso. “Jonatas e Bella receberam formação nas cozinhas dos pais, mas foram estudar no exterior, correram atrás, do mesmo modo que o Joca”, pontua Freire. “Convidá-los é, também, minha forma de dar mais uma vez o meu recado para os alunos e todos que planejam ser chef de cozinha: tem que sofrer um pouco, cair na vida antes para só depois, se for o caso, atuar na cozinha dos pais. A escola faz sua parte, mas não cria um chef sozinha”, ensina.

O Gastronomix, outro dado importante, recebe pela segunda vez o selo Gastronomia Responsável, movimento idealizado pela Fundação Grupo O Boticário de Proteção à Natureza, em que os alimentos são preparados com produtos orgânicos, regionais, sem risco de extinção e evitando o desperdício. A louça utilizada no evento é da Oxford Porcelanas e haverá também a participação do café Melitta e vinhos Porto a Porto.

Patrocinadores – O Festival de Teatro de Curitiba é apresentado pelo Itaú e patrocinado pela Britania, Copel, Heineken, Nissan, Petrobras e Fundação Cultural de Curitiba, com apoio do SESI. A Vivo é a operadora oficial do evento. ParkShoppingBarigüi, Shopping Mueller e Shopping Palladium são as bilheterias, enquanto a Lúmen é a rádio oficial do Fringe.

Nos eventos associados, a Heineken patrocina o Risorama. Já o Guritiba, que tem parte da renda revertida para o Hospital Pequeno Príncipe, é patrocinado por Mili e Denso. O Balaroti é o patrocinador do Mish Mash. A Electrolux apresenta o Gastronomix, que usa as louças da Oxford Porcelanas, o café Melitta e vinhos Porto a Porto. Pela segunda vez, também recebe o selo Gastronomia Responsável, movimento idealizado pela Fundação Grupo O Boticário de Proteção à Natureza. O Festival de Teatro de Curitiba tem ainda a contribuição cultural (pela aquisição de ingressos), da Arauco, Brose, Empalux, Furukawa, Neodent, Ouro Verde Transp. E Locação Ltda, Potencial, Totvs, Unimed e Volvo.

Serviço:
Gastronomix 2012. Dias 31.03 e 01.04, das 11h às 16h. R$5 (entrada) e R$10 (por prato)
Museu Oscar Niemeyer (Av. Mal. Hermes, 999). Ingressos antecipados nas bilheterias do Festival de Curitiba, nos shoppings Mueller, ParkShopping Barigüi e Palladdium, além do site do festival de Curityiba: www.festivaldecuritiba.com.br

Chefs e cardápios

De Curitiba
RESTAURANTE DURSKI – JÚNIOR DURSKI
CORDEIRO A CAÇADORA

SEL E SUCRE – KIKA MARDER
RAVIOLI COM RECHEIO CREMOSO DE PARMESÃO, TOMATINHOS FRESCOS E MANJERICÃO

LAGUNDRI – MARCELO AMARAL
LAGUNDRI  BIRO BIRO

CANTINA DO DÉLIO – DÉLIO CANABRAVA
 NHOQUE RECHEADO COM GORGONZOLA AO MOLHO DE COGUMELOS E ESPINAFRE

FORNERIA COPACABANA – BETO MADALOSSO
SALADA COPACABANA

BAR DO VICTOR –  EVA 
ARROZ DE BACALHAU

BAR DO ALEMÃO – ANDERSEN
CARNE DE ONÇA

VILA ROTI – FÁBIO PIMENTEL
SOBREMESA- MERENGUE DE FRUTAS VERMELHAS

PADARIA JOAQUIM JOSÉ –
SOBREMESA- a confirmar nome e participação

CHEFS DE OUTROS ESTADOS
AMADEUS RESTAURANTE –SP- BELLA MASANO
LULA BABY RECHEADA COM BACON E CAJÚ

RESTAURANTE KINOSHITA – SP -  CHEF MURAKAMI
VIEIRAS COM ALGA WAKAME E PEPINO SUNOMONO COM GEMA DE CODORNA

AKUABA – AL – JONATAS  MOREIRA
NOUVELLE VERSION DO BOBÓ DE CAMARÃO

PONTE NOVA – PE – JOCA PONTES
BAIÃO CHIQUE GASTRONOMIX

WANCHAKO – AL – SIMONE BERTI
CEBICHE DE ATUM


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Festival de Curitiba
Relacionamento com a Imprensa


Equipe de Atendimento
(41) 3254-6077 (NQM)
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                          Vanessa Moore (vanessa@nqm.com.br) / (41) 7818-6600

terça-feira, 27 de março de 2012

Panda Café

Esse é um time lapse feito com alguns traços de tinta e muito café. Muito bom, muito bem feito!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Vinícolas Francesas Podem Virar Patrimônio da Humanidade

Produtores da região de Burgundy, na França, se unem em campanha para colocar o solo de mais de 12 mil vinícolas e todos os processos que envolvem a vinicultura local entre os patrimônios da humanidade. O objetivo é preservar não só o terroir, mas também a cultura milenar de fazer vinhos que valem milhares de dólares e que é passada de geração para geração desde o século VII.





fonte UOL

quinta-feira, 22 de março de 2012

Pint to Pint - Real Ales




É muito raro lermos um texto sobre cervejas inglesas sem nos depararmos com o termo Real Ale.

Uma Real Ale é um produto natural fabricado com ingredientes tradicionais e amadurecidos em um processo chamado de fermentação secundária que ocorre no próprio recipiente em que a cerveja é servida (casco, barril ou garrafa). É este processo que torna a Real Ale única entre as cervejas e desenvolve sabores e aromas maravilhosos que cervejas processadas nunca poderão proporcionar.

O termo Real Ale pode ser aplicado apenas às cervejas tipo Ale, ou de alta fermentação, como as bitters, milds, stouts, porters, barley wines, golden ales, old ales, pale ales e IPAs (indian pale ales). 

Se você já tomou uma bitter ou uma pale ale em algum pub no Reino Unido, tirada com o uso de uma grande alavanca (hand pull pump), diferente das torneirinhas de chopp que estamos acostumados, com certeza você já provou uma Real Ale.

                                                 Traditional Hand Pull Pump 

Esse tipo de bomba é necessária, pois como não há a pressão do gás adicionado para fazer a cerveja sair do barril é preciso bombeá-la manualmente para fora.

Uma Real Ale é um produto natural, vivo. Por sua natureza, isto significa que tem uma vida útil limitada e precisa ser cuidada e mantida em uma temperatura correta para que possa amadurecer e expressar seus sabores complexos para o consumidor desfrutar.

Todas as cervejas são feitas de cevada maltada, lúpulo, levedura e água, embora outros ingredientes como trigo, frutas e especiarias possam ser utilizados em alguns casos. A levedura transforma açúcares do malte em álcool e alguns compostos aromáticos. Já o lúpulo fornece os sabores amargos e aromas para a cerveja. O sabor da cerveja depende da combinação dessas variáveis.

A grande maioria das cervejas processadas servidas em garrafas tem uma vida útil mais longa, pois não é um produto vivo. Basicamente, após a cerveja ter terminado a fermentação na fábrica, ela é resfriada, filtrada para remover toda a levedura, carbonatada (gaseificada) artificialmente, engarrafada e em seguida é pasteurizada para torná-la estéril.

O problema é que com a remoção da levedura e com a pasteurização, que mata o que é vivo da cerveja, também são removidos grande parte do sabor e do aroma associados com a cerveja. Como não há nenhuma fermentação secundária ocorrendo no recipiente em que é armazenada, não há nenhuma carbonatação natural da cerveja, de modo que o gás, dióxido de carbono ou uma mistura de dióxido de carbono e de nitrogênio, tem de ser adicionado à cerveja. Isso cria uma cerveja gaseificada artificialmente em vez da suave carbonatação proporcionada pela lenta fermentação secundária em um barril ou garrafa de cerveja Real Ale. 

Tradicionalmente, as Real Ales não são servidas frias, mas em uma temperatura entre 13 e 14°C, como um bom vinho tinto. Certamente as suas primeiras pints (medida de volume inglesa, equivalente a pouco mais de meio litro, comumente utilizada para servir cerveja nos bares ingleses) vão ser lembradas como um pouco quentes, mas você rapidamente vai se habituar à novidade. Sem dúvidas, a cerveja servida a essa temperatura revelará muito mais de seus aromas e personalidade do que as loiras estupidamente geladas que estamos acostumados no Brasil. 

O resultado é que sem a sensação frisante e ácida proveniente da adição de gás carbônico externo, a cerveja resultante é leve, agradável e muito mais interessante de ser bebida.

No início dos anos 70 um grupo chamado CAMRA (Campaign for Real Ale), com sede no Reino Unido, batizou o termo Real Ale para tornar mais fácil para as pessoas diferenciarem as cervejas processadas insossas que estavam sendo impulsionadas pelas grandes cervejarias das cervejas tradicionais cuja existência estava ameaçada. O grupo tem sido um sucesso e os pubs que servem Real Ales normalmente têm placas com os dizeres Cask Beer, indicando que servem cervejas maturadas no casco, ou barril.

Bibliografia:
Designing great beers. Ray Daniels. Bewers publications, 2000.
CAMRA website, www.camra.org.uk.

terça-feira, 20 de março de 2012

5º Curitiba Restaurant Week - Os sabores do mundo estão aqui!






Os sabores, culinárias e especialidades gastronômicas de diversos países estarão presentes no 5º Curitiba Restaurant Week. São restaurantes italianos, portugueses, espanhóis, asiáticos, árabes e franceses, entre outros, que irão promover uma verdadeira “Torre de Babel” gastronômica na capital paranaense. Serão 59 empreendimentos que irão participar desta edição.

Neste ano, os restaurantes optaram entre duas opções de preços. O cardápio completo para o almoço (entrada, prato principal e sobremesa) sairá R$29,90 ou R$32,90 e para o jantar R$39,90 ou R$43,90. O evento será realizado entre os dias 09 e 22 de abril.

Confira a lista dos restaurantes participantes: Forneria Copacabana, Koh Thay Asian Food, Lys Bistro, Vin Bistro Adega e Restaurante, Mediterrâneo, Maccheroni, Forneria Belluna, Donadoni, Mabu Royal & Premium Hotel – Restaurante Brasserie Quatro Estações, Gepetto, Vindouro Vinhos e Bistrô, Soho Thai, Babilônia Gastronomia & Cia, Thai Restaurante Thailandês, Dom Carneiro, Cais da Ribeira – Hotel Pestana, Cenacolo, Pane Olio, Tratoria Lugana, C La Vie, Scavollo, Bar do Victor, Bistrô do Victor, Petiscaria do Victor, Petit Chateau, Chalet Suisse, A Sacristia, Hotel Bourbon – Le Bourbon, Duo, Velho Oriente, Trattoria Boulevard, Arragui, Gonzales y Garcia, Acetto, Salero, Zea Mais, Hotel Four Points by Sheraton – Catanzaro, Radisson Hotel - Origens Cultura Gastronômica, Espaço Gastronômico Ticiano – Quality Hotel, Le Recheaud, Carolla D.O.C, Sel et Sucre, Famiglia Fadanelli, Dop Cucina, La Pasta Gialla (Praça da Espanha), La Pasta Gialla (Park Shopping Barigui), Alegrinni (Alto da XV), Alegrinni (Shopping Curitiba), Soto Asian, Villa Marcolini, Famíglia Caliceti, Orgânicos du Chef, Baltazar Champagnerie & Bistrot, Restaurante Vila Roti, Quintana Café & Restaurante, Avenida Paulista, Restaurante Le Doyen – Slaviero Palace Hotel, Elvis Costella e Empório Santa Genoveva.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O Aroma do Vinho





Se você lembra com saudades o gosto daqueles bolinhos de graxa das viagens de trem de sua infância, sinto decepcioná-lo, mas é o aroma e não o gosto, o objeto de suas recordações.

O paladar só reconhece quatro padrões: amargo, doce, salgado e ácido. Com tão poucas informações, privados do aroma, não conseguiríamos distinguir purê de batata de sorvete de jaca.

É o perfume, o aroma, que diferencia os alimentos e, por excelência, os vinhos. O que chamamos de gosto não passa de retro-olfato, ar aspirado da boca que vai aos bulbos olfativos. 

As moléculas aromáticas, arrastadas pelo ar aspirado, chegam ao topo do nariz onde células olfativas mandam impulsos elétricos para serem interpretados no cérebro.

De lá seguem dois caminhos. Para o hipocampo, junto à memória, onde se registram as impressões profundas e fundamentais, o cheiro da espécie, o aroma da mãe. O outro vai aos tálamos, na zona lateral do cérebro, onde alimenta os reflexos: predador, fêmea, fogo, alimento.

O cheiro permite identificar o veneno, (Ágata Christie sempre identificava a morte por arsênico porque deixava cheiro de amêndoas) o alimento estragado, a doença do filhote e o predador.

No aroma de alarme, quanto mais claro melhor. Quem confundir cheiro de fumaça com fêmea, a menos que seja bombeiro, entra pelo cano.

E porque identificar o predador é mais crítico para a fêmea, a seleção natural cuidou de desenvolver mais o aroma das fêmeas, o que levou a mulher à cozinha e, subproduto, a lavar pratos.

O olfato é um sentido mais importante que o gosto, mas infelizmente, neste campo somos pouco dotados. O faro humano está apoiado em apenas 12 milhões de células, contra 4 bilhões do cão. Por isto, onde temos impressões, os cães têm certezas.

Nossa imagem de aromas é como uma televisão sem antena, que nos fornece informações fugidias de baixa definição.

 O aroma é carreado por uma proteína que possui uma abertura onde se encaixa apenas uma célula aromática. A junção das proteínas afins a uma forma, configuram o cheiro característico.

Por isto aromas inibem-se mutuamente. O aroma de tomate, por exemplo, impede sentir o aroma de rosas, porque a célula do tomate “cabe” na abertura das rosas e bloqueia o encaixe. Cheiros fortes, como cebola, alho, gasolina, entopem tudo e bloqueiam o sentido por algum tempo.

Não se conhece o número de padrões básicos que compõem o aroma. Imagina-se sejam muitos, dadas as infinitas nuanças que se formam, mas convém não esquecer que, com apenas três cores básicas, é possível compor uma interminável série de matizes coloridos.

Tenho para mim que os padrões são sete. É puro chute, mas se estiver certo, espero venha a ser conhecido como o Espectro Olfativo Heptagonal de Doktor Groff. Não ria, Van Hallen deu um chute parecido sobre o cinturão magnético que envolve a Terra, do qual nada entendia, e entrou para a história da física e do rock.

De qualquer modo, se o aroma viesse a ser descodificado, seu Beaujolais deixaria de ser descrito pelos críticos por aquela lista de frutas vermelhas qual tabela de sorveteria e passaria a ter um padrão numérico.

Muitos acham que a confecção de vinhos viraria farmácia de aviamentos, processado na hora, pelo computador, ao gosto do freguês, como já se faz com tinta de automóvel, quebrando seu encanto.

A minuciosa e inequívoca identificação das cores e a capacidade de reproduzi-las não tirou, ao contrário, realçou, a mística de Van Gogh, a beleza do arco-íris, a poesia do pôr-do-sol.

Não creio que a análise do aroma venha perturbar a magia dos nossos Mouton Rothschild, digo 1742-32/65.

Coluna gentilmente cedida por Luiz Groff - Acesse www.invinoveritas.com.br 

quinta-feira, 15 de março de 2012

Cervejaria Bodebrown




A cervejaria Bodebrown produz algumas das melhores cervejas artesanais de Curitiba. São rótulos de altíssima qualidade criadas pelo mestre cervejeiro Samuel Cavalcanti e que vêm ganhando destaque entre os amantes de cervejas por todo Brasil. Em sua busca por sabores, as cervejas Bodebrown trazem o prazer de propagar cervejas junto com um pouquinho da Escócia, prometendo agradar os mais diversos paladares com os mais variados estilos de cervejas reconhecidos mundialmente. Dentre as principais opções da Bodebrown estão a Hop Weiss, a Perigosa Imperial IPA e a complexa Wee Heavy.

A aconchegante Bodebrown Hop Weiss é levemente adocicada com notas de banana e cravo, que desaparecem dando tons cítricos de maracujá que se  espalham suavemente, quase sem amargor. Diferenciada e translúcida pela mistura de malte de cevada com malte de trigo, junto ao lúpulo de amarillo, faz da Hop Weiss uma excelente escolha. Esta cerveja foi desenvolvida com intenção de unir os aromas e sabores de uma clássica Hefe-Weiss germânica com o cítrico dos lúpulos americanos utilizando para isso a técnica de Dry-Hopping, sendo filtrada após a maturação para um acabamento mais cristalino.

A intensa Bodebrown Perigosa Imperial IPA é para os que gostam de sentir o um forte amargor. Ele está presente já no aroma, quando também se sente o balanceamento delicado entre o cítrico do limão e adocicado do caramelo. Quando chega à boca o forte amargor vai se aconchegando entre as notas cítricas e carameladas fazendo o sabor preencher o paladar, criando a inesquecível experiência da Perigosa Imperial IPA. Desenvolvida em 2010 pela Cervejaria Bodebrown em parceria com os Homebrewers, Paulo Cavalcanti, Rafael David e Samuel Cavalcanti, para fazer parte da linha de cervejas extremas da Bodebrown.

A complexa Bodebrown Wee Heavy é especial. No aroma em destaque é possível sentir variações entre o café tostado, caramelo e chocolate. A Wee Heavy preenche o paladar com um adocicado alcoólico que encanta junto com as variações do aroma. Ao final da experiência fica uma leve lembrança de caramelo. Em destaque, ela foi uma das primeiras cervejas da Bodebrown, 1ª do estilo no Brasil e premiada com uma Medalha de Ouro no Mondial de La Bière no Canadá em 2011.

Boa curtição! 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Venda de Cervejas Decepciona em 2011


O volume de vendas de cerveja, produto que sempre foi o destaque de comercialização nos supermercados, decepcionou em 2011. De acordo com levantamento feito a pedido da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no ano passado, comparado a 2010, o item teve crescimento de vendas, em volume, de 2,3% ante avanço de 17,8% em 2010 na relação com 2009.

"Cerveja sempre foi um dos produtos que puxam o índice de vendas e até prejudicou o faturamento anual. Deveria ter registrado um porcentual mais elevado de crescimento no ano passado, mas não teve", disse o presidente da Abras, Sussumu Honda, em coletiva de imprensa hoje. Segundo ele, o clima mais frio no final do ano ajudou a desacelerar as vendas da bebida.

Por outro lado, o vinho foi o destaque das vendas dos supermercados em volume. Em 2011, registrou aumento de 34,9% ante 2010. De acordo com Honda, o consumo da bebida, tanto nacional quanto importada, tem crescido anualmente na casa de dois dígitos. "A concorrência com importadores está fazendo com que a indústria nacional do vinho aprimore sua produção", afirmou o executivo, citando algumas empresas como Salton, Miolo e Valduga.

Ainda entre os destaques em crescimento de volume de vendas ficaram os sucos de frutas para consumo (15,9%); as bebidas à base de soja (13,6%); o chocolate (11,1%); o leite com sabor (10,9%); os salgadinhos para aperitivos (9,7%); os desodorantes (7,9%); as carnes congeladas (6,7%); o açúcar (4,1%) e o iogurte (3,2%).

Já as maiores quedas de volume foram de sabão em barra (-13,2%); pilha seca (-8%); óleo e azeite (-7,7%); farinha de trigo (-7,7%); leite condensado (-5,1%); arroz (-4,7%); café em pó e em grãos (-4,3%); massa alimentícia (-3,9%); alimentos para cães (-3,7%) e leite em pó (-3,3%).

terça-feira, 13 de março de 2012

Falsificador de Vinhos Raros Aplica Golpe de U$ 2,4 mi e é Preso



Um milionário indonésio, conhecido como um dos principais colecionadores de vinhos raros do mundo, foi preso em Los Angeles na última semana, segundo o portal de notícias norte-americano "The Huffington Post".

Rudy Kurniawan, de 35 anos, é acusado de enganar outros colecionadores de vinhos com garrafas falsificadas avaliadas em um total de U$ 1,3 milhão (R$ 2,4 milhões).

As primeiras suspeitas de falsificação surgiram em 2007, depois que uma casa de leilões disse que os vinhos vendidos pelo indonésio na ocasião eram falsos.

Em 2009, o bilionário e iatista norte-americano William Koch processou Kurniawan alegando que várias das garrafas vendidas por ele eram falsas.

Segundo os investigadores, o falsário cometeu alguns erros simples que levaram a sua descoberta. Um dele foi a tentativa de vender, em 2008, um vinho Domaine Ponsot que teria sido feito em 1929. Porém, o engarrafamento da vinícola só começou em 1934.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dois Livros Brasileiros Ganham o Primeiro Lugar do Prêmio Gourmand, em Paris



Um dos principais prêmios de obras de culinária e bebidas do mundo, o Gourmand, deu o primeiro lugar a dois livros brasileiros este ano. O resultado foi divulgado no dia 6 de março, durante a Paris Cookbook Fair, que aconteceu até ontem, domingo (11), na capital francesa. 

O livro “Sabores do Brasil” (Olo Editions) levou a melhor na categoria Fotografia. O experiente Sergio Coimbra clicou as fotos, em seu super equipado Studio SC, em São Paulo, onde são produzidos e fotografados apenas alimentos. Esta é a segunda competição vencida por Coimbra, que fotografa para a Prazeres da Mesa em terras francesas. Em novembro de 2011, ele ganhou o concurso Festival Internacional de la Photographie Culinaire. Segundo ele, tudo isso é o resultado de seu amor pela ligação entre a luz e a textura dos alimentos. 

Na categoria Literatura Culinária, mais um prêmio para o Brasil. Quem levou a melhor foi o livro “Ganso Marisco e outros papos de cozinha” (Melhoramento), de autoria do escritor e executivo Breno Lerner.

Nesta edição, o Brasil foi o décimo país com mais títulos selecionados entre os finalistas, com 11 obras, num total de 71 países. Ao todo, 283 livros competiram por 79 prêmios.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O Colecionador





Não existe uma definição clara dos limites que separam uma pessoa normal de um colecionador, aquele ponto onde cessa o prazer saudável da posse e começa neurose de colecionar.

É absolutamente normal sentir prazer em possuir alguma coisa e quanto mais raro ou especial for este claro objeto do desejo, maior será nosso prazer.
Também é indiscutível que ter dois é melhor que um, e três é melhor que dois.

Mas nas pessoas normais, o prazer se atenua à medida que a posse se repete, enquanto que no colecionador a compulsão se acentua à medida que a lista cresce.

As pessoas normais convivem com o que já têm, o colecionador com o que está faltando.

Quem disse, mais vale um pássaro na mão do que dois voando, comia, não colecionava.

Tenho um amigo que faz coleção de coleções. Coleciona tudo: selos, moedas, cartões de telefones usados, Seleções, Geographic Magazine, caixas de fósforos, cinzeiros roubados em navios, estampas do Sabonete Eucalol. Quando nossa turma viaja para o exterior, vai fazendo encomendas e consegue pôr um grupo de pessoas a procurar fichas telefônicas até em latas de lixo. Felizmente ainda não lhe ocorreu colecionar Modess usados.

A crônica já estava por aí quando toca o telefone:
“Este sujeito, o tal que faz coleção de Estampas do Sabonete Eucalol... Qual é o nome dele? Tenho uma coleção quase completa, só me falta o Rio Nilo. Será que ele não quer vender?”

A crônica nem havia sido publicada, surrealismo puro, e o Colecionador já estava assediando meu amigo.

Não ouso confessar que a crônica lida com metáforas, seres imaginários, junção das manias de várias pessoas, cada qual com uma única coleção, e até os devaneios de um sujeito que não tinha nenhuma coleção, mas sonhava, um dia, fazer todas.

Miseravelmente, traio meu amigo, sobrinho de um farmacêutico de Canoinhas que, violando as caixas de sabonetes do tio, encheu duas caixas de sapatos com estampas do Sabonete Eucalol e esqueceu-as sobre o guarda-roupa, há mais de trinta anos. Dou o seu endereço e, meia hora depois, o Colecionador saiu da casa do meu amigo com a caixa de estampas em baixo do braço.

Colecionador tem que ter inveja, ciúme, despeito, e, sobretudo, alegrar-se cada vez que um concorrente sofre uma perda. Colecionador tem orgasmos: o de sua própria ereção, e o da brochada do rival.

Pessoas colecionam coisas por terem necessidade de organizar o espaço à sua volta e adquirir uma sensação de poder.

É comum encontrar pessoas frias e eficientes em sua área profissional de atuação que se comportam como amadores passionais quando tratam de sua coleção.

Há quem colecione vinhos. Conheci um Comendatore, em Vicenza, que tinha mais de 6.000 garrafas de vinhos diferentes, expostas em vitrines numa sala climatizada.

Nada entendia de vinhos, lado a lado estavam Château Petrus e Liebfraumilch.

Dei-lhe um Sangue de Boi que ganhou um lugar de destaque, porque era o único brasileiro da coleção.

Ter estoque de vinhos não significa necessariamente fazer coleção.

Os grandes vinhos evoluem e se aperfeiçoam continuamente e até se valorizam com o tempo, logo, faz sentido ter uma quantidade guardada, sem o intuito de formar uma coleção.

Já estocar vinhos comuns, que não evoluem e podem ser comprados a qualquer momento, é tão sensato quanto guardar latas de goiabada, embora estas sejam mais fáceis de empilhar.

Tenho muitos vinhos e sinto prazer em possuí-los, mas meu prazer decorre da expectativa do desfrute e não da posse.

Ponho as garrafas sobre a mesa, vou abrindo, cheirando, olhando, mastigando, prestando atenção, tomando notas quando me dá vontade, comparando-as com a opinião de amigos.

Mas não coleciono vinhos, nem guardo anotações, coleciono lembranças.

Coluna gentilmente cedida por Luiz Groff - Acesse www.invinoveritas.com.br

quarta-feira, 7 de março de 2012

Restaurant Week, uma Faca de Dois Gumes



Restaurant Week coleciona polêmicas, mas cresce e bate recorde de casas participantes.

Após cinco anos, a São Paulo Restaurant Week chega amanhã (5) à sua décima edição com o recorde de participantes, 255 casas. Embora se consolide a cada ano, o evento ainda divide opiniões de clientes e donos de restaurantes. A pergunta é sempre a mesma: vale a pena participar?

De um lado, paulistanos se queixam das grandes filas, da segregação no atendimento e da baixa qualidade do menu, que muitas vezes não respeita a proposta original da casa. 

Do outro, proprietários e chefs reclamam do desgaste excessivo da brigada com a quantidade de clientes e das dificuldades para manter a qualidade, tanto no serviço quanto na cozinha, sem ter prejuízo diante dos baixos preços (o menu do almoço custa R$ 31,90 e o do jantar, R$ 43,90, incluindo entrada, prato e sobremesa).

Para os organizadores o restaurante é o responsável por dar conta dessas questões. Segundo eles, "O Restaurant Week é um evento de marketing. Divulgamos quem topar oferecer um menu completo ao nosso preço fixo, mais baixo que o usual." A contrapartida, diz, é uma taxa de R$ 2.000 (em 2012) para que a casa receba menu, banner e folhetos impressos, urna para doações, além de assessoria e fotos de divulgação. 

Assim, é difícil saber quando um lugar não atende à demanda. "Acho o evento bacana, mas não dei conta. Saltei de 50 para 200 menus por almoço, mas a metade das pessoas saiu insatisfeita", diz a chef Renata Vanzetto, 23, do Marakuthai nos Jardins, zona oeste, que participou de duas edições e neste ano está fora. "É muito trampo e pouca grana. Meus funcionários ficavam mortos no almoço e isso se refletia no atendimento do jantar", conta ela.

Bruno Fattori, 33, dono do Le Manjue na Vila Nova Conceição, zona sul, endossa o item finanças. "Não tenho prejuízo, mas fico empatado financeiramente, pois sirvo o mesmo prato do dia a dia durante o evento." Para ele, que participa pela segunda vez, as duas semanas (5 a 18/3) servem como estratégia de marketing a longo prazo. "O jovem que não ganha tão bem pode nos conhecer e voltar no futuro."

Edson Di Fonzo, 55, do La Marie em Pinheiros, diz que é possível ter lucro. "É a hora de exercer a criatividade e ter planejamento. Consigo servir ostra e lagosta porque faço compra antecipada", diz ele, o primeiro a assinar contrato com a marca. "Dá para fidelizar em torno de 10% dos visitantes."

Bel Coelho, 32, que já participou três vezes com o Dui, nos Jardins, acha que o evento cumpre a proposta de democratizar menus caros. "Mas não quero inchaço de clientes. Em outras edições, dei conta, mas não no mesmo nível de qualidade. Digamos que ofereci serviço e comida OK." 

Emerson reconhece que nem sempre tudo sai como o esperado. "Já passei por más experiências, mas tive outras muito boas também." 

Como em quase todas as situações cotidianas, existem prós e contras em participar do evento:

Prós

- Com menu a preço fixo, o evento é uma chance para o cliente conhecer endereços mais caros e para o restaurante conquistar novos clientes

- A Restaurant Week faz o número de clientes até quadruplicar, o que pode aumentar o faturamento da casa e também a caixinha dos garçons 

- O cliente é convidado a doar R$ 1 à Associação Comunitária Monte Azul. Nas dez edições, foram doados cerca de R$ 500 mil

Contras

- Com o menu fixo, a casa oferece receitas mais simples e/ou que não tenham relação com a proposta original do restaurante

- O baixo preço cobrado é um desafio para muitos restaurantes que se propõem a manter o bom nível da comida e do serviço sem ter prejuízo

- Grandes filas e mau atendimento são reclamações frequentes. Além disso, há restaurantes que segregam clientes do evento dos habitués 

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