quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pier Paolo Picchi é o Primeiro Brasileiro a Conquistar Festival Italiano


O chef Pier Paolo Pichi, do Picchi Restaurante, venceu na última semana o 9º Festival Girotonno, na Itália. O concurso gastronômico de proporções internacionais, organizado pela Italian Culinary Institute for Foreigners (ICIF), girou em torno do atum. O chef teve que compor um prato com o peixe, e a criação passou pelo paladar apurado de 15 personalidades da gastronomia e de turismo italianos.

Pichi passou por essa prova e venceu com unanimidade, sendo o primeiro brasileiro a levar o prêmio. Em comemoração ao resultado do concurso, que aconteceu na região do Piemonte, o chef promove o Festival de Atum entre os dias 4 e 9 de julho, em seu restaurante, na capital paulista.

Durante esses dias, os clientes poderão provar um menu degustação com o peixe em cinco tempos, por 130 reais.

- Entrada

Carpaccio de atum curado no azeite extravirgem e limão siciliano

- Primeiro prato

Tartar de atum em consomê de tomate

- Segundo prato

Carpaccio de atum ao molho de atum

- Terceiro prato

Atum grelhado com espaguete de pupunha

- Sobremesa

Crema Cotta al limone (creme brulé ao limão)

Picchi Restaurante

Rua Jerônimo da Veiga, 36, Itaim, (11) 3078-9191; http://www.picchi.com.br/

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Alemanha Ensina a Valorizar o Café


O Brasil, maior exportador de café do mundo, ampliou em um terço a renda dos embarques no ano passado. Um sinal de que a vocação no campo está sendo mais valorizada. No entanto, ainda há muito a se fazer, especialmente na padronização, processamento e distribuição direta do produto.

Esse papel é muito bem desempenhado por países como a Alemanha, por exemplo. Os alemães começam e terminam o dia tomando café brasileiro, colombiano, vietnamita, mas o ponto principal é que o produto é selecionado e misturado no próprio país. A população mal sabe que a bebida tem origem estrangeira e que chega à mesa custando quatro vezes o preço pago aos produtores.

As empresas que misturam e padronizam o produto administram essa valorização sem culpa, tamanho o interesse das indústrias de todo o mundo pelo café “alemão”. O Brasil tem café do mais baixo ao mais elevado padrão e pode ser um bom negócio o mix desses produtos nas regiões próximas às fazendas. O país não importa café de outros países por razões sanitárias, mas poderia trabalhar melhor a produção interna, avalia Günter Brockhaus, diretor administrativo da KNG Kala Hamburg – que processa e armazenda grãos de todo o mundo em Hamburgo, onde fica o segundo maior porto da Europa. A empresa recebe cafés do Brasil três vezes por semana.

A empresa se especializou no processamento e também em logística. Não atua em situação tão confortável como o cafeicultor brasileiro pode imaginar. Tenta manter sua estrutura ocupada o máximo possível para garantir rentabilidade. Como se tornou especialista em identificar demandas por misturas de arábica e robusta, vende serviço e conhecimento técnico associados ao grãos.

Por outro lado, presta também serviços simples, que poderiam ser feitos nos países de origem. É o caso da limpeza dos grãos, que atravessam o Atlântico e chegam à Alemanha com até 4% de impurezas.

Na rede industrial alemã, os grãos são espremidos, inchados e passam por processos químicos que conferem diferentes gostos à bebida. Variações na acidez, na umidade e nas misturas vêm sendo testadas para ampliar a lista de opções, que cada indústria pode encomendar para justificar seus rótulos. Para se ter uma idéia da importância da KNG, saem das instalações da indústria cafés para Sara Lee, Aldi, Starbucks, West Coffee, entre outros. Ao movimentar até 240 toneladas por hora, estima estar servindo o mercado com produto suficiente para 50 bilhões de copos de café ao ano. Dois terços da produção ficam na própria Alemanha, onde a participação no mercado estaria em 60%.

Maior produtor e exportador, o Brasil é também considerado o segundo maior consumidor de café do mundo. Mesmo assim, a indústria nacional ainda tenta avançar na agregação de valor e na venda de produto final ao exterior. Ao menos 11 dos 27 estados cultivam o grão, com 300 mil cafeicultores, que nem sempre ficam com a parte merecida pela produção de cafés de qualidade.

Neste ano, o setor vem sendo estimulado pelos preços. No Paraná, em relação à média do ano passado, houve reajuste de 60%. Conforme a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a saca de 60 quilos vem sendo vendida por R$ 398 em 2011, ante R$ 247,5 pagos em 2010.

O resultado das exportações foi recorde em 2010: US$ 5,7 bilhões. Um número que representa crescimento de 34,7% em relação ao ano anterior: US$ 4,3 bilhões. Os países desenvolvidos são o maior destino do café brasileiro. Os principais importadores são Estados Unidos, Itália e Argentina.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

sábado, 25 de junho de 2011

Azeites Diferentes


Assim como o pão e o vinho, o azeite faz parte da história da humanidade. Claro que seria um exagero dizer que a vida não existiria sem ele, mas com certeza seria menos saborosa.

No Brasil, a palavra azeite tornou-se praticamente uma exclusividade do óleo da oliveira, a partir da adoção por parte dos portugueses do vocábulo árabe "az+zait", que significa sumo da azeitona. Os espanhóis também usam termo similar, aceite, mas franceses (huile d’olive) e italianos (olio d’oliva) convergem para o latim (oleo de oliva).

Com o tempo, outros óleos foram surgindo em várias partes do mundo, extraídos de frutos, grãos, nozes, sementes, caroços e vegetais diversos. Tornaram-se parte integrante do cotidiano e, nos últimos anos, passaram a enriquecer as opções de óleos especiais no Brasil.

Para alegria de chefs profissionais e amadores, gourmets e gourmands, alguns empórios estão oferecendo óleos de amêndoa, avelã, macadâmia, pistache, castanha, noz, gergelim, semente de uva ou de abóbora, abacate, amendoim e outros.

Tudo é óleo, naturalmente. Inclusive alguns fora do comum, como o de argan. Procedente do Marrocos, é extraído do caroço de uma frutinha do mesmo nome. O que o torna peculiar é o fato dessas frutinhas serem ingeridas por cabras que sobem com destreza nas árvores, mastigam-nas e depois excretam os caroços. Recolhidos e lavados, dão origem ao óleo de argan, usado na preparação de tagines, cuscuz e saladas com frutas secas. É de uso culinário e também cosmético (este último já pode ser encontrado no Brasil).

Nozes e castanhas, em geral, transmitem aroma e sabor característico. Por isso seus óleos são mais usados para perfumar saladas e outras preparações frias.

O de semente de uva e o de amendoim têm uso essencialmente culinário, pois suportam temperaturas altas e são mais utilizados para fritura.

O óleo de amêndoa, doce e aromático, é particularmente utilizado em marinadas ou como toque final após o cozimento de vieiras e trutas. O de avelã tem gosto e aroma bem suaves e vai bem com todas a saladas, assim como legumes em geral.

Já o sabor acentuado da noz faz de seu azeite um acompanhamento perfeito para saladas de folhas amargas, como endívias, chicória, dente de leão, radicchio e, ainda, para queijos frescos, pois não pode ser levado ao fogo.

O azeite de noz pecan tem perfume ativo e é bom para dar vida a diversos pratos à base de arroz. Também é usado em sobremesas.

O óleo de pinole é dos mais delicados, oferecendo um toque sutil e suavemente doce a cremes e molhos, sobretudo à base de vinho. O pesto genovês fica mais requintado com ele.

De gosto e aroma bem marcado, o óleo de pistache não aprecia a presença de vinagre comum ao seu lado, ficando bom apenas com o aceto balsâmico para condimentar saladas com salmão e truta defumados.

E o óleo de gergelim é aquele de gosto marcante que nos transporta ao Oriente e deixa um excelente sabor de tostado em nossos pratos, quando é usado de forma correta, obviamente.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Melhores do Ano - Prazeres da Mesa


A Revista PRAZERES DA MESA aponta os nomes mais importantes da gastronomia brasileira, com o respaldo de muitos leitores e de um júri especializado.

Com a votação acontecendo a dois meses, de forma livre, 5.339 leitores encaminharam e-mails com nomes que mereciam destaque pela atuação no último ano. Para os comensais, foi uma bela chance de apoiar o trabalho de chefs, baristas, sommeliers e brigada. Os nomes mais citados foram colocados em uma lista para sofrer avaliação de especialistas. Jornalistas, blogueiros (não, ainda não fazemos parte dessa lista, provavelmente nunca faremos), empresários e especialistas foram convidados a escolher um nome em cada categoria. Eles receberam por e-mail uma relação com nomes nem sempre óbvios, orgulhosamente não limitada a São Paulo e Rio de Janeiro, mostrando uma cena gastronômica grande e diversa, como o Brasil.

Vamos aos ganhadores...

Chef do ano

• Pascal Valero (Kaá, São Paulo)

Quase uma década depois de desembarcar no Brasil, Pascal Valero ocupa hoje um confortável lugar de destaque na gastronomia brasileira. Com passagens por endereços superlativos, como o Taillevent, de Paris; Restaurante Alain Ducasse, em Monte Carlo; e Le Petit Nice, em Marsella – todos com três estrelas Michelin, Pascal aportou em São Paulo para comandar o Eau, no Grand Hyatt. Com uma formação clássica e a experiência de trabalhar com os grandes nomes franceses, a comida de Pascal evoluiu ainda mais nestes anos de brasilidade. O chef incorporou ingredientes nacionais às receitas que atualmente elabora no paulistano Kaá.

Chef revelação

• Ivo Lopes (Due Cuochi, São Paulo)

Com 34 anos, Ivo trabalha em restaurante desde os 16. Pernambucano que cresceu no Rio de Janeiro, passou pelo Locanda de La Mimosa, do mestre italiano Danio Braga, onde entrou como masseiro e saiu como cozinheiro três anos depois. Em 2006, entrou no paulistano Due Cuochi, de Paulo Barros e Ida Maria Frank, se tornando sócio dos dois em 2008. Parceiro de longas datas de Paulo, Ivo ganhou o respeito dos comensais por uma cozinha equilibrada, marcada pelos sabores consistentes e porções fartas.

• Thiago Castanho (Remanso do Peixe, Belém)

No início da trajetória, Thiago tinha uma ideia fixa: terminar os estudos no Senac São Paulo e seguir para a Europa. Até fez estágio em Portugal, mas resolveu voltar para a capital paraense, onde nasceu, quando viu que o mundo da gastronomia olhava com curiosidade para as riquezas de sua terra. Ele voltou para o antigo restaurante da família, tocado pelo pai desde 2000. Com seu trabalho, a rústica culinária do Pará mostrou que pode figurar no mapa da alta gastronomia.

Restaurante do ano

• Tre Bicchieri (São Paulo)

Quando o Tre Bicchieri abriu as portas, em junho de 2010, o sucesso foi imediato. Desde as primeiras semanas, o salão ficava lotado. Os comensais pareciam velhos conhecidos visitando a nova casa de um amigo. Pudera! O restaurante é resultado da associação de três nomes fortes da cena gastronômica, todos ex-funcionários do grupo Fasano: Cid Simão (ex-gerente do Nonno Ruggero), o sommelier Marcos Freitas e o chef Rodrigo Queiroz (ambos egressos do Gero). Difícil dar errado. Em um ano de atuação, a equipe do Tre Bicchieri conquistou a admiração dos amantes da cozinha clássica italiana. O salão, com 120 lugares, continua entre os mais disputados da capital paulista, onde se podem provar massas frescas irrepreensíveis.

Restaurante de cozinha brasileira

• Oficina do Sabor (Olinda, PE)

César Santos é um bastião da moderna comida pernambucana e seu restaurante olindense, o Oficina do Sabor (inaugurado em 1992), a meca dos sabores brasileiros. Uma visita à capital pernambucana não é completa sem uma passada pelo casarão antigo da cidade vizinha, Olinda, onde César elabora a mítica moranga de diversos recheios. Mas o Oficina do Sabor é mais que camarão e jerimum. É exemplar o trabalho de pesquisa de frutas nativas nordestinas, incluídas com primor em pratos salgados. Capítulo à parte são as receitas com inspiração no Sertão pernambucano, numa prova de que o Brasil é gigante e sem limites de sabor.

Barman

• Marcelo Serrano (MyNY Bar, São Paulo)

A mixologia aplicada a drinques e coquetéis chamou a atenção da mídia e foi o grande destaque nos bares mais badalados e descolados da cidade no ano passado. Marcelo Serrano, que estuda essas técnicas desde 1999, saiu na frente e colocou o MyNY Bar com destaque nos guias da cidade. Sua experiência vem dos bares londrinos, onde estudou e trabalhou por alguns anos antes de voltar ao Brasil. Aqui, seu começo foi no Buddha Bar. Marcelo executa uma boa releitura dos clássicos e prepara drinques de alto nível.

Sommelier

• Tiago Locatelli (Varanda Grill, São Paulo)

Responsável por uma das melhores cartas de vinhos do país, a do restaurante Varanda Grill, em São Paulo, Tiago tem sido destaque no cenário nacional. Ocupando há sete anos a função de sommelier da casa, é frequentemente visto nos mais diversos eventos, cursos e degustações Brasil afora. Entusiasta, está sempre atrás de novidades, é formado pela Associação Brasileira de Sommeliers e conhecedor de diversas regiões vinícolas do Novo e do Velho Mundo.

• Jô Barros (Dui, São Paulo)

Formada em turismo e hospitalidade pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, e com MBA em logística pelo Senac-SP, Jô é hoje uma das mais competentes sommelières em atividade no Brasil. A bela profissional viveu por mais de cinco anos em alto-mar nos navios da italiana Costa Crociere e da americana Celebrity Cruises, quando aprimorou seus estudos sobre vinho. De volta ao Brasil, trabalhou nos restaurantes Dalva e Dito e na Cebicheria La Mar, antes de ingressar no Dui.

Barista

• Isabela Raposeiras (Coffee Lab, São Paulo)

Apaixonada por cafés, Isabela Raposeiras é uma profissional completa. A barista sabe selecionar, provar, torrar e, claro, preparar cafés com grande qualidade em seu Coffee Lab, na cidade de São Paulo. Depois de ganhar o Primeiro Campeonato Nacional de Barista no ano de 2002, viajou e aperfeiçoou os estudos em países como Dinamarca, Noruega, Suíça e Estados Unidos. Com bom-senso, apresenta como ninguém o que é um bom café. Com ou sem açúcar.

Bar do ano

• MyNY (São Paulo)

Inspirado na cena underground da Nova York dos anos 1920, período da severa Lei Seca nos Estados Unidos, o MyNY Bar se transformou rapidamente no endereço dos apaixonados por drinques em São Paulo. Não qualquer drinque. Estamos falando de um cardápio primoroso assinado por Marcelo Serrano, nada menos que o eleito Barman do Ano por Prazeres da Mesa. Some ao talento de Marcelo uma ambientação aconchegante, com paredes de tijolinhos aparentes, iluminação indireta e uma programação musical de alto nível, entre o jazz e o soul. Está completa a receita do sucesso da casa paulistana.

Chef pâtissier

• Carole Crema (La Vie en Douce, São Paulo)

Carole Crema é reconhecida pelo talento em antecipar as tendências. Foi uma das primeiras a apostar nos doces para comer com colher (de brigadeiro a tiramissù e alfajor) e a oferecer doces de casamento na loja (com direito a minidegustação com cinco docinhos). Faz pouco tempo, no começo deste ano, ela trouxe para o Brasil os whoopies – os minis- sanduíches de massa e recheio doces, apreciados nos Estados Unidos e na Europa. Além disso, está sempre fazendo experimentações em sua casa, um dos melhores endereços para comer doce em São Paulo.

Banqueteira

• Adriana Cymes (Buffet Arroz de Festa, São Paulo)

Adriana Cymes, de 35 anos, não esperou terminar o curso de gastronomia na Anhembi Morumbi, em São Paulo, para pôr a mão na massa. Quando se formou, já acumulava estágios com a banqueteira Nina Horta e com a chef Ana Soares. Seu bufê Arroz de Festa existe há dez anos e é reconhecido pelas receitas criativas, como o brigadeiro de gianduia, a cocadinha de pistache e o merengue de caqui com Cointreau. Invenções de Adriana também podem ser conferidas nos bares Número e Secreto, aos quais presta consultoria. Na cozinha, trabalha ao lado do marido, o também cozinheiro Victor Vasconcellos.

Brigada

• Parigi (São Paulo)

O Parigi é um daqueles restaurantes classudos da cidade de São Paulo que vivem seu próprio tempo. Avessa a tendências e modismos, é uma casa que está muito longe de estar empoeirada. Além da excelente comida do francês Eric Berland, não sai de moda o impecável serviço de salão executado praticamente sem erros. Guardanapos de pano, louça de grife, taças de cristal e talheres tinindo estão sempre em sua melhor forma. Com cuidado e atenção, a equipe do Parigi não deixa nada a desejar à dos melhores e mais estrelados restaurantes europeus.

Artesão da gastronomia

• Amma Chocolate (Bahia)

No ano em que o chocolate gourmet se consolidou no país, a Amma teve importante papel nesse panorama. A empresa baiana produz um chocolate 100% nacional, com matéria-prima vinda das regiões de Ilhéus e Itajuípe, Bahia, e com nível de qualidade para concorrer com os melhores do mundo. Diego Badaró é o grande nome desse projeto: jovem, faz parte da quinta geração de uma família cacaueira que, assim como todas, passou pela crise da vassoira-de-bruxa, na década de 1980. Quase todos os produtores, naquela época, abriram mão das terras e desistiram do cultivo. Por sorte, sua mãe vetou a venda da propriedade. Hoje, depois de quase uma década de trabalho para recuperação desse cultivo, é ali que nasce o chocolate brasileiro, celebrado além de nossas fronteiras.

Personalidade da gastronomia 

• Alex Atala (D.O.M., São Paulo)


O ano é dele: Alex Atala, o chef que está onde nenhum outro cozinheiro brasileiro chegou antes. Seu principal restaurante em São Paulo, o D.O.M., foi considerado o sétimo melhor do mundo, segundo a revista inglesa Restaurant. Nesta lista, Alex está há seis anos consecutivos. Entre 2006 e 2011, a evolução, ano a ano, foi clara: 50o, 38o, 40o, 24o, 18o e, por fim, o atual sétimo lugar. Neste último ano, Alex também provou ser um homem com visão empresarial. Depois de uma derrapada no começo do Dalva e Dito, seu segundo restaurante paulistano, ele conseguiu colocar o negócio no prumo. Inventou até uma galinhada na madrugada do sábado, transformando a casa num point animado frequentado por outros chefs de cozinha. E ainda continua agitando em festivais, desde Belém, no Pará, até a Lapônia, apresentando a moderna cozinha brasileira e fazendo escola.

Responsabilidade social na alimentação

• ONG Banco de Alimentos (São Paulo, SP)

Em 1998, por iniciativa da economista Luciana Quintão, foi fundada a ONG Banco de Alimentos, com três focos de atuação bastante claros: minimizar os efeitos da fome e combater o desperdício de alimentos; promover ações educativas e sociais voltadas às comunidades; e expandir as ações e o conhecimento para além das áreas circunscritas da fome. O impacto da iniciativa rendeu números impressionantes: em 12 anos, mais de 4.000 toneladas de alimentos de boa qualidade, passíveis de descarte, foram arrecadados e distribuídos para mais de 50 instituições sociais. As ações de logística, a conscientização e a educação são exemplos indiscutíveis do caminho que devemos percorrer para alcançar uma cozinha mais consciente, comprometida com a sustentabilidade e a responsabilidade social.

Personagem do vinho

• Carlos Cabral (consultor)

Um dos maiores conhecedores de vinho do país, Cabral merece ser homenageado em várias regiões do mundo do vinho. Foi fundador da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho; dono da Casa Cabral, local gourmet, onde o bacalhau e o vinho eram tratados como reis, e autor de diversos livros sobre o assunto. Poucas pessoas no mundo conhecem o vinho do Porto como Cabral. Nos últimos anos, ele tem se dedicado a escrever, mas, principalmente, a treinar atendentes de vinho para trabalhar no Pão de Açúcar. Esse trabalho feito por Cabral, que já formou algumas centenas de profissionais, é único no mundo. Por isso, ele merece não só o respeito, mas todo o nosso aplauso.

fonte PRAZERES DA MESA

terça-feira, 21 de junho de 2011

Itália Ultrapassa a França e se Torna o Maior País Produtor de Vinhos


A briga anda boa! Depois da França ultrapassar a Itália em janeiro (veja nossa postagem), segundo o jornal inglês The Telegraph, a Itália voltou a ser o maior produtor de vinhos.

De acordo com a Comissão Europeia, em 2010 os italianos produziram 4,96 bilhões de litros de vinho. Já a França chegou a 4,62 bilhões, com uma queda de 1% no ano passado.
 
Domenico Bosco, da união de trabalhadores agrícolas italianos Coldiretti, disse que esse resultado é fruto do fato da produção ter se mantido estável na Itália, enquanto houve queda na produção francesa.

"O aumento da produção italiana também precisa ser comparado em relação ao tamanho territorial das vinícolas francesas, que são bem maiores que as nossas. As exportações também estão crescendo - subiram 15% comparado ao ano passado, o que é um ótimo sinal", declarou Bosco.

O produtor ainda apontou que o mais vergonhoso para a França seria se fossem comparadas as produções dos espumantes típicos dos dois países. A produção de prosecco também excederia a de seu vizinho, com 420 milhões de litros produzidos contra 400 milhões de champagne.


fonte REVISTA ADEGA

sábado, 18 de junho de 2011

Soft Open - Vila Roti

Antonina Weekend


Seis restaurantes de Antonina, no litoral do Paraná, participam da primeira edição do evento gastronômico Antonina Weekend, que é realizada neste sábado (18) e domingo (19). Aos moldes do evento da capital paranaense, cidades de outros estados e do mundo, em Antonina os estabelecimentos participantes têm pratos específicos incluídos no 'roteiro gourmet'.

A ideia é atrair turistas e movimentar a economia da região litorânea, depois que foi atingida por fortes chuvas no mês de março deste ano.

Também haverá apresentações culturais em diversos pontos da cidade e os chefs, responsáveis pelas receitas apresentadas no Antonina Weekend, vão dar consultoria sobre atendimento aos clientes e preparo de alimentos.

Veja os pratos e as informações dos restaurantes participantes do evento:

Associação Siri do Portinho

- Endereço: Rua Escoteiro Milton Oribe, S/N° - Portinho
- Fone: (41) 3432-3014
- Horário de atendimento: sábado e domingo, das 11h às 16h
- Pratos: Degustação de siri - Fetuccini de pupunha com siri
- Valor: R$ 25 por pessoa (Taxa de serviço de 10% adicional)
- Chefs: Daniela Prosdócimo Caldeira, Dyogo Prado, Ricardo Filizola e Sérgio Oliveira

Casa Verde

- Endereço: Travessa Marinho de Souza Pinto, 34 - Calçadão - Centro
- Fone: (41) 3432-3612
- Horário de atendimento: sábado, das 11h47 às 23h; domingo, das 11h47 às 17h
- Prato: Ravióli de camarão e abobora com creme de palmito.

Como será servido:

- No almoço, vai compor o rodízio com 11 itens (que além do ravióli, tem casquinha de siri, carne de tigre - uma espécie de carne de onça, mas com siri -, barreadinho, risoto de siri, palmito assado, peixe frito, alcatra grelhada, panqueca de siri e palmito e caponata siciliana e sobremesa). Não inclui bebida. Valor por pessoa: R$ 25 (Taxa de serviço de 10% adicional).

- No jantar, o ravióli fará parte do cardápio a la carte do restaurante. Não inclui bebida e não inclui sobremesa. Valor do prato: R$ 14,99 (Taxa de serviço de 10% adicional).

- Chef: Paulino da Costa

Restaurante Baía de Antonina

- Endereço: Rua Conselheiro Antonio Prado, 12 - Mercado Municipal
- Fone: (41) 3432-4016
- Horário de atendimento: sábado, das 11h às 16h (almoço) e das 19h às 23h (jantar); domingo, das 11h às 16h
- Prato: Filé de linguado com crosta de farinha da boa e castanha com guisado de banana e gengibre. Inclui aperitivo. Não inclui sobremesa nem bebida.
- Prato para duas pessoas.
- Valor: R$ 65 (Taxa de serviço de 10% adicional)
- Chef: Celso Freire

Restaurante Cantinho de Antonina

- Endereço: Rua Conselheiro Antonio Prado, S/Nº - Mercado Municipal
- Fone: (41) 3432-0332
- Horário de atendimento: sábado, das 8h às 22h; domingo, das 8h às 17h
- Prato: Tainha recheada com siri, banana da terra e arroz 7 cereais. Inclui aperitivo. Não inclui sobremesa nem bebida. Prato para duas pessoas.
- Valor: R$ 45 (Taxa de serviço de 10% adicional)
- Chef: Marco Araújo

Restaurante Gusso

- Endereço: Rua Candido de Oliveira, 80 - Ponta da Pita
- Fone: (41) 3432-0273
- Horário de atendimento: sábado, das 10h às 23h; domingo, das 10h às 20h
- Prato: Peixe branco grelhado com ervas servido com manteigas de curry e açafrão, farofa de dendê e outros acompanhamentos. Não inclui bebidas e sobremesa. Prato individual.
- Valor: R$ 25 por pessoa (Taxa de serviço de 10% adicional)
- Chef: Geraldine Miraglia

Restaurante Le Bistrô

-Endereço: Travessa Vitório Carraro, 25 - Centro Histórico
- Fone: (41) 3432-4947
- Horário de atendimento: sábado, das 11h30 às 16h (almoço) e das 18h30 às 23h (jantar); domingo, das 11h30 às 17h
- Prato: Rodízio com 12 itens (as criações de Manu Buffara são indicadas com um M ao lado de cada item): salada mista, maionese, vinagrete de pupunha (M), isca de peixe, croquete de peixe, casquinha de siri, peixe na folha de bananeira (M), crocante de camarão (M), camarão à milanesa, camarão ao molho, arroz e quirera de camarão (M). Não inclui bebida nem sobremesa.
- Valor: R$ 30,00 (Taxa de serviço de 10% adicional)
- Chef: Manu Buffara

fonte G1

terça-feira, 14 de junho de 2011

Jovens Brasileiros Querem Mais Café


A tendência de consumo do café nos países produtores foi o assunto debatido por Carlos Brando, da P&A Marketing, durante o 4º Fórum Desafios para a Nova Década 2011/2020, promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No encontro, destacaram-se temas como o crescimento do consumo mundial, as expectativas em torno da safra 2011 e, principalmente, o novo perfil dos consumidores de café.

Brando mostrou a importância de programas institucionais para aumentar a procura da bebida. A Organização Internacional do Café (OIC) passou a promover ações para aumentar a demanda interna em alguns países exportadores, como Índia, Colômbia, Costa Rica e México. Para ele, um dos principais desafios no consumo da próxima década é conquistar o público interessado que surge com um novo perfil: os jovens e a nova classe média. “Será que a indústria do café está preparada para atender esse público novo?”, provocou durante sua apresentação. Ele deixou claro que o foco de empresários deve ser para um público que tem cada vez menos tempo, que procura praticidade, e, ao mesmo tempo, bebidas de qualidade e sofisticadas, dentro ou fora de casa.

Para ver de perto esta mudança de comportamento é só dar uma volta pelas redes de cafeterias ou casas especializadas em cafés especiais nas grandes cidades para notar que o público jovem está presente, pedindo sua bebida quente ou gelada. Este consumo fora de casa, segundo a Abic, também cresceu. O crescimento do hábito de tomar cafés em padarias, por exemplo, cresceu 307% em oito anos.

O aumento no consumo valoriza a bebida, principalmente para os produtores, que devem pensar cada vez mais em qualidade e cafés especiais. Durante o Fórum, o engenheiro agrônomo e empresário José Carlos Grossi, há 40 anos na cafeicultura da Região do Cerrado, fez um panorama da produção dos anos anteriores sobre a oferta e a demanda e uma conclusão para as próximas décadas: “O investimento deve ser em microrregiões, pequenos produtores. Antes de pensar no tamanho da área (para o cultivo do café), o produtor deve pensar na qualidade do seu café e investir em certificações, como a Rainforest Alliance e a Specialty Coffee Association of America.”

O Bolo Mais Bonito da Cidade



Sim, sim... Esse poderia ser um simples vídeo com uma receita comum para se fazer um bolo de beterraba. Seria, se não fosse o excelente trabalho do studio Tiger in a Jar.

Vejam a diferença que faz quando um vídeo é muito bem filmado, editado e finalizado.

Enjoy...

beet cake from tiger in a jar on Vimeo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Alain Ducasse Abre sua Escola no Brasil


O chef Alain Ducasse acaba de inaugurar um curso de gastronomia em São Paulo. O chef, ícone da gastronomia mundial, é um homem reflexivo, curioso, simpático e bem humorado. Nada parece passar ileso diante de seu olhar observador e enigmático. Foi o que demonstrou durante a inauguração da unidade de gastronomia e hotelaria da Estácio de Sá, universidade com quem tem parceria, na Chácara Flora em São Paulo.

Talentoso ao extremo, Alain é um dos poucos ícones da gastronomia que consegue ser educador. Além de fundador da ADF, Alain Ducasse Formation, escola que forma vários cozinheiros em diversos países, ele consegue ser um dos maiores empreendedores da alta gastronomia. Conta com 27 restaurantes espalhados pelo mundo, sendo três deles – Le Louis XV, em Mônaco; Alain Ducasse, em Paris; e Alain Ducasse at the Dorchester, em Londres – contemplados com três estrelas no Guia Michelin. Por sinal, Ducasse foi o primeiro chef, em 1998, a mostrar que poderia ter nota máxima do guia em dois restaurantes diferentes, provando que não é necessário estar 100% do tempo na cozinha.

O chef chegou ao campus da Universidade da Estácio de Sá acompanhado do chef Laurent Suaudeau. Ele quis conhecer as cozinhas da escola, onde os alunos, todos muito orgulhosos, trabalhavam no coquetel da noite. Fez questão de supervisionar o trabalho da primeira turma paulistana do convênio Estácio/ADF.

Jantou acompanhado de Alex Atala, Laurent Suaudeau, Emmanuel Bassoleil, Bel Coelho e Ana Luiza Trajano, entre outros. No cardápio, arroz de galinha caipira com quiabo desenvolvido por Janaina Rueda, do Bar da Dona Onça, e paleta de cabrito assada com farinha d’água, de Rodrigo Oliveira, do Mocotó.

Os pratos, ao lado de quitutes feitos com peixes amazônicos, como o pirarucu e o tambaqui, taioba, cachaça, caipirinha e canudinho de garapa, que representam o caminho atual de valorização dos ingredientes brasileiros, ajudaram a responder a pergunta feita após ser bombardeado por jornalistas: “agora sou eu quem pergunto, o que há de novo no Brasil?”.

Sobre suas ambições com a escola ADF, reconheceu: “Quero ser líder mundial em capacitação profissional em gastronomia”. E contou que pretende abrir um restaurante no Brasil, mas que não sabe nem onde, nem quando ainda.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Chef Black Metal e Vegan Vira Sensação no Youtube


O americano Brian Manowitz, que protagoniza a série The Vegan Black Metal Chef, conciliou duas de suas maiores paixões na vida: a gastronomia e o black metal.

No primeiro vídeo, Manowitz prepara uma receita vegan do prato tailandês pad thai, listando os ingredientes e o modo de preparo ao som de um acelerado death metal.

Ele aparece caracterizado com roupas de couro e uma espécie de armadura. Usa maquiagem ao estilo Kiss ou, para os mais chegados do black metal, similar à do ídolo King Diamond.

Em vez de facas tradicionais, o chef utiliza alguns adereços ligados ao universo macabro do seu estilo musical favorito para cortar seus ingredientes, como espadas, adagas e lâminas afiadas.

Manowitz filma e edita seus vídeos. E é ele também quem compõe a trilha sonora das receitas musicadas, cujos ingredientes e modo de preparo são citados com legendas em inglês, que ilustram as imagens.

O músico e chef, que vive em Orlando, conta ter dado muitas risadas ao preparar o primeiro vídeo. Já o segundo da série, que é mais ousado, ele prepara mais de um prato.


O Vegan Black Metal Chef afirma que lançou a iniciativa porque desejava mostrar a outras pessoas o que comem os seguidores da dieta vegan, que veta o consumo de qualquer tipo de produto animal.

O chef do metal estudou neurociência comportamental na universidade, mas acabou optando pela música. Ele é engenheiro de som freelancer e integra duas bandas de black metal.

fonte UOL

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Alain Ducasse e Alex Atala Defendem a Culinária do Futuro em Feira Livre



Alain Ducasse e Alex Atala aceitaram passear com a equipe de reportagem do 'Bom Dia' por uma feira livre de São Paulo. Veja as dicas que deram.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Restaurante Vila Roti Convida - Convite Final


O Restaurante Vila Roti se apresenta como uma nova opção para os amantes da Gastronomia em Curitiba. Nossa proposta é fazer diferente. Nossa proposta é fazer gastronomia de uma maneira descomplicada. Comida charmosa, sem ser pretensiosa.

Estamos em fase final de implantação. Temos muito o que melhorar ainda, mas para treinar nossa equipe convidamos os interessados para um delicioso treinamento conosco.


É nessa semana, entre os dias 08 e 10 de junho, a partir das 19:30h.

Para podermos atendê-los da melhor maneira, pedimos a confirmação da reserva até 1 hora antes dos eventos através do e-mail reservas@gastronomiadescomplicada.com.br ou pelo telefone 41 3352-0226.

Convide seus colegas, amigos e familiares!!!

Rua David Carneiro, 469
São Francisco - Curitiba/PR
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COUVERT $ 5

Seleção de pães do dia, manteiga e duas pastas especiais da casa

ENTRADAS

Salada Panzanella
Preço Cardápio: $ 12 Para evento: $ 8

Mix de folhas nobres com lascas de pães artesanais, manjericão, tomate cereja e parmesão com vinagrete de ervas frescas

Bruschetta Tradicional
Preço Cardápio: $ 12 Para evento: $ 8

Bruschetta de pão italiano com tomate temperado, queijo parmesão e manjericão ao forno

Seleção de Pastéis
Preço Cardápio: $ 14 Para evento: $ 9

Pastéis caseiros em massa de harumaki recheados com queijos e com carne especial com especiarias


PRATOS PRINCIPAIS

Mignon com Batatas Rústicas
Preço Cardápio: $ 32 Para evento: $ 18

Medalhão de filé mignon grelhado com batatas rústicas tostadas em azeite de ervas frescas ao molho leve de gorgonzola

Risoto de Jabá com Jerimum
Preço Cardápio: $ 28 Para evento: $ 16

Risoto de abóbora com carne seca e queijo coalho

Frango Crocante
Preço Cardápio: $ 23 Para evento: $ 13

Peito de frango empanado em farinha japonesa com fettuccine caseiro ao limone

Spaghetti Carbonara Blumenau
Preço Cardápio: $ 27 Para evento: $ 15

Spaghetti caseiro com linguiça colonial em creme de parmesão e cebolinha francesa

Peixe Baiano  
Preço Cardápio: $ 34 Para evento: $ 19

Peixe branco do dia com molho de moqueca, arroz de castanhas de caju e legumes tostados

SOBREMESAS

Pão de ló da Maria
Preço Cardápio: $ 9 Para evento: $ 6

Pão de ló de abóbora com mousse de chocolate 70%

Risoto de Doce de Leite
Preço Cardápio: $ 9 Para evento: $ 6

Risoto de doce de leite com conhaque e amêndoas tostadas
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segunda-feira, 6 de junho de 2011

É Fácil Enganar Sommeliers?


Nota dos autores: antes de realmente entrar no assunto da postagem, gostaríamos de ressaltar que fizemos um resumo de uma matéria da Folha de São Paulo. A intenção é levar informação. Não concordamos com todos os pontos expostos, mas acreditamos realmente que o vinho deve ser bebido com menos preocupação, de uma maneira mais descomplicada. Para nós, vale muito mais gostar do que se está bebendo do que se preocupar com a avaliação que foi dada ao vinho. Vamos à postagem!

A crítica de vinhos, com seu vocabulário pomposo e sofisticado sistema de notas de zero a cem, não é, em termos objetivos, muito mais do que uma fraude. Essa pelo menos é a conclusão a que se chega quando revisamos os testes científicos a que a indústria da enofilia foi submetida nas últimas décadas.

Rose Marie Pangborn, uma das pioneiras em estudos da percepção do gosto, mostrou em 1963 que, quando se adicionava um pouco de corante para que vinho branco ficasse rosado, especialistas classificavam o falso rosé como mais doce do que a mesma bebida sem a tintura. Com essa experiência, ela começou uma série de testes que, se não destroem inteiramente a reputação da enologia, chegam muito perto de fazê-lo.

Um clássico no gênero é o artigo "A Cor dos Odores", de Gil Morrot, Fréderic Brochet e Denis Duburdieu. Eles recrutaram 54 estudantes de enologia da Universidade de Bordeaux e os convidaram a provar e a comentar duas taças de vinho, que pareciam ser um branco e um tinto. Na realidade, porém, ambos os copos continham o mesmíssimo vinho branco, mas em um deles havia sido adicionado antocianino, um corante que não deixa gosto.

Como esperado pelos cientistas, os estudantes não perceberam o truque e ainda descreveram com grande riqueza de detalhes os aromas de cada uma das amostras com o vocabulário específico para as uvas vermelhas e brancas.

Num outro experimento, Brochet resolveu ir ainda mais longe e serviu um Bordeaux que engarrafou com dois rótulos distintos: "grand cru" (vinho de excelência) e "vin de table" (vinho comum, de mesa). Os especialistas deram avaliações muito diferentes a cada uma das amostras. O "grand cru" foi considerado "agradável, amadeirado, complexo, balanceado e arredondado", enquanto o "vin de table" lhes pareceu "fraco, curto, leve e achatado".

Quarenta dos especialistas julgaram que o vinho de rótulo pomposo valia o investimento. Apenas 12 disseram o mesmo da bebida barata. Conclusão, um vinho de US$ 10 melhora substancialmente quando é etiquetado como uma garrafa de US$ 90.

Outro estudo seminal, de Gregg Salomon, de Harvard (EUA), mostrou que quando se oferecem a especialistas três taças de vinho, sendo que em duas delas estão o mesmo vinho, eles são incapazes de apontar a amostra diferente em um terço das tentativas.

Em termos objetivos, o paladar humano só detecta cinco sabores: doce, salgado, azedo, amargo e umami. É verdade que, no caso do vinho, as sensações gustativas são enriquecidas por algo entre 600 e 800 compostos voláteis que podem ser captados pelo olfato. O problema é que mesmo os narizes mais bem treinados não conseguem identificar mais do que quatro componentes na mesma mistura.

O cérebro, obviamente, não entrega os pontos e se fixa em pistas externas como cor, rótulo e preço para emitir seus pareceres enológicos. Não fossem os cientistas desmancha-prazeres, ele provavelmente teria sucesso e o logro não seria descoberto nem pelo "sommelier" que prova as sensações como reais e objetivas.

A Associação Brasileira de Sommeliers diz que as pesquisas são irrefutáveis e que os especialistas em vinhos são mesmo influenciados pelo rótulo e pela procedência. "Ninguém tem coragem de falar mal de um vinho famoso. Somos induzidos, sim", diz o diretor Arthur Azevedo.


Restaurante Vila Roti Convida



VENHA FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA!

O Restaurante Vila Roti convida para últimos testes de operação e pratos.

Nas noites dos dias 08, 09 e 10 de junho faremos uma série de eventos para “azeitar” nossa equipe. Venha conhecer e provar nossos pratos descomplicados, em um ambiente diferenciado e atendimento caprichado.



O cardápio terá uma carne, um frango, um peixe, uma massa e um risoto, além de duas entradas e duas sobremesas.

Nesses dias, teremos descontos super especiais.

Logo enviaremos mais detalhes, cardápio e preços definidos.



Se você já conheceu e quer voltar, já estamos aceitando reservas. Se você ainda não conheceu, mas quer garantir presença, entre em contato.



Mais informações e reservas pelo reservas@gastronomiadescomplicada.com.br ou (41) 3352-0226.

Rua David Carneiro, 469, São Francisco.
Curitiba/PR

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Os 10 Vinhos Mais Caros e Desejados do Mundo


O que faz de um vinho um grande vinho? Ou por que ele é tão caro? De uma forma simplista, existem diversos pontos em comum entre os considerados maiores vinhos do mundo. Vinhos caros são produzidos com ingredientes de altíssima qualidade a partir de processos rigorosamente definidos e em pouca quantidade. São feitos por produtores de grande renome e capazes de resistir ao tempo. Eles são reconhecidos e aclamados por críticos no mundo todo.

Na lista dos dez vinhos mais desejados e caros do mundo, todos são franceses. Cinco deles são os Premières Grand Cru de Bordeaux, classificação "por qualidade" feita em 1855, a pedido de Napoleão III. Obviamente, uma lista como essa pode gerar controvérsias. Tudo depende de quem avalia, mas de uma forma geral, todos esses que serão apresentados a seguir estão extremamente bem qualificados e não chegam nem perto de ter um preço razoavelmente acessível.

1. CHÂTEAU HAUT-BRION (TINTO)

Haut-Brion é uma das mais antigas vinícolas de Bordeaux, com as primeiras referências datando de 1423. Único vinho fora da região de Médoc (fica em Graves), em Bordeaux, classificado como Premier Grand Cru em 1855. Considerado por diversos críticos, inclusive Robert Parker, como o melhor vinho dentre os cinco Premier Cru.

2. CHÂTEAU LAFITE ROTHSCHILD (TINTO)

Classificado como o primeiro dos Premières Grand Crus em 1855, a pequena e elegante vinícola é sinônimo de riqueza, prestígio, história e respeito. É conhecida por produzir vinhos de notável longevidade. Uma garrafa de 1787 deste vinho já foi leiloada por US$ 160 mil.

3. CHÂTEAU LATOUR (TINTO)

Também um Premier Grand Cru, Latour tem o perfil clássico característico dos tintos da região de Pauillac, considerado por muitos o mais potente dos cinco grandes. Uma garrafa magnum da safra de 1961, por exemplo, já foi vendida por US$ 62 mil. Uma curiosidade: por volta do século XVII, Lafite, Mouton e Latour pertenceram a um mesmo dono, o Marquês de Segur, dito "Príncipe dos Vinhos".

4. CHÂTEAU MARGAUX (TINTO)

Junto com o Château Lafite, Margaux é o mais estiloso e aristocrático dos Premières Grand Crus. Poderoso e elegante, sua estrutura lhe garante grande longevidade. Gioacchino Rossini, um dos mais famosos compositores italianos de ópera, chegou a compor uma canção em homenagem a este vinho.

5. CHÂTEAU MOUTON ROTHSCHILD (TINTO)

Desde o fim da II Guerra Mundial, os rótulos desse Premier Grand Cru são marcados por obras originais de artistas contemporâneos, convidados especialmente pela vinícola. Nomes como Salvador Dalí (1958), Joan Miró (1969), Marc Chagall (1970), Pablo Picasso (1973) e Andy Warhol (1975) já adornaram suas garrafas.

6. PÉTRUS (TINTO)

Produzido em Pomerol, o Pétrus é um dos tintos lendários de Bordeaux, ainda que não seja um Premier Grand Cru (não existe classificação oficial para os vinhos do Pomerol). O vinho apresenta potência, volume e taninos firmes, mas elegantes. Ele se tornou especialmente conhecido depois que a Rainha Elizabeth II se encantou com o vinho e ele foi servido em seu casamento e em sua coroação.

7. CHÂTEAU CHEVAL BLANC (TINTO)

Sem dúvida, um dos mais profundos vinhos de Bordeaux, classificado como Premier Grand Cru Classé A da região de Saint-Émilion. Cepas: Cabernet Franc e Merlot. Ganhou mais notoriedade no filme "Sideways" e também em "Ratatouille". Uma garrafa de 6 litros já foi vendida por mais de US$ 300 mil em leilão recente.

8. CHÂTEAU D'YQUEM (DOCE)

Indiscutivelmente, o melhor vinho doce da França. Rico, potente e exótico. Celebrado por escritores como Vladmir Nabokov, Fiodor Dostoievski, Marcel Proust, Júlio Verne, Alexandre Dumas Filho, etc. Produzido na sub-região de Sauternes, em Bordeaux, as uvas utilizadas na produção desse Premier Cru Supérieur são colhidas seletivamente, por vezes, uma a uma, sendo usadas apenas aquelas afetadas pela Botrytis cinerea (um fungo). As safras são muito diminutas.

9. ROMANÉE-CONTI (TINTO)

Sem dúvida, a Domaine de la Romaneé-Conti é a propriedade mais famosa da Borgonha. Em uma parcela de 1,8 hectare, se produz apenas 6 mil garrafas do famoso La Romaneé-Conti a cada safra. O vinho é marcado por elegância e sedosidade e está entre os mais procurados do mundo.

10. LOUIS ROEDERER CRISTAL BRUT (CHAMPAGNE)

A vinícola Louis Roederer tem mais de dois séculos de existência e elabora alguns dos melhores vinhos de Champagne. Hoje apreciado por celebridades, o Cristal Brut foi desenvolvido especialmente para o czar Alexandre II em 1876.

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