sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Micróbios Podem Ser Nova Prova do Fator Terroir nos Vinhos


O termo terroir, cunhado pelos vitivinicultores franceses, é difícil de descrever. Podemos simplificar, dizendo que terroir é uma determinada região que tem características próprias. Ele engloba diversas variáveis e, no fim, designa que um vinho feito nesse local, tem um sabor único, diferente de outro mesmo que feito com as mesmas uvas, com mesmo método, porém em outro lugar.

Mas como se prova que um vinhedo específico carrega mesmo uma assinatura singular que vai até o vinho finalizado? Segundo o professor David Mills da Universidade da Califórnia, a resposta pode estar nos microrganismos. A equipe do cientista pegou 273 amostras de uvas de quatro diferentes regiões da Califórnia de duas safras distintas e observaram-nas microbioticamente, analisando os fungos, bactérias, leveduras presentes em parcelas específicas de vinhedos. Ao mapear a sequência genética desses microrganismos, eles descobriram que diferentes regiões, diferentes variedades de uvas e diferentes climas apresentam padrões diferentes ao nível microbiótico.

“De certa maneira, o conteúdo microbiótico de uma uva na safra é um registro da história de vida dessa uva”, apontou Mills. Ou seja, os diversos micróbios que vivem na uva refletem o seu lugar, suas características genéticas e as condições ambientais. Esses resultados podem influenciar nas decisões enológicas. Por exemplo, em uvas Zinfandel, encontrou-se uma alta concentração de Gluconobacter, uma bactéria que podem produzir ácidos voláteis em excesso se não tratada com dióxido de enxofre. Um enólogo pode então fazer ajustes para não sofrer com isso.

Além disso, as composições microbióticas podem servir como barômetro na vinha sobre o potencial do vinho. “Se você souber quais padrões resultam em vinhos melhores e quais são os padrões perigosos, pode prever a qualidade antes da safra e mudar as coisas de acordo com seu desejo”, aponta o estudioso.

O cientista apontou ainda que não é necessário produzir “vinhos naturais” para que esses organismos vivam em suas uvas. Ele acredita que leveduras comerciais e adição de SO2 não eliminam completamente os micróbios que afetam o sabor dos vinhos finalizados. 

Porém, esses padrões de micróbios são apenas o primeiro passo para provar que é possível identificar o terroir em uma taça de vinho. Os pesquisadores precisam investigar se as distintas sequências microbióticas de uvas não fermentadas têm qualquer relação com os químicos que definem os sabores do vinho. “Terroir é sempre falado com um assunto provado. Não é. No tempo de Galileu, todo mundo estava convencido que o sol circundava a terra. Obviamente, isso se provou um erro. Não estou dizendo que as pessoas que acreditam nos impactos do clima e da geografia no sabor do vinho estão errados. Acho que estão certos. Mas eles precisam se livrar do lado anedótico e entrar nas hipóteses mecanicistas que podemos testar”, finaliza Mills.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Café em Super Slow Motion

Feito pela Spyhouse Coffee House, que fica em Minneapolis, no EUA. Esse lindo vídeo mostra um simples café espresso saindo de uma máquina em super slow motion.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Crise na Alta Gastronomia Francesa!


O chef francês Erick Jacquin, radicado no Brasil desde 1994, está cético quanto à possibilidade de manter em São Paulo um restaurante no modelo tradicional da alta gastronomia francesa, o que levou ao gesto radical de fechar seu La Brasserie no início deste mês.

Com isso, Jacquin - chef repetidamente premiado como melhor francês da cidade- não somente priva seus clientes de sua arte: ele inaugurou uma era impensável, em que São Paulo, onde existem bons bistrôs, deixa de ter representante da alta cozinha mais emblemática do mundo.

"Passei um ano viajando pelo Brasil e observando o que as pessoas querem" disse o chef à Folha. "Acho que querem mais simplicidade no serviço, preços mais em conta", diz ele, que assina o menu do Tartar&Co., no Alto de Pinheiros. Umlugar que, bem-sucedido de público, aproxima-se mais dessa descrição.

"Não pretendo parar, mas chegou a hora de me reinventar", diz ele, que vislumbra um restaurante que não se limite a pratos simples de bistrô, mas onde a criatividade e a sofisticação das técnicas francesas sejam embaladas em ingredientes menos caros e serviço mais descontraído.

Enquanto se reinventa, Jacquin, foca seu trabalho em atividades paralelas aos restaurantes. Ele lançou nesta semana um site www.erickjacquin.com.br no qual promove suas atividades de consultoria a restaurantes e de eventos particulares.

QUADRO MUNDIAL

A crise dos restaurantes franceses de alta cozinha, que foram o emblema da gastronomia ocidental nos dois últimos séculos, não é exclusiva do Brasil. Na França mesmo, essas casas dão sinais de inviabilidade financeira.

Ao mesmo tempo, são símbolos de uma cultura que todos odiariam perder. Para tomar um exemplo, a ópera está longe de ser algo popular; mas continua existindo, contando com subsídios privados e públicos.

Já o grande restaurante não pode contar com esse tipo de apoio. Na Europa, ele tem encontrado sobrevida numa curiosa volta ao passado.

Os restaurantes franceses se espalharam pela Europa no começo do século 20 por meio da hotelaria. E, hoje, são os grandes hotéis, um pouco menos interessados no lucro do restaurante e mais no prestígio que trazem, que abrigam grandes chefs na França.

Outro caminho tem sido o da diversificação dos negócios em restaurantes mais baratos, que compensem o eventual prejuízo do restaurante principal. No Rio, o pequeno Olympe, de Claude Troisgros, funciona somente à noite (salvo às sextas) seis dias por semana. Mas o chef e seu filho tocam também outras casas, inclusive em shoppings, todas de preços mais acessíveis e grande procura.

Aparentemente, todo o setor da Gastronomia deve se reinventar...

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Degustação de Chás na Moncloa Tea Boutique



A Moncloa Tea Boutique promove degustação de chás no dia 17 de dezembro de 2013 das 17h às 21h. 

A tea sommelier Thalita Ferronato, que assina a carta de chás da Moncloa, fará uma degustação na loja com sete diferentes tipos de chás, quentes e gelados, mostrando o preparo e modo de servir. Além disso, a tea sommelier, que também representa a marca argentina El CLub del Té no Brasil, dará dicas de harmonização com comidas, Tea Drinks e benefícios do chá para a saúde. O evento é gratuito e aberto ao público. 

A Moncloa Tea Boutique fica no piso L3 do Pátio Batel.

Sobre a Moncloa Tea Boutique


Inspirada no charme e design dos melhores chás da Europa e Estados Unidos, a Moncloa Tea Boutique traz o conceito de chá gourmet com uma carta de chás composta de 25 sabores de vários lugares do mundo. A bebida é servida no local nas opções quente e gelada e vendida em latas ou pacotes de 45g. Bolachas, biscoitos, alfajores e waffles fazem parte do cardápio. Na boutique há também acessórios para o consumo da bebida, selecionados pela qualidade e pelo design. 

Serviço:

Moncloa Tea Boutique
Endereço: Pátio Batel – Piso L3 Loja 310 (Av. do Batel, 1868 I Batel I Curitiba-PR)
Horário de funcionamento: 10h às 22h (2ª a sábado) e 14h às 20h (domingos e feriados)
Telefone: 41 3020-3414
E-mail: contato@moncloa.com.br
Redes sociais: Facebook, Instagram,
www.moncloa.com.br

Imagens: http://www.mediafire.com/sorttiesolcriativas

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A Cerveja da Manu Buffara, Saison (WAY)


As paranaenses Way Beer (cervejaria) e Manu Buffara (chef) criaram uma cerveja em parceria. A Eat Me foi concebida sob medida para o novo restaurante de Manu, o SIM Brasserie, que inaugura no dia 21 de janeiro.

A Eat Me é uma saison, estilo que surgiu na Bélgica, na região da Valônia, e que deve seu nome ao fato de ser, na origem, uma cerveja sazonal: era feita no final do inverno para ser bebida no verão. Segundo a definição, a saison deve ser leve, clara e ter aroma frutado. Pode ser temperada com condimentos, e entre os sabores condimentados deve prevalecer o picante. O estilo foi escolhido por permitir mais liberdade e, mesmo assim, a Eat Me não é uma saison ao pé da letra. “A gente não quis seguir a classificação oficial. Ela é a nossa interpretação de uma saison”, diz Alejando Winocur, diretor da Way.

Inicialmente, foram feitas quatro cervejas teste que foram testadas em um evento na própria cervejaria WAY e ganhou, por unanimidade, a receita temperada com semente de coentro e casca de laranja. Curiosamente, esse é o tempero das witbiers, como Hoegaarden e Vedett Extra White (e da Inedit, witbier desenvolvida por Ferran Adrià com a Estrela Damm,). No começo da conversa entre a chef e a cervejaria, surgiu a ideia de fazer uma witbier.

E harmoniza com o que? “No contrarrótulo, a gente sugere que a cerveja harmoniza bem com verões chuvosos e invernos ensolarados, que é uma característica bem curitibana”, ri Winocur. “Mas é uma cerveja que combina com bastante coisa. Não tem muita restrição de harmonização.”

Na nova casa de Manu Buffara, que será ao lado do restaurante Manu, a comida é do tipo “casa de vó”. “Como eu sou do interior do Paraná, quis montar um restaurante com essa cara de casa de família”, diz a chef. O restaurante tem um horário de funcionamento elástico – de terça a domingo, das 11h30 até o último cliente – é mais barato (o chamado tíquete médio, cálculo que os restaurantes fazem de quanto cada cliente gasta, com bebida, é R$ 80) e servirá o chope Eat Me por R$ 6,90 – com certeza harmoniza com a porção de bolinho de arroz.

Além de ser servida como chope no restaurante, a Eat Me poderá ser comprada em garrafas em pontos de venda do Brasil todo. Ela deve custar em torno de R$ 10 a garrafa de 310 ml.

Cerveja de chef

Manu Buffara não é a primeira chef a ter sua cerveja. Em 2009, Ferran Adriá criou, com a Estrella Damm, a Inedit, de malte de cevada e de trigo e aromatizada com semente de coentro, casca de laranja e alcaçuz. No começo deste ano, Joel Robuchon e a japonesa Sapporo lançaram a Yebisu, feita com malte da região de Champanhe. Para o Noma, de René Redzepi, já foram criadas quatro cervejas: Novel e Pontus, por Mikkeler, e Oxalis e Júniper, por Evil Twin. Desde junho, a Carlsberg está desenvolvendo uma linha de cervejas com o Nordic Food Lab, laboratório de pesquisa do Noma. No Brasil, a Ici Brasserie, do chef Benny Novak, tem seu rótulo exclusivo, a ICI01, feita pela Colorado com malte de cevada, mandioca e lúpulos alsacianos.

SERVIÇO – SIM Brasserie
Al. Dom Pedro II, 330, Batel – Curitiba
Tel.: (41) 3044-4395
Horário de funcionamento: 11h30/até último cliente (fecha 2ª)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Cozinheiros em Ação, Segunda Temporada


Olivier Anquier é um cozinheiro de mão cheia, mas na nova temporada do reality "cozinheiros em ação", a estrela será você, que cozinha com paixão e criatividade. o francês está procurando o melhor cozinheiro do brasil.

Para isso, Olivier Anquier está procurando, por todo o Brasil, quem cozinha e tem um talento nato com os ingredientes e o gostinho especial - aquele que ninguém sabe explicar de onde vem! Donas de casa, banqueteiras, empregadas domésticas, diaristas que fazem congelados, quem cozinha por hobby, faz encomendas ou tem um micro negócio: o importante é cozinhar com paixão. Mas atenção, os chefs de verdade estão fora!


O programa contará com provas em que os participantes serão desafiados a preparar pratos temáticos, com ingredientes do dia a dia, e mostrarão suas habilidades para um júri “bom de boca”, que escolherá a melhor comida caseira do Brasil. Entre já nessa disputa: preencha o formulário e envie duas fotos, como indicado abaixo, e cruze os dedos para ser o escolhido. As inscrições vão até o dia 8 de fevereiro de 2014. Boa sorte!

Cadastre-se AQUI
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