terça-feira, 30 de novembro de 2010

Classificação do Café Brasileiro

fonte: ACS
A classificação do café é uma fase muito importante no processo da comercialização. Para o produtor, é necessário conhecer pelo menos um pouco do sistema, para poder avaliar o seu produto e não ficar apenas confiando nos dados fornecidos por aqueles que comercializam o café.

A determinação da qualidade do café brasileiro compreende duas fases distintas: a classificação por tipos ou defeitos e a classificação pela bebida. Além desses dois aspectos principais o café pode também ser classificado por: peneira, cor, torração e descrição.

A classificação do café por tipo é feita com base na contagem dos grãos defeituosos ou das impurezas contidos numa amostra de 300g de café beneficiado. Esta classificação obedece à Tabela Oficial de Classificação, de acordo com a qual cada tipo de café corresponde a um número maior ou menor de defeitos encontrados em sua amostra.

São considerados defeitos os grãos imperfeitos (chamados defeitos intrínsecos), ou seja, os grãos pretos, ardidos, verdes, chochos, mal granados, quebrados e brocados, e as impurezas (defeitos extrínsecos), tais como cascas, paus, pedras e insetos, encontrados na amostra. A cada um desses grãos imperfeitos ou impurezas corresponde uma medida de equivalência de defeitos, que rege a classificação por tipo.

Para proceder à classificação, as amostras são recolhidas e espalhadas sobre uma folha de cartolina preta e, com uma boa iluminação, os cafés são analisados. Os defeituosos são separados e contados segundo a Tabela de Equivalência de Grãos Imperfeitos e Impurezas.

Para conhecer sua qualidade, realiza-se a prova da xícara, pela qual o provador avalia as características de gosto e aroma do café. A classificação da bebida tem dois objetivos fundamentais: conhecer a qualidade do café a ser comercializado e definir as ligas ou blends que valorizem determinados lotes de café.

Segundo a classificação oficial, o café brasileiro apresenta sete escalas de bebidas, sendo o mole referência para todas:

- Mole: tem sabor agradável, suave e adocicado.

- Estritamente mole: apresenta todos os requisitos de aroma e sabor da bebida mole, mas de forma mais acentuada.

- Apenas mole: tem sabor suave, mas sua qualidade é inferior a dos anteriores, com leve adstringência ou aspereza no paladar.

- Dura: apresenta gosto acre, adstringente e áspero.

- Riada : tem leve sabor de iodofórmio (aquele gosto de iodo que fica na boca quando voltamos do otorrinolaringologista ou o sabor de antiséptico hospitalar).

- Rio: tem cheiro e gosto acentuados de iodofórmio.

- Rio zona ou macaco: são denominações regionais para qualificar bebidas com características desagradáveis, bem mais acentuadas que as da bebida rio.

fonte MEGAAGRO

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Noite de Chefs do Hospital Pequeno Príncipe


Um time formado por chefs curitibanos e de São Paulo se juntam a Carlos Alberto Torres, capitão do TRI de 70, para fazer um jantar beneficente em prol do Hospital Infantil Pequeno Príncipe. O evento 4ª Noite dos Chefs acontece no dia 30 de novembro no Graciosa Country Club em Curitiba.

Os chefs Fabiano Marcolini (Vila Marcolini), Geraldine Miraglia (Oli Gastronomia), Daniele Prosdócimo (La Table Gastronomie), Tarciso Lopes (L'Hotel Porto Bay, SP), Sauro Scarabotta (Fricoò, SP) e Viviane Malucelli (Passion du Chocolat) vão preparar um jantar incrível para os convidados. Toda a renda será revertida para as atividades de assistência e pesquisa do Pequeno Príncipe.

Após o jantar, Carlos Alberto Torres vai relembrar os velhos tempos de capitão do tri-campeonato mundial brasileiro com Gil Rocha e Rodrigo Fernandes. Ao participar da Noite dos Chefs, Torres vai anunciar oficialmente seu apoio ao Programa Gols pela Vida, apadrinhado por Pelé, que tem como objetivo captar recursos para viabilizar as atividades de assistência e pesquisa do Pequeno Príncipe.

Os ingressos custam R$ 170,00 por pessoa ou R$ 950,00 a mesa com 6 lugares e podem ser comprados pelo telefone (41)3310.1415 e podem ser parcelados em até 3 vezes no cartão VISA.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

McLanche Feliz Proibido

fonte: o gourmet

Com proposta pioneira em todo o mundo, a cidade de São Francisco, Califórnia (EUA), proibiu a comercialização do McLanche Feliz a partir de novembro de 2011.

A nova lei, criada pelo conselho de supervisores do município, diz que lanchonetes de fastfood só poderão distribuir brinquedos em alimentos com menos de 600 calorias e menos de 640 miligramas de sódio. Para completar, o pacote deve conter também frutas e vegetais.

Atualmente o McLanche Feliz vem com refrigerante, hambúrguer e batatas fritas, que equivalem a aproximadamente 700 calorias e 1.040 miligramas de sódio, o que de acordo com as leis de São Francisco, e com o consenso de qualquer médico do mundo, não faz bem de forma alguma para a saúde de nenhuma criança.

Enquanto a lei é defendida pela população, que alega que a real intenção da proposta é melhorar a alimentação dos jovens americanos, o McDonald's se defende e diz que as propostas são irrealistas, porque as crianças não gostam de comer o tipo de comida estipulada pelo decreto. Exatamente por conta disso, que as crianças não são consideradas aptas a decidir sobre suas vidas. Afinal, qual criança, e até alguns adultos, não gostaria de viver somente de refrigerante, pizzas, sanduíches, sorvetes e chocolates?

Segundo um dos autores da lei, Eric Mar, esta nova lei é um desafio para a indústria alimentícia pensar sobre a saúde das crianças sempre em primeiro lugar.

Talvez, daqui a pouco tempo, o Ronald não seja mais um "cara" tão feliz, mas sabemos que o McLanche vai deixar de ser...

fonte TECHGURU

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Vinho é a Nova Bebida Nacional da Argentina

imagem: ARTWINE

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, assinou decreto na quarta-feira (24/11) que oficializa o vinho como "bebida nacional" do país.

A Argentina é o quinto maior produtor mundial de vinhos, nono maior exportador e sétimo maior consumidor. Cada pessoa bebe em média 30 litros anuais de vinho, muito a frente do Brasil, que consome 1,85 litros por habitante.

A indústria vinícola local recebeu um grande impulso a partir de 2001, quando a crise econômica causou uma forte desvalorização da moeda argentina, fazendo com que os vinhos locais ganhassem competitividade no mercado internacional.

Tradicionalmente, a Argentina se dedicava à produção de vinhos mais baratos e de menor qualidade, destinados ao consumo local, com baixo nível de investimentos. Mas na década de 1990, época em que havia paridade cambial entre o peso e o dólar, ocorreu uma onda de investimentos no setor e a área ocupada com videiras para fins vinícolas passou a ocupar mais de metade da área cultivada.

fonte ESTADÃO

Imagem "Meramente" Ilustrativa

Faz algum tempo que conhecemos e visitamos periodicamente o site/blog COMA COM OS OLHOS. Agora chegou a vez de falar um pouco sobre ele...

Quem já não se encantou com lindas e apetitosas imagens de alimentos nas embalagens ou propagandas e ficou extremamente decepcionado com o produto na hora de comer? Todo mundo levantou a mão, é claro...

E o Coma com os Olhos trata exatamente desses acontecimentos. O site é todo baseado em imagens "meramente" ilustrativas (leia mentirosas) e nos mostra a grande verdade escondida por trás de embalagens e cartazes de alimentos lindos e apetitosos que compramos por aí.










Vejam essas e mais várias imagens no site/blog Coma com os Olhos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Perigo das Compras Coletivas

Imagem: dicas SP
A nova sensação da Internet são os sites de compras coletivas, como por exemplo Peixe UrbanoClube Urbano, entre tantos outros. Esses sites oferecem descontos incríveis, que podem chegar a 90%. Com essas promoções, a aceitação do público tem sido grande e os cupons de venda têm se esgotado rapidamente.

A idéia é oferecer um desconto substancial para que o cliente vá experimentar o serviço em um momento de “casa vazia” e, gostando, se disponha a futuramente comprar a preço cheio. Ainda, esse tipo de serviço pode ser usado pela necessidade de se fazer queima de estoque de produtos no final de ciclo de vida.

No caso de restaurantes e bares, vale a possibilidade de atrair novos clientes. Considerando que na maioria absoluta dos casos as ofertas apresentadas nos sites  são de serviços, um súbito e inesperado aumento no volume de clientes, fruto de, por exemplo, não estipular limites à quantidade de cupons ou horários pré definidos para a promoção, derruba a qualidade do atendimento e cria um efeito perverso. Nesse caso, uma ação destinada a fazer mais pessoas conhecerem o serviço causa experiências negativas que dificilmente podem ser revertidas.

Entretanto, reduzir a estratégia corporativa a preço baixo é um caminho difícil, que poucas empresas conseguem manter a longo prazo. Por isso, é preciso ir além, para que o cliente não consuma somente quando o preço é promocional. Um restaurante que oferece descontos em um site de Compras Coletivas deve estar preparado para fornecer uma experiência impecável, com a melhor refeição, em um ambiente encantador, com agilidade, excelente atendimento e a sensação de privilégio por ter pago tão pouco e ter recebido tanto. Dessa forma, o cliente poderá retornar e consumir sem desconto. Caso contrário, a empresa entra em um círculo vicioso, em que só vende porque oferece desconto, reduzindo suas margens de operação.

Participar desse tipo de site não garante que o estabelecimento obtenha sucesso imediato. Como qualquer outra ação de marketing, deve-se mensurar o retorno do gasto e ser criativo para se destacar no meio de tantas promoções.




terça-feira, 23 de novembro de 2010

Água e Café - Harmonização


Todos aprendemos na escola que a água deve ser insípida, inodora e incolor. Depois de adultos, descobrimos que ela só precisa ser incolor, pois os dois primeiros fatores podem variar. E é melhor que variem mesmo!

Dependendo da origem do aquífero, que pode ser natural ou de fontes artificialmente captadas, e da composição físico-química, ela apresenta qualidades de sabor e odor perceptíveis para quem tem paladar apurado. (Veja postagem sobre Águas de Luxo).

Mas, por que beber água com gás antes do café? Para sentir todas as nuances, limpar a boca e abrir as papilas gustativas. Na harmonização, a água é consumida também após a ingestão do café, dessa forma afloram novas descobertas sensoriais.

Combinada ao café, a água pode realçar as particularidades da bebida. Limpa o paladar para a chegada da bebida e potencializa qualidades, sejam elas positivas ou negativas, no caso de uma escolha infeliz.

A água pode ser mineral sem gás ou gasosa, naturalmente ou artificialmente. Com o café, ambas podem funcionar, melhorando a experiência de sabor. O ideal é que o consumidor, perdido entre tantas opções, escolha dois ou três produtos e deguste com o café de sua preferência, descobrindo as sensações que mais o agradam. Recentemente, a marca suíça NESPRESSO lançou um código de harmonização entre café, água, chocolates e destilados: o Coffee Codex (ainda sem tradução para o português). A publicação, voltada a chefs e sommeliers, é um guia de informações dos sabores, levando em conta combinações por aproximação e oposição.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Kobe Beef - O Ouro Vermelho



Kobe Beef é a carne mais cara e saborosa do mundo. Criada no Japão, tradicionalmente na região de Kobe, a carne é extraída da raça Wagyu.

Com um processo de produção rodeado de lendas, os bois têm aparência mais atarracada e pelagem mais densa do que a dos bois criados no Ocidente. Esse animais têm predisposição genética para acumular praticamente o dobro da quantidade de gordura das outras raças. Sua maior característica e diferencial é que essa gordura fica entremeada à carne, chamada marmoreio, que produz a super maciez do Kobe Beef.

Para um melhor resultado, os animais têm seus movimentos limitados, evitando o enrijecimento dos músculos. Recebem massagens, acupuntura, dormem sobre tapetes térmicos, ouvem música clássica e bebem cerveja e saquê.

O Kobe espalhou-se rapidamente pelos mercados mais ricos do mundo. Por seu preço, é chamado de "ouro vermelho". Comer um bife de Kobe pode custar até 800 dólares em Nova York. Um hambúrguer feito com a carne do boi japonês chega a 80 dólares. No Brasil, podemos encontrar a carne sendo vendida em torno de R$150,00/kg e o hamburguer a R$30,00 a unidade.

Com o bom uso da tecnologia e do grande investimento financeiro feito, o Brasil conquistou rapidamente, em número de cabeças de gado, o posto de quarto maior produtor de Kobe do mundo. Já existe até a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu (em japonês, Wagyu significa gado japonês). 

Apesar disso, alguma pessoas consideram heresia chamar a nossa produção de Kobe Beef, pois não seguimos exatamente os mesmos rituais japoneses e o ambiente natural é bem distinto. Os Wagyus nacionais ficam soltos no pasto e enfrentam um clima mais quente, o que reduz sua fome. As massagens são esporádicas, o gado só vai para o confinamento meses antes do abate e, o principal, a carne brasileira não chega ainda ao mesmo nível de "marmoreio" (grau de gordura entre as fibras), principal critério de avaliação de qualidade de um Kobe Beef.

Veja aqui a tabela de comparação do gado Wagyu japonês e produzido no Brasil.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Os mais Caros e Inusitados Cafés do Mundo


Parece estranho para alguns e muito nojento para outros, mas os cafés mais valorizados são obtidos através de fezes e cuspes de animais selvagens.


O Kopi Luwak, conhecido há mais de 2 séculos, é o café mais caro do mundo. Chega  custar U$ 1.500,00 o quilo e U$ 150,00 a dose. O Kopi Luwak é retirado das fezes de um gato herbívoro selvagem, chamado Civeta (Luwak), que vive na Indonésia, Vietnã e Índia. Esses gatos só comem os grãos mais doces e maduros dos pés selvagens do café arábica da região. O sistema digestivo do civeta não consegue digerir por completo as semente do café, mas retira a polpa do fruto. Com isso, as enzimas digestivas e bactérias do animal acabam por processar os grãos de uma forma "toda especial".


 

Nós também temos um café especial, o tupiniquim Café do Jacu ou Jacu Bird Coffee para os estrangeiros. O Café do Jacu é produzido no Espírito Santo e custa em torno de R$ 300,00/kg. O processo de produção é basicamente o mesmo do Kopi Luwak, mas o animal envolvido no processo é uma ave, o Jacu. Antes vilão, pois consumia até 10% dos grãos de café da região, o Jacu passou a ser um herói, transformando os melhores e mais maduros grãos numa iguaria com alto valor agregado, que gera grandes lucros aos seus produtores.

Um terceiro, mas não menos especial, é um café produzido em Taiwan, na vila de Zangu, que é cuspido por macacos. Os grãos são indigestos para o animal, que depois de consumir a polpa madura do fruto, acaba por cuspir as sementes. O café de Zangu, chega  custar R$ 100,00/kg e tem um sabor mais doce do que o café comum, com notas de baunilha. Tem atraído amantes de café do mundo inteiro para essa pequena região.

Por serem produtos muito diferenciados e com uma produção pequena, praticamente todos esses cafés especiais são vendidos ao mercado externo para os grandes consumidores de café do mundo, como Nova York, Tóquio, Los Angeles e Londres.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Super Marmite - Rede Social Contra o Desperdício de Comida



Está aí um exemplo que deveria ser seguido em todo mundo. Foi criada na França uma rede social que ajuda a combater o despedício de comida. A idéia do Super Marmite é que donas de casa e cozinheiros amadores vendam o excedente de suas refeições para os participantes da rede. Afinal, todos nós acabamos, sempre, por fazer mais comida do que o necessário.

Além de evitar o desperdício, a nova rede é uma forma de recriar o elo social da comida entre as pessoas, oferecendo uma boa convivência, a possibilidade da troca de dicas e idéias sobre gastronomia e ainda a organização de eventos inusitados na casa de pessoas desconhecidas.

Para participar, o usuário precisa se cadastrar e infomar corretamente sua localização, o horário em que a comida ficará pronta e qual será o preço cobrado. Como o serviço é baseado na localização, fica fácil para os consumidores encontrarem as refeições mais próximas.

Além disso, ainda existe no site um espaço para que os consumidores façam comentários dos pratos de cada cozinheiro e atribuam notas para o serviço. A empresa já está investindo na criação de aplicativos para iPhone e BlackBerry e ainda criando um formato de pagamento online para seus usuários.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Balas de Goma e Jujubas para Gente Grande



Mesmo com todas as "modernices" da cozinha atual, ainda estava faltando modificar as guloseimas infantis. Faltava....

Agora, as balas de goma, jujubas e pirulitos viraram doces de adultos e ganharam ares sofisticados e combinações surpreendentes. Existe uma onda mundial de criar balas com sabores mais refinados para adultos.

Focada no público adulto, a HAPPY PILLS conquistou Barcelona ao associar balas coloridas e mensagens bem humoradas. Suas embalagens parecem vidros de remédio, com curas açucaradas contra os males da vida adulta.

Outra empresa que tem chamado a atenção é a LOLLYPHILE, que produz pirulitos que precisam ficar longe de crianças, de verdade. Eles são famosos pelos seus deliciosos pirulitos de Vodca, Absinto, Amaretto e Bacon, entre tantos outros.

E no Brasil, inaugurará na próxima quinta feira (18/11) a loja de balas PAPPABUBBLE, já famosa em toda a Europa, que promete agradar adultos e crianças. De forma artesanal, as balas serão feitas às vistas dos clientes, que poderão experimentar pedaços ainda quentes dos doces.

Nenhum adulto precisará fazer mais bico e cobiçar o saco de balinhas dos outros. Afinal, balas de estranhos continuam proibidas, mas balas estranhas estão totalmente liberadas...

fonte PALADAR

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Volta do Arroz Vermelho



O arroz vermelho é um grão integral, muito mais nutritivo do que o arroz branco e cheio de atributos gastronômicos, como por exemplo o sabor amendoado, ligeiramente adocicado, com gostinho de mel. 

Culturalmente, é dono de muita história. De origem asiática, chegou ao Brasil por meio dos portugueses na época da colonização. Em meados do século XVIII, foi proibido pela Coroa portuguesa por interesses comerciais. Os registros históricos até apontam um curioso decreto do governador do Maranhão, Joaquim de Melo e Póvoas, que na ocasião  decretou que seu uso poderia implicar nas seguintes penas: “Homens livres: um ano de cadeia e pagamento de uma multa de 100 mil réis, sendo metade destinada às obras públicas e a outra metade ao denunciante; Escravos: dois anos de calceta (argola de ferro que é fixada no tornozelo do prisioneiro e ligada à cintura por meio de corrente) com surras espaçadas nesse espaço de tempo; Para os Índios, somente dois anos de calceta”.

Essa proibição durou quase 120 anos e quase fez o arroz vermelho desaparecer do país. Isso só não aconteceu porque, quase clandestinamente, algumas produções migraram para os sertões da Bahia, Minas Gerais e Paraíba. Hoje é em Santa Terezinha, no sertão paraibano, que está a Fazenda Tamanduá, empresa pioneira no resgate da produção da variedade ameaçada de acordo com o Greenpeace.

Existem ainda, muita gente que é radicalmente contra a produção de arroz vermelho no país, pois o consideram a principal planta invasora das lavouras de arroz e um dos principais fatores que limitam o aumento do potencial de rendimento das lavouras. O arroz vermelho é considerado a planta daninha que mais danos causa a rizicultura. As perdas de produtividade em lavouras infestadas com arroz vermelho podem facilmente superar os patamares de 30%. Altos níveis de infestação podem inviabilizar áreas de produção.
 
Segundo essas organizações, a presença dos grãos de arroz vermelho junto aos grãos de arroz contribui para a diminuição da qualidade física do arroz produzido, isto em função da diminuição do rendimento de engenho, aumento de grãos manchados e gessados. Por pertencer à mesma espécie do arroz cultivado e devido à semelhança entre ambos, principalmente com relação aos aspectos de biologia e fisiologia, o controle do arroz vermelho se torna bastante difícil.

Apesar de tudo, tem muita gente trabalhando em prol do arroz vermelho. Além da paraibana Tamanduá, a Ruzene também produz no interior de São Paulo. Mesmo não sendo em grande escala, o produto está cada vez mais presente no mercado e os chefs já se encarregaram de testá-lo em aplicações e receitas.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os Segredos do Vinho - EXPAND



Esse vídeo feito pela revista Casa e Jardim, com apresentação de Anna Rita Zainer, sommelier da EXPAND.

Ela dá dicas básicas para uma boa apreciação e harmonização de vinhos.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Trufas Brancas - Temporada Brasileira Supera Expectativas



O preço assusta e todos concordam que é caro. Apesar disso, os carregamentos de trufas brancas que chegam aos restaurantes de São Paulo têm durado muito pouco.

Em outubro, teve o início da colheita anual do cogumelo italiano, que agora em novembro chega à sua melhor fase. A temporada curta é o único período do ano em que se pode degustar essa rara iguaria ainda fresca, exalando o aroma intenso pelo qual é conhecida.

A nova safra foi abraçada por um seleto grupo de casas na capital paulista, mas suas cozinhas estão sendo pegas sem estoque, surpreendidas com a corrida dos paulistanos às mesas. Sucesso que até mesmo os chefs veteranos não conseguiram prever.

A trufa branca cresce debaixo da terra próximo às raízes de carvalhos na região do Piemonte (Itália) e sua "caça" é feita com cães farejadores. É a raridade do ingrediente e a dificuldade de sua colheita que faz com que ele seja um dos mais caros da culinária. Na Europa, o quilo gira em torno de R$ 6.000,00, chegando a custar R$ 11.000,00 aqui no Brasil. E a tendência é que esse valor aumente com o passar do tempo, pois  aprocura tem aumentado e a produção continua sendo, praticamente, a mesma.

Frágeis e extremamente perecíveis, os cogumelos são trazidos para o Brasil cercados de cuidados especiais, o que os encarece ainda mais.

Para o transporte, eles são embalados um a um em papel absorvente e armazenados em caixas que conservam a baixa temperatura. As trufas precisam ser mantidas em geladeiras, pois em temperatura ambiente, elas soltam todo seu perfume e acabam ficando sem sabor.

A embalagem individual, em que permanecem mesmo após o transporte, precisa ser trocada diariamente. Com esses cuidados, os restaurantes têm dez dias para utilizar a iguaria antes que ela estrague.

Quem não pode ou não quer pagar o preço de um menu com trufas brancas frescas, mas tem o interesse de conhecer seu sabor, pode buscar uma experiência parecida com o uso de produtos trufados, como azeites e manteigas, mesmo que a maioria deles seja aromatizada artificialmente.

Encontre pratos com trufas brancas nos seguintes restaurantes:

São Paulo

Piselli
R. Padre João Manuel, 1.253, Jardins, tel. 11.3081.6043

Zucco
R. Haddock Lobo, 1.416, Jardins, tel 11.3897.0666

La Tambouille
Av. Nove de Julho, 5.925, Jardins, tel 11.3079.6276

Vinheria Percussi
R. Cônego Eugênio Leite, 523, Pinheiros, tel 11.3088.4920

Curitiba

Durski
Av. Jaime Reis, 254, São Francisco, tel 41.3225.7893

Rio de Janeiro

Gero
R. Aníbal de Mendonça, nº 157, Ipanema, tel 21.2239.8158

Fasano Al Mare
Av. Vieira Souto, 80, Ipanema, tel 21.3202.4000

fonte FOLHA DE SÃO PAULO

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Bistro x Trattoria


Um duelo prato a prato é o que promete o novo lançamento gastronômico Bistro x Trattoria, Cozinhas da Alma, que reúne profunda pesquisa dos cozinheiros das escolas francesa e italiana, Yann Corderon e Hamilton Mellão, respectivamente, contada por meio de entrevistas da jornalista Nilu Lebert  com os especialistas. Com uma envolvente explanação, ela foi considerada figura fundamental para que as “intermináveis e divertidas discussões” entre os dois viessem a se tornar um livro.

A publicação investiga as receitas originais de estabelecimentos de cada país com mini-entrevistas e fotos descontraídas. O enredo promete divertir e derrubar mitos, sugerindo similaridades e uma saudável rivalidade entre as duas escolas.  Ao todo, foram compiladas 70 receitas, 35 de cada país, para não dar briga, é claro.  Antes de cada receita, existe uma explicação que enfoca a origem dos pratos.

Desde o início da obra, as culinárias francesas e italiana são apresentadas de forma cruzada e comparativa, esclarecendo as razões pelas quais as escolas se assemelham. Os argumentos são apresentados partindo da esfera ampla e chegando ao detalhe, do ingrediente ao prato final, do passado ao presente, abordando até as questões climáticas para o cultivo de determinados alimentos. Desta forma, amarram-se todas as pontas históricas e culturais que, de alguma maneira, resultaram em gastronomias independentes, mas com muito em comum. Tudo em tom didático, temperado pelo falatório e patriotismo dos dois, outro ponto similiar entre os países.

A seleção de cardápios contemplada na publicação prima pela autenticidade de trattorias e bistrôs, priorizando aqueles que são feitos no Brasil, sem adaptações. Ainda no início do livro, o leitor se depara com as primeiras semelhanças na origem e relevância sócio-cultural de ambas as escolas, invariavelmente convertidas nos hábitos alimentares.

A obra chega ao seu clímax, exibindo pratos semelhantes, muitos deles compostos pelos mesmos ingredientes, com alterações mínimas, mas significativas a ponto de serem independentes. O leitor tem em mãos as fotos dos dois pratos e o debate entre os dois chefs. Aí, basta se divertir com os duelos sarcásticos e refinados que passam por todas as etapas e variações de uma refeição, sempre com base histórica.

Bistrô X Trattoria - cozinhas da alma. Yann Corderon, Hamilton Mellão e Nilu Lebert.
Editora Melhoramentos, 2010.

fonte JORNOW




quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Jamie Oliver Lança Campanha Contra Obesidade na Austrália


O chef britânico Jamie Oliver lançou no dia 08/11 a campanha "Ministério da Comida, Austrália". Ministry of Food (Ministério da Comida) é o último livro de Jamie Oliver, que trata sobre o problema da alimentação, com ênfase ao grande consumo de comida industrializada. Esse livro tem o objetivo de ensinar pais a cozinhar e comer de forma mais saudável com seus filhos.

Oliver conquistou todos ao se propor a melhorar as refeições escolares britânicas numa série de TV em 2005, que em seguida deu origem à sua campanha "Ministério da Comida" em toda a Grã-Bretanha, na qual montou centros para ensinar as pessoas a preparar alimentos mais saudáveis.

Agora, em novembro, anunciou que vai levar a campanha à Austrália, onde o governo se mostrou preocupado com o fato de a população adulta estar acima do peso. A campanha começa por Queensland, ao nordeste do país.

O governo australiano ofereceu na segunda-feira, dia 08/11, 2 milhões e meio de dólares durante quatro anos para manter o programa por meio de uma ONG que foi criada por uma loja local de produtos eletrônicos.

Em nota, Jamie Oliver diz: "O dia de hoje será um marco na história da luta da Austrália contra a obesidade".




terça-feira, 9 de novembro de 2010

Alho Negro



O alho negro é o ingrediente da vez aqui no Brasil e talvez até no mundo inteiro. Muito tem se falado sobre ele, mas poucas pessoas ainda o conhecem e sabem sobre o processo que ele sofre para ficar assim.

Ele não é tingido com shoyu, não está impróprio para o uso e nem se trata de uma espécie geneticamente modificada. O alho negro é um alho normal, que passou por um processo de fermentação e envelhecimento em câmeras com temperatura e umidade controlada por cerca de um mês. Esse é o tempo para os açúcares e aminoácidos se unirem e  produzir uma substância chamada melanoidina, que é responsável pela coloração. Torna-se macio, adocicado e escuro. E, não tem gosto algum de alho.

A origem do processo de criação é disputado por japoneses e coreanos e só existe desde 2005, ou seja, é um produto novo para todos.

O processo originário do Oriente para fermentação e envelhecimento do bulbo comum traz nova cor à mesa. Com casca dourada e dentes escuros, pode levar a pensar que foi queimado ou está apodrecido, mas fica ainda melhor com o passar do tempo quando se tomam alguns cuidados de armazenamento. 

O alho negro é pouco conhecido no país, mas aos poucos vem sendo introduzido na gastronomia brasileira. O consumo ainda é restrito a restaurantes e aos poucos entusiastas que procuram por novidades. In Natura, só é encontrado com a Marisa Ono, que é a única produtora no Brasil e comercializa o quilo a R$100 mais o custo do frete.



fonte GLOBO RURAL

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Restaurante no Fundo do Mar - Ithaa



Nas Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, é onde fica o restaurante Ithaa, que significa pérola e ficou famoso por ser o primeiro restaurante a existir no fundo do mar.

O Ithaa é um espaço pequeno, deslumbrante e exclusivo. Atende somente 14 pessoas por vez, que têm a oportunidade incrível de almoçar ou jantar enquanto peixes multicoloridos, raias e tubarões se movimentam em seu habitat natural. O restaurante se encontra a cinco metros de profundidade, com águas claras e cheias de vida, proporcionando uma experiência gastronômica única de contato com a rica fauna marinha da região, rodeado por uma paisagem exótica e deslumbrante, enquanto aprecia deliciosos pratos.

Para chegar até o restaurante, existe uma plataforma na superfície, onde é possível provar um dos deliciosos drinks do lugar antes da visita subaquática. Depois de descer por uma escada de caracol, você chega até o Ithaa, uma sala de 5 metros de largura por nove metros de comprimento, coberta por uma cúpula semicircular de acrílico que dá uma visão de panorâmica de 270° do mar.

O Ithaa oferece o melhor da gastronomia mediterrânea, com toques francesese misturados aos tradicionais pratos da região. Para poder conhecer o exótico restaurante, é recomendado que você faça uma reserva com duas semanas de antecedência. E custa caro, mas sem absurdos. Uma refeição custa em média U$ 200,00.

O Ithaa foi pensado pelo escritório de arquitetura M.J. Murphy, da Nova Zelândia, e fica dentro do Hilton Resort Spa. Usa a mesma tecnologia de aquários em grande escala. O edifício de acrílico foi construído em Singapura, e depois transportado até a ilha.

Tenha mais informações do restaurante aqui e veja os cardápios aqui e aqui.




sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vídeos: Cara, Cadê o meu Carro?

Essa reportagem, feita pela revista ÉPOCA SP, aborda os serviços de valet parking de restaurantes, bares e baladas da cidade de São Paulo. Com o auxílio de câmeras e rastreadores, mostra direitinho o que acontece com o seu carro depois que você entrega sua chave aos manobristas.

Todo mundo que mora nos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo, e utiliza o serviço de Valet, sabe que isso acontece, mas é sempre bom ver tudo registrado e publicado.

Assista aos vídeos, dividido em duas partes.
 



 


Punta Food and Wine Festival


Durante o mês de novembro, sempre aos sábados, dias 6, 13, 20 e 27, acontece em Punta del Leste, no Uruguai, o Punta Food and Wine Festival.

Aproveitando-se do privilégio de ser a praia mais luxuosa da América do Sul, Punta del Leste tenta, também, se firmar como destino gastronômico. O festival marca o ingresso do Uruguai no circuito internacional de alta gastronomia.

Francis Mallmann (Garzón), Toshio Tomita (Nobu, NY), Paul Liebrandt (Corton, NY), Roberta Sudbrack (RS Restaurante), Mara Salles (Tordesilhas) e Marina Moraes (Gardênia) são alguns dos chefs convidados para participar do evento.

Os convites custam de U$ 75 a U$ 120.

Maiores informaçãoes e a programação completa do evento através do site:


fonte BASÍLICO

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Café Brasileiro Fica em Segundo Lugar


Em disputa acirrada, o café brasileiro, com blend feito pela exportadora Bourbon Specialty Coffees, ficou em segundo lugar na prova internacional promovida pela  Let's Talk Coffee, no Peru.

O café brasileiro é um blend das fazendas Recreio e Rainha, ambas do interior de São Paulo.
 
De acordo com os juízes o café espresso apresentou acidez cítrica e doce, corpo cremoso, final prolongado, textura fina e sabor de limão, cravo e delicado vinho.

A torra foi realizada em cada lote de forma separada pelos profissionais da Bourbon Specialty Coffee e foi provado por oito juízes de diferentes países, a maioria deles certificados pelo QGrader e Specialty Coffee Association of America, a SCAA.

O segundo lugar foi muito comemorado por todos os brasileiros presentes e foi aprovado e muito elogiado pelos baristas finalistas do mundial.

A classificação foi a seguinte:

1° lugar: Etiópia
2° lugar: Brasil
3° lugar: Tanzânia
4° lugar: El Salvador
5° lugar: Nicarágua

Participaram da disputa outros cinco países: Honduras, Guatemala, Colômbia, Costa Rica e Peru. No total de 19 blends de café foram provados do concurso.

Vai Brasil!!!



 


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Almoço - 03/11/10


Saladinha de folhas com tomate, cenoura, croutons e mini abobrinha grelhada com molho de emulsão de gorgoonzola.

Como é bom ter um amigo bioquímico para ajudar nessas horas...

Ferran Adrià Anuncia Abertura de Dois Bares em Barcelona

 



O chef Ferran Adrià, depois de anunciar o fim do El Bulli, disse esta semana que em breve abrirá duas novas casas em Barcelona.

Os dois novos projetos serão construídos lado a lado e serão ligados por um corredor, além de compartilharem alguma áreas em comum.

A proposta do 41° será o de uma coqueteleria clássica, onde estarão presentes coquetéis clássicos, acompanhados de snaks criativos, típicos de Ferran Adrià, e deverá ser inaugurado em algumas semanas, com ares industriais, tentando lembrar um set cinematográfico.

O TICKETS La vida tapa será um bar de tapas contemporâneas, que contará com vários espaços diferentes e terá uma grande oferta de vinhos e cervejas cuidadosamente selecionados. Com previsão de inauguração para janeiro de 2011.

Os dois novos empreendimentos serão administrados por Ferran e seu irmão Albert.

Maiores infomações nos sites www.41grados.es/ e www.ticketsbar.es/



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Personagens do Vinho


Amplo, diversificado, repleto de nuances, o mundo do vinho conta com alguns personagens principais que precisam ser conhecidos e desmistificados.

O ENÓLOGO

É o profissional mais graduado de uma vinícola, tem formação acadêmica de nível técnico ou nível superior. Ele é o responsável pela elaboração dos vinhos. Cabe a ele todas as decisões relacionadas às diversas e complexas etapas de sua produção: análise do solo, métodos de irrigação, escolha das mudas, da melhor técnica para plantar, para podar, para colher, etc.

Após a colheita o enólogo define as técnicas de vinificação, os cortes (mistura de uvas), o tempo de amadurecimento e a hora de colocar o vinho no mercado.

A profissão de enólogo foi regulamentada recentemente - lei 11.476, de 29 de Maio de 2007.

O ENÓFILO

Enófilo é o apreciador da arte e do consumo do vinho. É aquele que gosta e se dedica, profissionalmente ou por prazer, a estudar o maravilhoso mundo dos vinhos.

De fato, o enófilo é o principal personagem do mundo do vinho. É ele que o faz girar, vai a feiras, degustações e apresentações, faz análises e considerações sobre os vinhos que toma, freqüenta confrarias ou encontros, está sempre em busca de novas experiências.

Enófilos são todas as pessoas que gostam de tomar vinho e de saber sobre ele. Nessa categoria, entram desde o que está dando os primeiros passos no mundo do vinho até o mais respeitado crítico internacional. Portanto, enófilo é você também, que está aqui, agora lendo sobre vinhos, mesmo que você ainda não soubesse.

O SOMMELIER

O Sommelier é o profissional responsável por tudo relacionado ao vinho no restaurante ou loja, como a escolha dos vinhos, a elaboração da Carta de Vinhos, a compra e reposição, o armazenamento e o serviço do vinho, bem como das outras bebidas.

No Brasil até agora não existe uma regulamentação da profissão de sommelier. O projeto está parado no Congresso Nacional. Por este motivo também não há uma escola responsável oficialmente pela formação desses profissionais, nem um currículo aprovado pelo MEC ou um diploma reconhecido.


O ENOCHATO

Talvez o mais famoso de todos os personagens do mundo do vinho. O enochato é aquele que usa seus conhecimentos, ou pseudo-conhecimentos, sobre vinhos para convencer-se que está acima, e bem acima, do resto dos mortais que não sabem o que ele sabe (ou pensa que sabe) sobre o assunto.

Muito fácil identificá-lo. Sempre num lugar público e, com a certeza de que está sendo observado, o enochato pega uma taça, faz cara de entendido, inclina o copo, cheira, gira o copo, cheira de novo, franze a testa, suspira fundo, olha para a platéia como quem vai ensinar alguma coisa e solta algum comentário incompreensível, geralmente idiota.

É, por causa deles que o vinho acaba tendo fama de coisa complicada, inacessível, sofisticada, exclusiva de gente rica, metida e, claro, chata. Todo mundo deveria ter a oportunidade de aprender a tomar vinhos, sem achar que o vinho e sua cultura representam chatice ou um bicho papão, cheio de mistérios e dificuldades.

fonte CORREIO GOURMAND

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