quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Superstições de Ano Novo


A festa de Revéillon, como todas as celebrações, é regada a comida, bebida e uma grande carga de superstições. E os alimetos não poderiam ficar de fora, afinal, ninguém quer se arriscar a ter um ano ruim.

As supertições alimentares variam muito conforme a região, mas são todas muito importantes para quem acredita e até mesmo os mais céticos acabam seguindo alguns rituais.

A LENTILHA (pelo Amor de Deus, não deixem de comer lentilhas) atrai a riqueza, supostamente. Elas evocam a morte e o renascimento do grão, que quando enterrado renasce multiplicado. A origem desta supertição é italiana e foi trazida para o Brasil pelos imigrantes. No Chile e na Venezuela, pratos à base de lentilha são consumidos no primeiro minuto do ano. Uma colher de sopa é suficiente para assegurar um ano inteiro de muita fartura à mesa.

O ARROZ, presente nas mesas de quase todos os países, simboliza a divindade pela sua cor branca. O consumo desse alimento ainda simboliza riqueza, abundância e fertilidade.

As FRUTAS têm grande importância na ceia de Revéillon. As preferidas  são as que contém muitos caroços, como a romã, a uva e a maçã, por significarem abundância. As ROMÃS servem para atrair dinheiro. Devemos comer sete partes e guardar as sementes na carteira. As UVAS também servem para garantir dinheiro. A tradição portuguesa nos ensina a comer 3, 7 ou o número da sorte de cada um e guardar as sementes na carteira ou bolsa até o próximo revéillon.

As CASTANHAS, NOZES, AVELÃS e TÂMARAS trazidas pelos árabes ao ocidente são recomendadas para garantir fartura durante todo o ano.

Para os supersticiosos, o consumo de PERU e GALINHA ou qualquer tipo de ave, SIRI e CARANGUEIJO ficam terminantemente proibidos. De acordo com a crença popular, por "ciscar" para trás ou "andar de lado", se alimentar desses animais pode arruinar qualquer plano para o ano novo. Somente na Rússia e em alguns locais da África que uma ave é sugerida. Eles comem GANSOS como sinal de fecundidade.

SUÍNOS e PEIXES dão muita sorte. Os suínos se alimentam fuçando para frente, o que simboliza o progresso e a evolução. Os peixes, além de nadar para frente, simbolizam a pureza por viverem na água e a união da família, já que vivem em cardumes e poucos deles são solitários. Sem contar que são leves e pouco calóricos, coisas importantes para o verão brasileiro. Os chineses nunca comem o peixe inteiro, pois as sobras representam a fartura para o próximo ano e, na Rússia, as maiores e mais bonitas escamas são dadas de presente para amigos e familiares como sinal de boa sorte.

E para completar: a ÁGUA. Presente em quase todos os rituais, de quase todos os países, é a maior responsável pela purificação. Por isso a tradição de passar o ano novo no litoral e entrar no mar depois da meia noite. Dessa maneira, purificaríamos o corpo das festas e dos exageros que estão por vir.

E, por favor, sigam todas essas dicas, pois queremos que nossos leitores sejam pessoas de sorte e que progridam sempre em suas vidas. Aproveitem a data lúdica para mudar alguns hábitos que incomodam. Todos devemos aprender a amar mais, perdoar, a elevar nossas expectativas, a conseguir mais tempo para as pessoas que são importantes, a declarar nossos desejos e amores, a arriscar, a saber pagar os preços pelos nossos sonhos e nunca deixar de agradecer aqueles que nos apóiam e nos fazem viver.

Um feliz 2011 a todos!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Chefs Michelin Renovam Cardápio da TAM

GuiaMe
Depois da premiada Helena Rizzo, chef responsável pela cozinha do restaurante Maní, considerado um dos melhores de São Paulo, agora os chefs espanhóis Javier e Sergio Torres, premiados com uma estrela Michelin pelo Restaurante Dos Cielos, em Barcelona, e proprietários do Restaurante EÑE do Rio de Janeiro e de São Paulo, assumirão o novo cardápio da companhia aérea TAM.

Os mais de 500 pratos, entre entradas, principais e sobremesas, que compõem o novo cardápio idealizado pelos irmãos começarão a ser servidos nos aviões da companhia a partir de 10 de janeiro. O cardápio da primeira classe contará com pratos especiais como camarões ao pesto, lombo em crosta de ervas, costeletas de cordeiro com alecrim, dentre muitos outros. Já o pessoal da classe executiva comerão peixe com abobrinha e filés de frango em crosta de azeitona, por exemplo. A classe econômica contará com receitas como a salada de alface, abobrinha e azeitonas, a caçarola de carne com cenoura e alecrim servida com purê de batatas e abobrinha ou o filé de frango com molho demi-glace com tomilho e arroz com gergelim e verduras.

Com a renovação do cardápio, a TAM atualiza também sua carta de vinhos dos voos internacionais, sob responsabilidade de Arthur Azevedo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo, além de editor da revista Wine Style e consultor do site Artwine.

Para harmonizar com os sofisticados pratos do cardápio internacional da companhia aérea, o sommelier buscou vinhos em diferentes países e continentes. Azevedo incorporou produtores que, além de elaborarem vinhos de altíssima gama, também têm como preocupação o respeito pelo meio ambiente e com a agricultura sustentável, representados pelo cultivo orgânico e o uso de técnicas biodinâmicas. As opções foram pensadas para atender a Primeira Classe, a Executiva e a Econômica.

Os novos utensílios de bordo têm design elegante e moderno assinados pela holandesa deSter, tradicional fornecedora das melhores companhias aéreas do mundo. Taças e copos são de cristal vermelho tipo Baccarat. Os clientes da Primeira Classe podem escolher à vontade os cosméticos e demais itens de conforto que querem utilizar durante e após o voo. Já na Executiva e na Econômica, os itens são entregues em práticas nécessaires.

E para fechar com chave de ouro, o trabalho da teablender Carla Saueressig - maior especialista no assunto no Brasil - que desenvolveu um blend especial para seu serviço de bordo, continuará disponível para o cardápio de 2011. Carla criou uma bebida vermelha, cor que simboliza a vida e o calor da TAM, em que se misturam os sabores frutados do Brasil tropical e os herbais da Amazônia, e acrescentou-lhe um tom floral e um fundo doce de baunilha como os bons momentos da vida.


Saiba mais sobre comida de avião:




Cantina do Délio Serve Prato em Apoio à Fundação Pró-Renal



O chef Rodger Weiss Gomes, do restaurante Cantina do Délio, preparou um prato especial para ajudar a Fundação Pró-Renal de Curitiba. Durante o mês de janeiro, 10% da renda obtida com a venda do Tagliatelle Spiaggia será doada à Fundação. O prato leva um delicioso tagliatelle caseiro salteado com manteiga de ervas, uvas crimson, presunto de parma e lascas de parmesão, e custa R$ 19,30.

A fotógrafa Mônica Rocha, que fez as imagens do prato, doou o cachê para a campanha.

Cantina do Délio
Rua Itupava, 1094 – Alto da XV
Curitiba/PR
Tel: (41) 3078-0010




terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A Última Chance dos Vinhos Brasileiros?

VinhoemPauta
Todos nós queremos que a indústria de vinho brasileira seja um sucesso. Realmente existem alguns bons exemplos e nos orgulhamos com relação a isso, mas ainda há muito espaço para evolução. A hora é agora, antes que a competição com a Argentina e o Chile fique difícil demais, afinal eles já dominam o mercado.

O que acontecerá quando empresas sérias do ramo, de países como Austrália e África do Sul, que já possuem know-how, têm um grande potencial econômico e são muito bons em marketing decidirem olhar para o mercado brasileiro? Ou quando vinícolas estrangeiras que já estão no mercado de maneira passiva decidirem aumentar suas vendas no mercado nacional? Quando isso acontecer, e vai acontecer, é muito pouco provável que nossos vinhos sejam capazes de competir com os preços dos produtos que vêm de fora. O correto é estar preparado desde já. Os produtores de vinho nacional precisam trabalhar com estratégias para estabelecer a qualidade e o estilo do vinho brasileiro o quanto antes para assegurar a sua sobrevivência a longo prazo.

Uma das alternativas seria o governo criar barreiras comerciais para diminuir a entrada de vinhos importados. Isso seria uma medida desesperada e protecionista, que não beneficiaria o consumidor em nada e muito menos ajudaria no desenvolvimento da indústria. A criação dessas barreiras poderia diminuir a evolução do nosso mercado ainda mais e, por exemplo, aumentar o espaço para as cervejas, já favorecidas pela legislação.

A idéia mais inteligente seria considerar os vinhos importados como oportunidade de termos boas referências e não ameaça. Uma vinícola não precisa ser grande, ter fundos ilimitados e empregar consultores caros para garantir a qualidade. Há exemplos de famílias pequenas gerindo vinícolas no Brasil que estão alcançando boa qualidade com consistência devido à determinação e grande atenção aos detalhes. Os vinhos podem não ser sempre perfeitos, mas mantém padrões consistentemente altos e há uma ambição latente contínua e dinâmica que rege a melhoria do produto.

O que se precisa nesse momento são de visitas, seminários, workshops, opiniões e sugestões de pessoas com um alto nível de expertise técnica. Até aconteceram essas atividades há pouco tempo atrás, mas nada perto do nível ou da frequência que nossa indústria requer. Existem indivíduos brilhantes espalhados pelo mundo que poderiam trazer know-how. São eles que precisamos recrutar para compartilhar seus conhecimentos e experiências, não jornalistas obscuros.

Não devemos parar de falar e trabalhar apaixonadamente em nossos vinhos, mas a indústria deve se profissionalizar para aumentar a qualidade do que é produzido por aqui.










segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Jantar de Reveillon em Restaurantes

 
SantaTrindade
Mal acabou o Natal e as atenções já estão se voltando para o jantar de Réveillon.

Nada como começar bem o ano com um delicioso jantar, sem ter que se preocupar com absolutamente nada, a não ser gastar um dinheirinho extra. Restaurantes e hotéis recebem seus clientes para uma deliciosa e, às vezes, inovadora festa de fim de ano com temas diversificados e animados. As opções são muito variadas e prometem agradar a todos.

Tradicionalmente, o Ano Novo é sinônimo de viagem. Dessa maneira, a ceia é feita na casa de parentes e amigos na praia ou nos sítios. Ainda, muitos dos pacotes comercializados já contam com o jantar de Réveillon. Mas não faltarão opções para os que decidirem ficar nas grandes cidades.
 
Assim como a ceia de Natal, esse tipo de serviço é procurado por diversos tipos de clientes, desde as pessoas de 3° idade, famílias pequenas, aqueles que não puderam viajar por causa do trabalho, pessoas que moram muito longe de suas famílias e, claro, os turistas, que estão viajando e querem aproveitar tudo que podem.

Os chefs prometem encantar todos com seus cardápios criados especialmente para a ocasião. Os preços para a ceia sofrem uma grande variação, girando entre R$120,00 e R$1.600,00, mas temos a certeza de que ninguém vai se assustar com esses valores.

Confira os hotéis e restaurantes que farão a  festa em CURITIBA, SÃO PAULO e RIO DE JANEIRO.

Corram, reservem, aproveitem e sejam felizes!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Panetone sem Segredos

Diário de Pernambuco
O Panetone é um dos grandes ícones do Natal. Existem por aí diversas lendas sobre sua origem. A mais popular e aceita diz que o Panetone nasceu na Itália no século VX e, como em quase todas as lendas, foi motivada por amor.

Tudo aconteceu porque um jovem se apaixonou e queria impressionar o pai da moça, que, obviamente, não aprovava o relacionamento. Como o sogrão era padeiro, o rapaz arrumou uma vaga de ajudante no negócio da família da pretendida. Para conseguir chamar a atenção, resolveu fazer um pão doce com frutas cristalizadas, que na época era uma super novidade. Com o tempo, a receita ganhou fama e o pão doce ficou conhecido como "Pão do Toni", nome do pai da amada e dono da padaria. E até hoje comemos o tal do Panetone.

Lógico que com o passar do tempo a receita evoluiu. Foram incluídos novos ingredientes e o método de preparo foi aperfeiçoado. O problema é que às vezes o respeito ao se mexer com uma preparação clássica acaba sendo esquecido, gerando resultados muitas vezes desastrosos. Mas isso não vem ao caso. O Panetone tem preparo simples, mas não se quer dizer que as etapas podem ser puladas, ignoradas ou apressadas.

O segredo para se obter um panetone macio é a fermentação. Ela começa com uma “esponja” muito bem feita. Esponja é uma mistura de fermento, farinha e leite e, às vezes, um pouco de açúcar, que fica com uma consistência esponjosa e com algumas bolhas de ar. Isto feito, meu nobre, é preciso respeitar o tempo de descanso para que aconteça a fermentação natural e completa. E esse processo leva de 1h30 a 2 horas. A temperatura ideal, gira em torno de 35°. Se for feita em temperatura diferente, o tempo de fermentação pode variar um pouco.
 
A segunda etapa é sovar, sovar e sovar. Pelo menos 10 minutos em batedeira apropriada ou 20 minutos quando feitos a mão. A massa estará no ponto quando começar a ficar lisa e deslizar. Esse processo, se bem feito, garante que o glúten se desenvolva, os gases da fermentação vão embora e só fiquem as qualidades positivas, como aquele típico aroma de panetone.
 
Agora chegou o momento de escolher  o recheio. Desde o tradicional, com frutas cristalizadas ou gotas de chocolate, até os atuais panetones salgados, que estão na moda.
 
Depois de escolhido o recheio, chegou a hora de porcionar e enformar a massa. Depois de enformado, mais um tempo de descanso, até que a massa dobre de tamanho. Depois da massa estar crescida, já se pode fazer uma cobertura e, de uma vez por todas, colocar no forno, pré aquecido, é claro... Normalmente, o Panetone leva 30 minutos para assar, mas esse tempo vai variar, dependendo do tamanho do Panetone e da temperatura do forno. Aqui vale a dica da vovó: enfiar um palito na massa, se sair limpinho é porque já está pronto

Receita básica da massa de Panetone (rende 6 panetones de 500g)

- 1,25kg de farinha
- 500g de preparado para panetone ou gordura vegetal
- 250g de gemas (cerca de 15 gemas)
- 56g de fermento
- 12g de sal
- 250ml de leite
- 250ml de água

Modo de Preparo:

- Misture o fermento, 375g da farinha e o leite. Reserve e deixe crescer por 2 horas.
- Na batedeira, acrescente o resto da farinha (875g), os ovos, a água e o preparado para panetone. Bata até ficar homogêneo.
- Acrescente o recheio desejado. Divida em porções de 500g.
- Coloque nas formas, cubra com um pano e espere dobrar de volume.
- Prepare a cobertura (doce ou salgada) e leve para assar a 170°C por cerca de 30 minutos.

fonte PRAZERES DA MESA

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Brasil Lança sua Primeira Água Gourmet

                  

A Schincariol lançou a primeira água gourmet produzida no Brasil: a FYS (For Your Sense). E ela já nasce com a chancela da ABS - Associação Brasileira de Sommeliers.


A FYS vem com a intenção de ser um produto de alta gastronomia e será comercializada nas versões com e sem gás.

A FYS, em ambas as versões, passa por rochas ricas em substâncias minerais alcalino-terrosos, com elevado teor de bicarbonatos e cálcio, sendo capaz de diminuir a acidez estomacal, favorecendo a digestão.

Os preços de venda sofrerá variações de acordo com o ponto de venda, mas custará em torno de R$6,00 a garrafa com 330ml.

Segundo Mário Telles Jr., vice presidente da ABS, essa água tem aromas da natureza, mineralidade e acidez equilibrada, leve e refrescante. Destaca que a temperatura correta de degustação fica entre 10° a 12°C para a sem gás e entre 8º e 10°C para a com gás. Lembra também que as águas premium ou gourmets não devem ser consumidas com limão ou gelo.

Quanto à harmonização, as águas leves devem ser acompanhadas de vinhos e pratos leves. Já águas mineralizadas  têm corpo mais estruturado e pedem um vinho mais encorpado e pratos mais pesados ou condimentados. A temperatura da água deve ser ligeiramente mais alta do que a do vinho para evitar distrações.

De acordo com Telles Jr., a FYS sem gás vai bem com vinhos sauvignon blanc, prosecco, riesling renano, moscatel, chardonnay e destilados brancos como vodca e cachaça branca. Enquanto a FYS com gás acompanha bem vinhos à base de cabernet sauvignon, carmenere, tannat, shiraz e malbec ou destilados envelhecidos em tonéis de madeira como uísque, conhaque e cachaça envelhecida.


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Gastronomia Desbanca Medicina no Vestibular da UFRJ

Interdi
Estreando com chave de ouro, o curso de Gastronomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desbancou até mesmo Medicina, tradicionalmente o mais concorrido pelos vestibulandos. O bacharelado em Gastronomia, uma excelente novidade deste ano, tem 115 candidatos por vaga, enquanto Medicina finalizou suas inscrições com 104 candidatos por vaga.

Para o curso de Gastronomia, 40% das vagas serão preenchidas pelo próprio vestibular da UFRJ, com resultado previsto para 14 de janeiro, 40% das vagas serão definidas pelo ENEM e, conforme a lei, os 20% restantes serão reservados para o sistema de cotas.

Organizado pelo Instituto de Nutrição, o curso será de quatro anos, em que os selecionados aprenderão o prepararo de diversos pratos, as mais variadas técnicas, história da Gastronomia, noções de administração e realizarão pesquisas na área de alimentos. A UFRJ é a quarta universidade federal a incluir gastronomia na sua grade de cursos e a pioneira no Sudeste.

Para Nilma Morcerf, coordenadora do curso, a procura não chegou a ser uma surpresa. Há 10 anos atrás, não haveria tanto interesse, mas a gastronomia deixou de ser vista como algo elitista, passando a ser assunto de interesse comum.

fonte G1

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Guia Josimar 2011

Blog do Josimar
Hoje, dia 20 de dezembro, a partir das 19h no Sofitel São Paulo, acontece o coquetel de lançamento do Guia Josimar 2011, que completa 19 anos de história.

Palavras do próprio Josimar: "Estão todos convidados para um drinque, com bebida boa para todos"

Este ano o guia traz 870 restaurantes, 334 lojas para gourmets e 216 bares e cafés.

Para entender um pouco em que contexto da cena gastronômica sai esta edição, reproduziremos aqui a apresentação do livro.

Na escalada de preços, o destaque dos bons e baratos

Com tanta coisa acontecendo na gastronomia da cidade, é desagradável que o maior assunto, quando se fala em restaurantes, seja... o preço. Mas é compreensível: São Paulo tornou-se nos últimos anos uma das cidades mais caras do mundo. Não apenas na comida – também em itens tão diversos como imóveis ou livros. E os restaurantes não escaparam a esta sina.

Dada a espiral de preços, perde-se um pouco a noção do que é decorrência inevitável da situação econômica do país, e do que é excesso, ponto fora da curva. De toda forma, fica esta sensação generalizada de desconforto do público, achando tudo caro demais.

Mas há pelo menos uma consequência interessante desta situação: a emergência de restaurantes que buscam uma via alternativa. Nem só os fast-foods podem ser baratos; a boa cozinha também pode ser acessível.

Os restaurantes bons e baratos têm que se virar na criatividade para fazerem jus aos dois adjetivos. Buscar ingredientes de qualidade mas que, por serem menos óbvios que o filé-mignon, também custam muito menos. Substituir certos itens de luxo e conforto – que encarecem a operação (e as contas) – por atrativos como a atmosfera do local e a cordialidade do serviço.

Comer em lugar apertadinho, barulhento, com espera, não é o ideal de nenhum gourmet; mas se a comida é boa e os preços atraentes, por que não relaxar e gozar? O público está mostrando que adota esta opção prazerosamente.

Este ano não houve grandes promoções, nenhum novo três-estrelas; mas as grandes mesas, ainda que caras, continuam mostrando suas qualidades; a cozinha bossa-nova, de jovens chefs modernos entusiasmados com produtos brasileiros, mostra que veio para ficar; e os restaurantes de perfil mais simples (na operação) e boa comida prometem estimular a gastronomia da cidade.

(Apresentação do Guia Josimar 2011, editora DBA)

Mais informações no Blog do Josimar. O Sofitel São Paulo fica à Rua Sena Madureira, 1355, São Paulo/SP (telefone: 11 3201-0800).

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Tem Maconha no McDonald's?

CMIBrasil
O McDonald's sempre viveu em torno de boatos, mitos e teorias mirabolantes a seu respeito. Muito já se falou sobre as batatas fritas que nunca estragam e sobre o hambúrguer ser feito de minhoca, entre tantos outras especulações. Mas agora, fala-se sobre outro assunto.

Para os que gostam, sempre ficou a pergunta: por que que a batata frita do McDonald's é diferente das que comemos em casa ou em qualquer outro lugar? Por que é mais gostosa que as outras? Deixando claro, que, na nossa opinião, McDonalds não é gastronomia e nem gostoso.

Walt Ricker, porta voz da empresa, em entrevista ao New York Times, disse: "O McDonald's adiciona sabor de carne às batatas antes delas serem congeladas instantaneamente e cumpre todas as regras do FDA (órgão americano que regula o setor de alimentação) ao dizer que elas incluem ingredientes naturais."

Dessa afirmação surgiu uma nova especulação: "Qual ingrediente natural, que vem de uma planta, dissolve-se facilmente em gordura, realça o sabor dos alimentos, desperta o apetite até em pacientes terminais de câncer e faz tudo parecer alegre, bonito, feliz e colorido?" Já notaram onde isso vai dar né?

Segundo o Dr. Omar Khayyam Ravenhurst, bioquímico e professor da Universidade Estadual da Pensilvânia, é possível se afirmar, com toda certeza, que desde a década de 70 o McDonald's vem adicionando um extrato natural de maconha em toda a gordura que é utilizada em seus alimentos, desde a usada nos sorvetes, passando pela utilizada na fabricação do pão, até o óleo usado para fritar hambúrgueres e batatas.

Segundo o mesmo Dr. Ravenhurst, a maconha faz com que o rinencéfalo, área do cérebro responsável pela percepção do cheiro e do gosto dos alimentos, fique superestimulada. Pois, como alguns de vocês já sabem, a maconha aumenta o apetite em pelo menos 3 vezes e é por isso, segundo os novos boatos, que as pessoas tomam quase um litro de coca-cola, comem um pacote inteiro de batatas e um sanduíche sem nunca parecer estar satisfeitas. Ou seja, seria por esse motivo que as pessoas não conseguiriam parar de comer aquela comida que só tem aparência de fresca, mas que na verdade, não tem gosto nenhum, a não ser o gosto artificial de McDonald's, é claro...

Teoria da conspiração? Provável. Imaginem a logísitica que teria que ser montada para que o McDonald's conseguisse produzir ou adquirir maconha, que continua sendo ilegal para esse fim em todo mundo, para produzir um extrato natural, adicionar à sua produção e passar desapercebido durante todo esse tempo. Mas, de qualquer maneira, não deixa de ser interessante a "notícia"...

fonte CMI BRASIL e GEH

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Amaranto, o Super Alimento


EmagracerDasfutil
Grão andino ainda pouco conhecido no Brasil, o Amaranto está desbancando a quinua e ganhando o status de Superalimento. Considerada quase milagrosa, a planta do Amaranto tem ainda uma vantagem: pode ser consumida em grãos, folhas, flores, flocos e farinha.

O Amaranto tem aproximadamente 15% de proteína com alto teor biológico, que tem todos os aminoácidos essenciais que o nosso organismo não produz, podendo ser comparada à proteína do leite. Também é fonte de cálcio biodisponível, que tem melhor absorção, o que não é comum em outros vegetais. Conta ainda com grande quantidade de fibras, fósforo, ferro, subtâncias antioxidantes, zinco e uma série de outros nutrientes. Não contém glúten, o que o transforma em mais uma opção para os celíacos.

Pesquisas da USP e da UNICAMP revelam que o Amaranto é um alimento funcional, com forte potencial para reduzir níveis de colesterol e pressão arterial e ainda exerce grande influência na regularização dos intestinos.

Uma das principais vantagens do Amaranto em relação a quinua real é a ausência de gosto residual, o que aumenta a aceitação para se fazer a substituição em farinhas, pães, farofas, bolos, sucos, doces, etc.

As pesquisas ainda vão continuar e o próximo passo é incluir a farinha de Amaranto em preparações  industriais, sempre com o objetivo de aumentar o valor nutricional dos alimentos.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vilões da Cozinha - Parte II, O Lixo

SinalVerdeLixoOrgânico

Todos sabem os transtornos que a má destinação de resíduos causa. Obviamente, os restaurantes se enquadram neste problema, sendo inclusive, um dos maiores produtores comerciais de lixo.

Existem dados que apontam que somente 2% do lixo brasileiro é reciclado. Isso pode ser atribuído a várias razões, mas muito se deve ao fato que é mais barato jogar no aterro do que reciclar. Todos sabemos que o descarte do lixo sem o devido tratamento libera substâncias que poluem o solo, os lençóis freáticos e, por consequência, todo o sistema hídrico da região de descarte.

Para solucionar o problema dos resíduos em restaurantes, existem algumas soluções. O ideal é que o lixo reciclável seja separado e recolhido pela prefeitura ou por cooperativas. O problema do recolhimneto pela prefeitura é que a coleta pode não ter periodicidade necessária e o lixo passa a se acumular e virar um transtorno para os donos de restaurante, que acabarão por efetuar o descarte junto com o lixo comum. O recolhimento feito por cooperativas pode ser mais eficiente. Inclusive, essa atitude gera emprego e renda para pessoas carentes.

A questão do lixo orgânico é diferente. Pode ser tratado com um sistema de composteiras, que consumirão a maior parte do material, deixando para ser descartado somente alguns ossos, alimentos cozidos e gordurosos. Com as composteiras, o lixo vira humus, que pode ser vendido ou dado como um mimo aos clientes. Uma outra alternativa são máquinas que trituram, prensam e desidratam o lixo, transformando-o em um pó, que pode ser descartado ou usado como adubo. O maior problema desses métodos são o alto custo de implantação e a manutenção dos sistemas. As máquinas de triturar lixo, por exemplo, chegam a custar R$50.000,00, o que é inviável para a maioria dos restaurantes. Já as composteiras exigem um trabalho diário e cuidadoso para evitar mau cheiro e garantir a decomposição correta.

Uma outra forma de tratar esse lixo é a utilização de trituradores instalados em pias, que levam os resíduos pelo esgoto. Existe um problema muito sério com esse sistema, que é o acúmulo de resíduos em canos do restaurante e da rede pública. Vale lembrar que resíduos com excesso de gordura são triturados juntos com os alimentos, o que contamina, de forma muito séria, o esgoto, aumentando os custos e a utilização de produtos químicos em seu tratamento.

Contudo, a principal ação, tanto para proprietários de restaurantes quanto para pessoas comuns, é a utilização racional de produtos. A idéia é evitar grandes embalagens,  ter mais cuidado nas compras e evitar o consumo desenfreado e o desperdício. A regra dos 3 Rs sempre é válida. Primeiro se pensa em Redução de consumo. Depois em Reutilização de produtos e embalagens. Somente após, se descarta da maneira mais correta possível para Reciclagem.

Leia também sobre o problema causado pelo ÓLEO DE COZINHA

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Jamie Oliver Critica Gordon Ramsay




DailyMail
O clima anda um pouco tenso entre "realeza gastronômica britânica". Jamie Oliver, chef dócil que coleciona fãs pelo mundo inteiro, criticou Gordon Ramsay pelo tratamento desrespeitoso em relação aos indianos em seu programa Gordon's Great Scape, uma espécie de documentário que relata a viagem do famoso chef escocês à Índia.

Este programa tem 3 episódios em que Gordon foi filmado falando obscenidades às pessoas que encontrou por lá. Inclusive, ironizou um guru local que o ensinou a preparar receitas vegetarianas. Pela publicação do Daily Mail, nada de anormal foi dito, para o padrão Ramsay, obviamente.

Ele disse coisas como: "'Very good. F****** spicy" ("Muito bom. Apimentado prá c*****!", em tradução livre) sobre um prato que experimentou. Nada assustador para quem o conhece. Pena que isso tenha sido dito para uma criança de, aparentemente, 12 anos. Para uma senhora muito educada que disse que ele deveria ter usado mais temperos, soltou: "You little f*****, making me look like a t***!". Algo como "Sua p***inha, me fazendo parecer uma v****!" . Para o chef que fazia uma festa de casamento, pai do tradutor, também reservou uma das suas:  "Tell him that he's the dog's b****", ou, "Diga para ele é as bolas do cachorro.", mais uma vez em tradução livre.

Sobre o fato, Oliver disse: "Eu não ligaria se ele tivesse feito o seu trabalho direito, mas ele não fez. Ele simplesmente não mostrou respeito [pela Índia]. A coisa mais importante a fazer quando você visita outra cultura é calar a boca, sorrir e aprender tudo. Você não julga e não grita com as pessoas. Como ele ousou fazer isso?"

Oliver ainda declarou: "Quando você ama televisão e gastronomia tanto quanto eu, você percebe que grande parte das coisas maravilhosas no mundo são resultado de misturas étnicas".

O fato é que o jeito implacável e com grande uso de palavrões por parte de Ramsay pode até fazer parte do jeito moderno britânico de falar, mas do ponto de vista indiano, essas palavras e ofensas são muito sérias e inacetáveis.

Nós já assistimos o programa, inclusive este episódio, e não vimos nada demais para quem conhece o Gordon. Ele se mostrou muito feliz com a cultura indiana e muito satisfeito com tudo. Inclusive elogiou demais todos os pratos e pessoas que o ajudaram. Inclusive classificou a alimentação indiana como incrível e com muita história, dizendo que as pessoas cozinham com o coração e muito amor.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ceias de Natal em Restaurantes

SnobFood
Serviço antes oferecido somente por hotéis, restaurantes começam a ver a Ceia de Natal com bons olhos e como uma boa oportunidade de fechar bem o caixa do ano.

O setor de alimentação é um dos que mais lucra no mês de dezembro e por que não ganhar um pouco a mais trabalhando durante a ceia de Natal? Tradicionalmente, somente hotéis abriam no Natal e restaurantes se limitavam a fazer entregas, mas aos poucos, as coisas têm mudado e já existem nos grandes centros diversos restaurantes que já estão preparados e lotados para a ceia do dia 24 e almoço do dia 25.

Esse tipo de serviço é procurado por diversos tipos de clientes, desde as pessoas de 3° idade, que não querem se incomodar mais com a preparação do jantar, famílias pequenas, famílias que não vão viajar por causa do trabalho, pessoas que moram muito longe de suas famílias ou até mesmo aqueles totalmente desapegados às tradições e que simplesmente não se importam com a Ceia de Natal.

Além de servir jantares tradicionais, chefs não abrem mão da inovação nessa hora e preparam ceias completamente diferenciadas, passando por cozinhas italiana, francesa, árabe e contemporânea, que são as que mais chamam atenção. Os valores variam entre R$100,00 e R$400,00 por pessoa, o que não intimida, em nada, a clientela. Para quem quiser aproveitar, é bom correr e fazer as reservas para não ficar de fora da festa.

Veja AQUI uma lista dos restaurantes que abrirão na noite do dia 24 de dezembro em São Paulo. Os curitibanos, leiam esta matéria da Gazeta do Povo.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Bizarrices do Bacon

Tá certo que bacon é uma delícia, fica bem em tudo, e sentimos pena dos desafortunados que não podem comê-lo. Mas tudo nessa vida tem, limites.

Vejam os produtos mais bizarros já feitos com bacon.

E caso vocês conheçam mais imagens, sobre bizarrices sobre bacon, mandem que nós publicamos.

Band Aid de Bacon

Catchup de Bacon, que diz ser feito com bacon natural

 Balas de Goma de Bacon

Fio Dental sabor de Bacon

Chicletes de Bacon 

 Mints de Bacon 

Palito de Dente sabor Bacon

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Livro: Modernist Cuisine, The Art and Science of Cooking








O físico e matemático Nathan Myhrvold, em parceria com o fotógrafo Ryan Matthew Smith, está lançando um livro impressionante, com as mais belas imagens de alimentos já produzidas no mundo: o Modernist Cuisine, The Art and Science of Cooking. Com combinações únicas de arte e ciência, promete ser um lançamento à parte de todos os outros livros de culinária já lançados.
  
Com previsão de lançamento para janeiro de 2011, já causa rebuliço na mídia especializada. O livro conta com 6 volumes e 2.400 páginas recheadas de receitas inimagináveis, imagens incríveis, dicas, enfim, tudo que há mais moderno e artístico na gastronomia atual.

O lançamento tem a intenção de inserir a ciência na cozinha, alcançando patamares culinários e experiências gastronômicas nunca antes imaginados. Apesar de a culinária molecular já existir há algumas décadas, o livro parece levá-la a máxima potência. Embora nem todas as receitas possam ser feitas numa cozinha comum, elas ao menos mostram que os limites da culinária são praticamente inexistentes.

Claro que um empreendimento arrojado como esse precisa de alguém muito ousado para fazer. O idealizador do livro, Nathan Myhrvold, foi chefe de tecnologia da Microsoft. Nathan terminou seu primeiro doutorado aos 22 anos e chegou a ser aprendiz de Stephen Hawking, o mago da física quântica. Mas suas habilidades não se limitam à esfera estritamente científica. O físico também estudou na renomada escola de culinária La Varenne na França. Passou os últimos três anos enfurnado em um laboratório, onde testou e experimentou novas técnicas e receitas.

Muitos jornais e revistas estão alardeando o lançamento da publicação, bastante aguardada tanto por gourmets quanto por obcecados por ciência e tecnologia. O preço de venda previsto é um pouco salgado: U$625,00, mas pode ser feita uma pré compra pela AMAZON com preço promocional de apenas U$475,00.

Vejam abaixo alguns depoimentos de personalidades da gastronomia internacional:

Ferran Adriá: "Este livro vai mudar a forma com que entendemos a gastronomia."

Tim Zagat: "O livro mais importante de arte culinária desde Escoffier."
  
Heston Blumenthal: "Uma fascinante visão das técnicas da moderna gastronomia."

David Chang: "O livro de culinária que vai acabar com todos os livros de culinária."

Explorem o site MODERNIST CUISINE, onde podem ser encontradas imagens impressionante, vídeos incríveis, relatos, experiências e muito mais.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

1° Ceia Virtual Solidária do Cuecas na Cozinha


De 1° a 31 de dezembro, o Alessander Guerra, através de seu blog CUECAS NA COZINHA, está fazendo uma campanha muito legal. A intenção é estimular as pessoas a doarem  apenas R$ 10,00 para os Médicos Sem Fronteiras. Todos os dias, o blog postará fotos de pratos e drinks com as receitas ou simples dicas de gastronomia enviadas por todos que queiram colaborar e participar.

Segundo informações do site do Médicos Sem Fronteiras, R$30,00 por mês é o suficiente para tratar uma criança desnutrida com menos de 5 anos, R$60,00 para que um portador de HIV receba tratamento adequado e R$84,00 para prover tratamento a 252 pessoas com cólera.

Dessa maneira, R$10,00 que aparentemente parece pouco dinheiro, se for multiplicado por 100 doadores, incluindo nós blogueiros, chefs de cozinha e nossos queridos leitores que queiram participar, juntaremos R$1.000,00. Isso seria suficiente para tratar 34 crianças desnutridas com menos de cinco anos, 17 portadores do vírus da AIDS ou 3.000 pessoas com cólera.

Para depositar aos Médicos Sem Fronteiras, é só acessar uma das contas:

Banco Itaú – agência 0603 – CC 32.000-3
Bradesco – agência 3060 - CC 111.456-5

CNPJ de Médicos Sem Fronteiras: 00.988.096/0001-48


Quem é de fora do Brasil pode verificar como ajudar em seu país, afinal o Médicos Sem Fronteiras é uma Organização Internacional.

Quem tiver dúvidas, é só entrar em contato com o Alessander Guerra pelo email alesguerra@gmail.com que ele passará maiores informações.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Os Problemas das Escolas de Gastronomia


BackstageRecife
Há 15 anos atrás, não existiam escolas de gastronomia no Brasil. O jeito de aprender a profissão era encarar a cozinha, no calor, no peito e na raça. Mas com a chegada de um time de feras estrangeiras ao Brasil, como Christophe Besse, Jorge Monti, Luciano Boseggia, além de Laurent Suaudeau e Emmanuel Bassoleil, a coisa começou a mudar. Com a criação da ABAGA (Associação Brasileira de Alta Gastronomia), os cursos começaram a aparecer por todo o país e hoje, já estabelecidos, se preocupam em elevar o nível de ensino, que é muito criticado e considerado de má qualidade.

Segundo o INEP (Instituto Nacional de Aprendizagem e Pesquisas Educacionais), o Brasil tem 111 cursos de gastronomia registrados, sendo 101 de graduação e 10 sequenciais. Dentre todas as escolas de graduação, apenas 7 oferecem o título de bacharel, enquanto as outras 94, de tecnólogo. Nessa conta, existem 2 escolas federais, 2 estaduais e 97 escolas particulares, normalmente muito caras.

Com a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas, não há como não prever um aumento na demanda de mão de obra qualificada, mas nada garante que esse aumento será proporcional ao número de gente que se forma. Ou seja, fazer a faculdade de gastronomia pode não resolver o problema de trabalho dos estudantes, que para conseguir uma chance, terão que enfrentar o mundo competitivo das cozinhas.

Cada dia mais presente em revistas e vendo chefs se tornando celebridades, a carreira conquista milhares de jovens endinheirados, que se deixam levar pelo lado fashion da profissão. Para os mais ricos, o final do curso marca o começo de uma carreira internacional, com viagens à Europa e EUA. Mas, mal sabem que a vida de chef não é nada glamourosa e que o trabalho pesado é a única forma de alcançar o sucesso na profissão. Os grandes chefs internacionais, que hoje são celebridades, não deixam de exigir muita garra, esforço e determinação de seus aprendizes.

Ao ingressar no mercado de trabalho, os alunos, orgulhosos de seus diplomas, se deparam com um mundo completamente diferente do que sonhavam ou aprenderam nas escolas. Chefs como Laurent Suaudeau, concordam com o estudo como forma de difusão da cultura gastronômica, mas é categórico ao afirmar que os alunos levam de 5 a 10 anos de trabalho duro para se tornarem chefs. E esse conceito é altamente ignorado pelos estudantes, que se denominam chefs desde a entrada nas escolas.

Emmanuel Bassoleil vê a falta de investimento em professores qualificados como o maior problema das instituições de ensino e acusa a falta de vivência do mercado e a falta de conteúdo teórico como os principais vilões da formação de cozinheiros.

Existem diversos exemplos de professores de gastronomia que mal entraram no mercado de trabalho. Por melhor que seja o aluno e conheça as mais variadas técnicas gastronômicas, é o trabalho que irá prepará-lo para a sala de aula. A falta dessa vivência pode ser considerada grave, afinal os alunos querem professores que conheçam o mercado, que conheçam outros chefs e que tenham "causos" da profissão para contar e não alguém que tenha muita teoria na bagagem ou seja craque em ler livros.
Confira uma lista de escolas de gastronomia por todo o país AQUI.
 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Empreendedorismo em Restaurantes


SuperEmpreendedores

Para ser um empreendedor de sucesso no mercado de alimentação, é preciso que o empresário tenha diversos atributos. Dedicação, iniciativa, capacidade de comunicação, capacidade de levantar dinheiro, visão de futuro, saber correr e gerenciar riscos e conhecer, acima de tudo, o mercado gastronômico.

Segundo dados da ABRASEL, 67% dos restaurantes abertos no país fecham as portas em menos de 2 anos. Apesar do crescimento do setor ser de 7% ao ano, quase duas vezes maior do que o PIB nacional, os estabelecimento continuam a fechar. E qual seria razão disso acontecer? Com o dinamismo do mercado, as coisas não são mais feitas como antigamente e a atualização do conhecimento e dos modelos de gestão são, cada vez mais, primordiais para o sucesso de qualquer investimento.

Em épocas passadas, de hiper inflação, os erros de administração eram mascarados pela constante elevação dos preços. Mas a dinâmica do mercado mudou e o amadorismo vai ficando para trás. Aqueles tempos, em que as pessoas falavam: "Aposentei-me e agora vou abrir um restaurante, afinal, minha esposa adora cozinhar e eu gosto de lidar com pessoas", está ficando para trás. Infelizmente, isso ainda existe e muitos continuam gastando suas aposentadorias ou toda a economia de uma vida para abrir um restaurante e depois de pouco tempo, ficam sem o restaurante, sem seu dinheiro e, na maioria das vezes, com uma dívida enorme que levará muito tempo para ser paga.

O mercado está cada vez mais versátil e exige mudanças e adaptações constantes. Com o fim do modelo amador de gestão, os profissionais estão dominando o mercado e não prometem parar mais. Restaurante virou empresa séria, e quanto antes as pessoas entenderem isso, mais cedo deixarão de perder seu dinheiro.

A preparação profissional, através de um BOM plano de negócios, com um BOM estudo financeiro, seguido de um excelente controle de gastos e vendas, um cardápio distinto, estudo de localização e especialmente, um bom estudo de posicionamento de mercado passaram a ser fundamentais para qualquer tipo de empreendimento gastronômico.
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