Como todos os anos, o lançamento do guia "Michelin", o mais famoso do mundo, movimentou o universo da gastronomia francesa.
Neste ano, o único restaurante francês a subir ao topo foi o La Vague d'Or, em Saint Tropez, do pouco conhecido chef Arnaud Donckele, 35. Arnaud, que já trabalhou com Alain Ducesse, define sua cozinha como viva e feminina. Ele utiliza muitos produtos locais e aposta forte no uso de ervas e cítricos, que os quais mistura, de forma simples e brilhante, a peixes pouco conhecidos.
Donckele entra, assim, para o seleto clube dos melhores restaurantes franceses, ao lado de chefs como Joël Robuchon e Alain Passard.
Emocionado com a conquista, disse apenas que quer continuar fazendo uma cozinha regional e artesanal. Tem que tem sido corriqueiro para os grandes restaurantes que têm se destacado no cenário internacional.
A edição 2013 do "Michelin", divulgada anteontem em Paris, também recompensa cinco novos restaurantes com duas estrelas, todos no interior da França.
"É um retorno às origens", disse o diretor internacional do guia, Michael Ellis. "Hoje, vemos que os chefs mais criativos, que fazem uma cozinha tradicional e ao mesmo tempo moderna, voltada para o 'terroir', estão no interior."
Nenhum três-estrelas foi rebaixado. Mas três caíram de duas para uma, entre eles o La Bigarrade, e 35 perderam a primeira estrela.
Ainda que o "Michelin" continue referência da gastronomia mundial, o centenário guia francês não escapa das críticas.
"Tenho a impressão de que o 'Michelin' parou no século passado", disse à Folha o crítico gastronômico do jornal "Le Figaro", François Simon, um dos mais reconhecidos do mundo.
"Existe um abismo enorme entre aqueles que cozinham para o cliente e os que cozinham para os guias. A verdadeira gastronomia francesa é muito mais simples, viva, humana e a preços mais razoáveis", afirma.
fonte FOLHA DE SÃO PAULO
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