fonte: ACS |
A classificação do café é uma fase muito importante no processo da comercialização. Para o produtor, é necessário conhecer pelo menos um pouco do sistema, para poder avaliar o seu produto e não ficar apenas confiando nos dados fornecidos por aqueles que comercializam o café.
A determinação da qualidade do café brasileiro compreende duas fases distintas: a classificação por tipos ou defeitos e a classificação pela bebida. Além desses dois aspectos principais o café pode também ser classificado por: peneira, cor, torração e descrição.
A classificação do café por tipo é feita com base na contagem dos grãos defeituosos ou das impurezas contidos numa amostra de 300g de café beneficiado. Esta classificação obedece à Tabela Oficial de Classificação, de acordo com a qual cada tipo de café corresponde a um número maior ou menor de defeitos encontrados em sua amostra.
São considerados defeitos os grãos imperfeitos (chamados defeitos intrínsecos), ou seja, os grãos pretos, ardidos, verdes, chochos, mal granados, quebrados e brocados, e as impurezas (defeitos extrínsecos), tais como cascas, paus, pedras e insetos, encontrados na amostra. A cada um desses grãos imperfeitos ou impurezas corresponde uma medida de equivalência de defeitos, que rege a classificação por tipo.
Para proceder à classificação, as amostras são recolhidas e espalhadas sobre uma folha de cartolina preta e, com uma boa iluminação, os cafés são analisados. Os defeituosos são separados e contados segundo a Tabela de Equivalência de Grãos Imperfeitos e Impurezas.
Para conhecer sua qualidade, realiza-se a prova da xícara, pela qual o provador avalia as características de gosto e aroma do café. A classificação da bebida tem dois objetivos fundamentais: conhecer a qualidade do café a ser comercializado e definir as ligas ou blends que valorizem determinados lotes de café.
Segundo a classificação oficial, o café brasileiro apresenta sete escalas de bebidas, sendo o mole referência para todas:
- Mole: tem sabor agradável, suave e adocicado.
- Estritamente mole: apresenta todos os requisitos de aroma e sabor da bebida mole, mas de forma mais acentuada.
- Apenas mole: tem sabor suave, mas sua qualidade é inferior a dos anteriores, com leve adstringência ou aspereza no paladar.
- Dura: apresenta gosto acre, adstringente e áspero.
- Riada : tem leve sabor de iodofórmio (aquele gosto de iodo que fica na boca quando voltamos do otorrinolaringologista ou o sabor de antiséptico hospitalar).
- Rio: tem cheiro e gosto acentuados de iodofórmio.
- Rio zona ou macaco: são denominações regionais para qualificar bebidas com características desagradáveis, bem mais acentuadas que as da bebida rio.
fonte MEGAAGRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário. Participe!