terça-feira, 9 de julho de 2013

Análise de Queijos Minas Frescal


O queijo minas frescal, o terceiro mais consumido no Brasil segundo a Associação Brasileira da Indústria de Queijo, tem qualidade superior à de dez anos atrás.

A análise que acaba de ser divulgada pela ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) mostra que as 17 marcas avaliadas são seguras para consumo.

Essas marcas são as líderes de mercado, segundo ranking do setor, e 17 foi o número que a equipe da ProTeste conseguiu encontrar em mercados durante um dia -período em que era possível manter a qualidade das amostras. No total, 33 lojas foram visitadas pelo grupo.

Na análise de 2003, havia micro-organismos em 12 das 15 amostras listadas -incluindo a presença de uma bactéria que pode provocar intoxicação alimentar. Por tratar-se de um queijo que não matura (processo em que perde água e se torna mais seguro), boas condições de higiene, transporte e armazenamento são primordiais.

Já o minas artesanal passa por maturação e é feito com leite cru, submetido, por isso, a uma legislação mais rígida. Segundo apurado, o minas artesanal deve ganhar nova regulamentação federal em breve, que vai substituir norma de 2011 e facilitar sua circulação no país. Leia mais aqui.

QUEIJO SEGURO

Nenhuma das 17 amostras de queijo minas frescal avaliadas em análise encomendada pela ProTeste foi reprovada no quesito higiene.

A qualidade do rótulo também obteve aprovação unânime: todos os fabricantes apresentaram, de maneira clara, dados obrigatórios de acordo com a lei. Entre eles, prazo de validade, informação sobre a presença de glúten e elementos nutricionais.

No laboratório, foi feita, porém, análise para checar se os níveis de gordura e sódio correspondiam àqueles informados no rótulo.

Seis queijos apresentaram irregularidades. O Pelissari, por exemplo, tinha mais gordura do que o anunciado. O Joanópolis informou ter mais sódio e gordura do que realmente tem. O mesmo aconteceu com o teor de gordura do Argenzio e de sódio do Almeida, Balkis e Ipanema.

"Não há impacto negativo na saúde, pois não encontramos substâncias nocivas", diz Manuela Dias, nutricionista e técnica da ProTeste. No entanto, Manuela ressalta que o teste encontrou diferenças maiores que 20% (valor previsto em lei) entre a quantidade de nutriente analisado e a informação estampada no rótulo de três marcas. São elas: Joanópolis, Pelissari e Argenzio.

Os resultados da análise, portanto, serão encaminhados pela ProTeste para a Anvisa (Agência Nacional de 

Na avaliação sensorial dos oito queijos testados, Fernando Henrique Soares, d' A Queijaria, levou em consideração especialmente a textura (que deve ser firme, mas não muito resistente), a quantidade de sal (que, segundo ele, pode ser usada para estender a vida do produto) e o sabor, que deve remeter ao de leite fresco. O queijo Ipanema, em sua opinião, é o que mais se aproxima desse padrão de queijo minas frescal. Já o Fazenda Bela Vista, com a menor nota, tinha textura firme demais e sabor com notas que lembravam amido.

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