De um lado temos o ritual da abertura da garrafa de vinho com um saca-rolhas que, para muitos, completa o deleite proporcionado pela bebida. De outro lado temos o risco de anticlímax de abrir um vinho estragado por problemas na rolha.
Nos últimos anos, o debate tem sido intenso em torno do modo ideal de vedar as garrafas e dos problemas que envolvem a rolha de cortiça. O tema é importante, pois o modo de tampar o recipiente influi muito na qualidade final do produto.
Garrafas de vidro são usadas para armazenar vinho desde os tempos do Império Romano. Esse recipiente só se tornou padrão a partir do século XVII e, com ele, o uso da rolha de cortiça foi adotado. As qualidades naturais da rolha de cortiça são muitas: elasticidade, aderência, longevidade e permeabilidade.
Só recentemente, com o aperfeiçoamento das rolhas sintéticas e das tampas de rosca, a cortiça começou a ser ameaçada em seu posto de vedante ideal para as garrafas. O motivo da busca de novas maneiras de tapar os recipientes tem sido o TCA, tricloroanisol, um defeito que ocorre nas rolhas de cortiça. O TCA é uma substância química volátil liberada pela cortiça quando é atacada por um fungo que provoca aromas desagradáveis de mofo no vinho. Fala-se que, hoje, de 2 a 5% dos vinhos vedados com rolhas de cortiça sofrem problemas causados pelo TCA.
A cortiça vem da casca do carvalho da espécie Quercus suber, ou Sobreiro, muito comum no sul de Portugal. Um sobreiro demora 25 anos para dar sua primeira "safra" e depois, a cada nove anos, sua casca de cortiça pode ser retirada novamente.
Atualmente, os produtores de rolhas de cortiça estão trabalhando para melhorar seu produto e reduzir a incidência de TCA. São implementados controles de qualidade para livrar a matéria-prima de contaminação e, além disso, as qualidades naturais da cortiça são enfatizadas, como importância econômica para as comunidades rurais e para o equilíbrio dos ecossistemas dos quais fazem parte, por exemplo.
Os tipos de rolha de cortiça
Os tipos de rolha de cortiça
Rolha de aglomerado de cortiça - A mais barata. Feita de cortiça moída e cola, a partir da sobra da elaboração das rolhas maciças. Difere da maciça da mesma forma que uma madeira maciça se compara a uma madeira de aglomerado. Sua elasticidade e durabilidade são menores que a de uma maciça (e seu tamanho por vezes também). Em alguns casos, a cola destas rolhas pode passar aromas negativos ao vinho, o que motivou alguns produtores a adicionarem um disco de cortiça maciça na parte da rolha que fica em contato com o líquido.
Vedantes alternativos mais comuns
O tema ainda é polêmico e a discussão está longe de alcançar um consenso, já que só o tempo dirá qual o método mais seguro e longevo de vedar essa bebida milenar.
fonte REVISTA ADEGA
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