segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Ingredientes Locais Serão Tendência da Gastronomia em 2012


Nos Estados Unidos, entre os dez itens mais quentes do país segundo a pesquisa da NRA (National Restaurant Association), quatro relacionam produtos locais, como pescados, cervejas e grãos.

"Produtores locais se tornaram uma fonte importante de ingredientes para os chefs, desejosos de apoiar sua comunidade e oferecer produtos da estação", diz Joy Dubost, da NRA. Neste ano, também ganha força a produção de insumos no próprio restaurante. Dos 1.800 chefs entrevistados pela NRA, um terço cultiva produtos. "Ao oferecerem ingredientes familiares, os chefs ingleses conseguem encantar clientes", diz Darren Tristano, da empresa inglesa Technomic.

Segundo as análises da Andrew Freeman & Co., de São Francisco na Califórnia, o "movimento pelo local" já atingiu também hotéis e spas. Atreladas a essa tendência estão questões como sustentabilidade e nutrição, identificadas pelos cozinheiros como as mais importantes para o ano novo.

Sob o manto da crise econômica, cresce a devoção de ingleses e americanos pela cozinha nacional e pelos clássicos reinventados.

Eventos como a Olímpiada de Londres e as comemorações de 60 anos do reinado de Elizabeth 2ª impulsionaram na Inglaterra um "revival" de tortas e cozidos. Estão na moda, ainda, cervejas, cidras e o extremamente tradicional "fish & chips".

No mercado norte-americano, os analistas apontam inovações em itens como sanduíches, pizzas e wraps, nos quais sabores dos cantos do mundo -notadamente asiáticos e mexicanos - se unem. "Isso acontece em lugares em que a comida é barata porque o risco é baixo para proprietários e para consumidores", diz o estudo da Baum + Whiteman, de Nova York.

De acordo com a empresa, a nova crise pode levar mais de 8.000 restaurantes do país a fechar as portas em 2012.

Nos restaurantes sofisticados, as apostas recaem sobre itens familiares, como pickles e miúdos, com nova roupagem. "O kimchi [conserva picante coreana] pode ser o ingrediente do ano", arrisca a Baum + Whiteman.

Outra culinária influente é a do Peru, afirmam os analistas. O mesmo fenômeno é percebido no Brasil, com a abertura de restaurantes peruanos na capital paulista e a onda de ceviches no Rio.

Mas a cozinha mais influente é a nórdica. Protagonizada por René Redzepi, do Noma de Copenhague (número um do mundo pela revista inglesa "Restaurant"). Ela instiga chefs na coleta (e na caça) de produtos e na apresentação da natureza no prato. Os chefs forrageadores estão chegando.

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