segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal!


Hoje é dia de festejar e de se esbaldar! Desejamos a todos um grande abraço e o sorriso mais sincero que possam imaginar!

É um prazer estar aqui com todos vocês!

Nós, do Gastronomia Descomplicada, humildemente, lhes desejamos um feliz NATAL!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Por Quem Birimbam os Sinos

Esse texto, maravilhoso, saiu no caderno Paladar e não poderia passa incólume ao blog. Ele foi escrito por Luiz Horta, que fez uma brilhante análise sobre importância, influência e, por que não, o futuro de Robert Parker.


Por quem bimbalham os sinos?

Por Luiz Horta

Gosto de pregar no meu blog uma peça de 1º de abril que começa assim: Robert Parker morreu na Patagônia. Depois do susto inicial, explico: o famoso bandoleiro Butch Cassidy e seu companheiro Sundance Kid morreram lá, depois de roubarem bancos. O verdadeiro nome de Butch era Robert Parker. Já seu homônimo dos vinhos passa bem e continua morando em Baltimore, US$15 milhões mais rico. Só não é mais o crítico mais poderoso do mundo. Vendeu esta semana parte de sua publicação The Wine Advocate pelo valor anunciado.

Vai continuar editor, cobrindo Bordeaux e Rhône para o site e a newsletter, mas, aos 65 anos, seu declínio de influência é notável. E quem então é o CMPM (crítico mais poderoso do mundo) atual? Ninguém. Não haverá sucessor. Simplesmente porque o mundo mudou, se estilhaçou em microinfluências.

Quando Parker, bem intencionado e influenciado por seu ídolo, Ralph Nader, começou a publicação, não havia internet, os americanos começavam a beber vinho a sério e ele queria defender o consumidor, ensinando o que era válido comprar, explicando para o ávido mas neófito comprador de garrafas o que devia beber. Foi o homem certo no momento perfeito. De uma simples ideia, tocada com a mulher, feita com esforço, garrafas compradas com seu salário de advogado, impressos meio de fundo de quintal e distribuição atrapalhada, ganhou um poder extraordinário. Passou a determinar o gosto do maior mercado bebedor do mundo. Mais ou menos como em Guerra nas Estrelas, começou Jedi a acabou Darth Vader.

Seu grande tropeço, e a herança maldita que vai deixar por alguns anos, é o malfadado sistema de pontos. Para facilitar a vida das pessoas, passou a dar notas aos vinhos, numa escala de 90 a 100. De boa-fé. Ficava mais simples para Joe, o encanador, e Bill, o novo-rico, entenderem que vinho era melhor: o que tinha mais pontos, assim simples. Mas vinho é uma coisa deliciosamente complexa, um desafio para a vida toda. Sua graça é justamente ser complicado.

A brilhante ideia parkeriana destruiu o desafio. Vinho bom passou a ser o que tem de 90 pontos para cima, os de menos de 90 ninguém quer. Até aqui funciona assim: importadoras alardeiam os de 95 pontos RP e escondem os de 88, sem mencioná-los. Alguém (acho que Hugh Johnson) já mostrou a falha: na verdade, há apenas duas notas no sistema – acima e abaixo de 90.

Já tomei vinhos fantásticos que tinham pontuação baixa. E já tomei belas porcarias com 100 pontos (sim, 100 pontos!). Por que? Porque Parker não sabe nada? Não: porque o gosto dele é diferente do meu, do seu e do de d. Maria, que só quer um vinho gostoso para a pizza de domingo.

E também por ter várias bocas degustando em seu nome.

Os vinhos argentinos e espanhóis eram provados e pontuados pelo notório dr. Jay Miller, psicólogo amigo de Parker, que se envolveu numa falcatrua de venda de visitas para provar vinhos, importante fratura na confiabilidade da coisa, ano passado. Nem todos os pontos Parker são dados por ele, nem todos os vinhos ele provou de língua própria.

A tirania dos pontos virou maldição. E o gosto de Parker começou a determinar, para produtores mais venais, o sabor de seus vinhos, feitos para agradá-lo e ganhar alta pontuação. Mas isto não é um necrológio, embora eu espere que o sistema de pontos desapareça aos poucos.

Não haverá outro Parker. Seria um chinês, de um mercado crescente de vinhos, e influenciaria o Oriente. Mas as condições não são iguais e ele não teria o impacto global que Parker teve. RP foi um acidente do século 20, irrepetível.
É preciso dizer que o legado de Parker é positivo. Seu livro sobre Bordeaux é imprescindível. Ele fez uma ponte importante entre o caipira americano inseguro e preconceituoso contra tudo de fora e a sofisticação esnobe dos grandes châteaux. Deu a deixa para que se bebesse mais e provavelmente salvou muito vinicultor europeu da falência, permitindo que se vendesse em volume enorme para os EUA. Mas já é mais que hora de as pessoas simplesmente abrirem garrafas, provarem e decidirem se gostam ou não, sem olhar quantos pontos um cara que mora em Baltimore atribuiu àquelas safras.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Brasil Food Trucks - Em Busca da Regularização



Os Food Trucks, por conceito, defendem a prática da gastronomia gourmet acessível (R$ 12-16 o ticket médio) desmistificando a comida de rua através de um formato profissional em todo processo de produção e com uso de insumos de qualidade – locais, orgânicos, etc – e com seu ar irreverente mixando práticas de sustentabilidade e responsabilidade social, tornam-se plataforma de um novo tipo de negócio que movimenta chefs, profissionais de gastronomia, consumidores ávidos por novidades. 

Quando tratamos de restaurantes móveis profissionais, regulamentações sanitárias, normas técnicas, criação de parquimetros e outras necessidades devem ser atendidas. A criação dessas normas e regulamentações abriria um novo mercado que traria muitos benefícios para a sociedade. Com exemplos a serem seguidos do exterior e o atual momento de grandes Eventos Esportivos Mundiais que o Brasil irá realizar, esse mercado torna-se uma oportunidade para pequenos e médios empreendedores, chefs de cozinha, famílias e a sociedade em geral, com a geração de novos empregos, inovação de mercado, profissionalismo e gastronomia profissional.

Atualmente, a legislação dos Estados brasileiros trata de forma arcaica a comercialização de comida de rua, dificultando cada dia mais sua profissionalização. Para estados como RJ e SP existem restrições sem que se discuta um modelo de negócio adequado, enquanto que outros estados, sequer citam esse tipo de comércio de rua, que na atual legislação é categorizado como ambulante.

Agora já existe uma boa notícia, está começando a ser criado o caminho permitido para termos Food Trucks no Brasil, agora para atingirmos nosso objetivo de regulamentar e legalizar a Comida de Rua profissional, devemos fomentar o interesse público brasileiro.

O melhor caminho para isso são as Petições Públicas, sendo assim pedimos a todos ajuda na divulgação e captação de assinaturas, todos interessados em gastronomia profissional e de preço acessível. 

PARA QUEM QUISER FAZER PARTE DESSA REVOLUÇÃO, É SÓ ASSINAR  A PETIÇÃO ONLINE.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Desabafo de Adolfo Lona


Muito se fala sobre o potencial dos espumantes brasileiros. Neste cenário, os espumantes de Adolfo Lona se destacam pela sua indiscutível qualidade.

Adolfo Lona é um argentino radicado a mais de 40 anos. Nessa semana, ele publicou um excelente texto sobre o mercado nacional de vinhos.

Segue o texto na íntegra:


Salve-se quem puder

Sabe quando a impotência deixa você arrasado, raivoso, enfim, emputecido?

Pois é, esse foi o sentimento que tive hoje quando analisei (poucas vezes o faço) uma nota fiscal emitida para um cliente nosso de Belo Horizonte.

Sobre um total de R$ 17.600,00 dentro dos quais está embutido o ICM local, IPI, PIS, Finsocial, IR e algumas coisinhas mais, meu cliente teve de pagar R$6.000,00 (!!!!!) de Substituição Tributária de forma antecipada, antes de embarcar. Ou seja, desembolsou 30% a mais do custo dos espumantes que fatalmente será repassados ao mercado. 

É possível isto?

É possível ser competitivo?

É possível viver em paz, pensar no futuro, fazer projeções, planos de ampliação, ações no mercado?

É possível que toda a cadeia produtiva retire de seu capital de giro volumes tão astronômicos de dinheiro, de forma antecipada, bem antes de receber o resultado da venda?

É possível imaginar que isto será pior com o passar dos anos?

É possível não ficar indignado quando vemos toda a montanha de dinheiro público (NOSSO!!!) sendo roubado, desviado, utilizado para gastos inúteis como os cartões corporativos do alto escalão, as viagens a passeio de ministros e assessores, as despesas sem justificativa que ministros, deputados e senadores fazem com a maior cara de pau?

É possível aguentar comentários de alguns desavisados que criticam os altos preços dos vinhos e espumantes nacionais sem considerar que nosso maior e indesejado sócio, a cada dia tem mais fome?

Líderes do setor (Sindicatos da uva e do vinho, Uvibra, Ibravin, Agavi, Fecovinho, Aprovale, Apromontes e muitas outras mais) ACORDEM!!!

A REDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA É PRIORIDADE MÁXIMA!!!!

UTILIZEM SUA FORÇA POLÍTICA PARA TIRAR DE NOSSAS COSTAS (E DAS COSTAS DOS CONSUMIDORES) ESTE PESO MORTO QUE NADA DEVOLVE, QUE NADA FAZ, QUE PARA NADA SERVE!!!

PAREM DE FICAR PREOCUPADOS SOMENTE EM GANHAR MEDALHAS E PARTICIPAR DE FEIRAS!!!
JUSTIFIQUEM SUA EXISTÊNCIA!!! 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

I Festival Paranaense de Cerveja



As pequenas e micro cervejarias do Paraná se reunirão para uma grande festa em Curitiba no próximo dia 08 de dezembro. O I Festival Paranaense de Cerveja é uma iniciativa da mais nova associação cervejeira paranaense, a PROCERVA - Associação das Microcervejarias do Paraná.

A atividade cervejeira no Brasil está em grande expansão. Com 12,4 bilhões de litros produzidos em 2011 e consumo per capita de 60L, o país desponta no ranking como o 3ª maior fabricante da bebida do mundo, atrás apenas da China e EUA.

O interesse cada vez maior das pessoas pela gastronomia e pelos assuntos relacionados ao bem comer e beber impulsiona as importações, a produção e o consumo das cervejas especiais, que ocupam espaço cada vez maior nas cartas de bares e restaurantes e nas prateleiras de empórios e supermercados.

Atualmente existem cerca de 200 microcervejarias no Brasil, representando 5% do faturamento do setor cervejeiro. Com crescimento médio de 15% ao ano, as microcervejarias estimam alcançar 20% das vendas do segmento até 2015. Com um nível de excelência na produção comparável ao de países com tradição nesta área, as microcervejarias vêm conquistando um nicho de mercado diferenciado cada vez maior.

Um claro reflexo da qualidade das cervejas especiais produzidas no estado do Paraná são os inúmeros prêmios recebidos em concursos nacionais e internacionais pelos cervejeiros e micro-cervejarias nos últimos anos. Além disso, os eventos que evocam a cultura cervejeira tem cada vez maior adesão de público.

Em sua primeira edição o I Festival Paranaense de Cerveja terá atrações musicais locais e oferta gastronômica de alto nível. Os participantes do evento terão a oportunidade de degustar mais de 50 rótulos de cervejas produzidas pelas pequenas e microcervejarias de Curitiba e Região Metropolitana, muitas delas já reconhecidas e aclamadas pelos apreciadores de cervejas especiais.

A festa que celebrará o lançamento da PROCERVA espera receber cerca de 800 participantes, dentre cervejeiros profissionais e amadores, formadores de opinião e um qualificado público de admiradores de cervejas especiais. Constituída em outubro de 2012, a entidade é composta atualmente por 14 cervejarias associadas e tem como principal objetivo defender os interesses das micro e pequenas cervejarias e de fortalecer ainda mais a cultura cervejeira do estado.

Cervejarias participantes:

ASGARD
BIERHOFF
BODEBROWN
CERVEJA MADALOSSO
DE BORA
DIABÓLICA
DUM
F#%*ING BEER
GAUDEN BIER
KLEIN BIER
MORADA
OGRE BEER
PAGAN
THE BEERS
WAY BEER
WENSKY BEER


Serviço:
I FESTIVAL PARANAENSE DE CERVEJA
Festa de Lançamento da PROCERVA
Data: 08/12/2012
Horário: 14h às 22h
Local: Asgard |Rua Brigadeiro Franco, 3388 Rebouças
Ingressos: R$ 30,00 (1o lote) e R$ 40,00 (2o lote)
Pontos de Venda: Barba Negra, Barbarium, Bierhoff, Bodebrown, Cervejaria da Vila, Don Kebab, Clube do Malte, Hop’N Roll, Mestre Cervejeiro, Templo da Cerveja e Empório Weiss.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Barracas de Chefs Abrem Discussão Sobre Comida de Rua



Ao mesmo tempo em que ganhou projeção nas redes sociais, a iniciativa de chefs como Henrique Fogaça (Sal) e Janaina Rueda (Dona Onça) de vender quitutes em barracas na madrugada abriu um debate sobre a falta de regulamentação da prefeitura para a comida de rua em São Paulo.

Em grandes cidades como Londres e Nova York, a prática é disciplinada com fiscalização e com a concessão de registro sanitário. Sem lei, diz a gestão de Gilberto Kassab (PSD), pratos tradicionais como o acarajé, a tapioca, o milho cozido e o yakisoba, por exemplo, são apreendidos.

Curiosamente, a única comida de rua permitida hoje em São Paulo, pela existência de uma lei específica, é o cachorro-quente. "A prefeitura não dá mole a ninguém", diz o chef Checho Gonzáles, um dos organizadores das feiras da madrugada.

Procurou, então, parceiros que tivessem identidade com a cultura de rua para iniciar a empreitada em favor da comida de qualidade feita fora de restaurantes, a preço justo.

Surgiram nomes como o de Dagoberto Torres (Suri), que começou a carreira fazendo arepas nas ruas da Colômbia. Outros chefs, como Lourdes Hernández, se interessaram em reverter a baixa oferta. "Falta variedade, quantidade e horários que façam esse revezamento que uma cidade sempre acordada exige", afirma Lourdes.

"Comida de rua é uma forma de colocar culturas gastronômicas em evidência", diz Graziela Milanese, professora de história da gastronomia da Anhembi Morumbi. Segundo afirma, uma saída para oferecer comida segura é cadastrar os ambulantes, oferecer treinamento e fazer fiscalização. "Não se pode punir o comerciante depois que ele se instala. É preciso que exista o mínimo de estrutura para ele trabalhar", diz Vera Kawasaki, professora de nutrição da Anhembi Morumbi.

O costume também é defendido pelo britânico Richard Johnson, ex-crítico do jornal "Guardian", que se dedica ao British Street Food Awards, um festival que premia as melhores comidas de rua no Reino Unido.

"É uma loucura que uma cidade como São Paulo não tenha comida de rua legalizada. Nós enxergamos o Brasil como um país de pessoas que vivem ao ar livre. Ser obrigado a entrar num recinto fechado para comer não faz sentido. O clima brasileiro e os hortifrútis do país provocam inveja no mundo", diz ele, também autor do livro "Street Food Revolution" (A Revolução da Comida de Rua, em tradução livre).

No Brasil, as regras para a preparação de alimentos na rua, são, em grande parte, locais -definidas pelo município. Em São Paulo, uma lei de 1998, regulamentada em 2002, normalizou o ofício dos "dogueiros motorizados" (como são chamados os vendedores de cachorro-quente).

Entre outras providências, a regra determina a conduta do comerciante, que deve usar luvas descartáveis e ter um ponto de água potável e um recipiente frigorífico.

A Câmara de Vereadores de São Paulo diz que dois projetos que tratam da legalização de quatro itens de alimentação vendidos nas ruas estão em discussão. Um deles pretende regularizar a venda de pastel e caldo de cana no entorno de estádios de futebol. Outro propõe a legalização da venda de algodão-doce e de pipoca. 

Mas nos estádios, podemos explorar muito mais os alimentos do que pastel e caldo de cana. Algodão doce e pipoca se resumem somente à parques e escolas.

Porque não fazer projetos bacanas e simplesmente fiscalizar o trabalho feito? No nosso entender, barracas de comida sem higiene e mínimos cuidados são descartada pela população naturalmente. Em caso de contaminação, o dono deve responder em juízo, simples assim, como é feito em qualquer lugar no país. 

Patético pensar que grandes chefs querem fazer coisas interessantes é só  liberam cachorro quente, pipoca e algodão doce.

A Prefeitura de São Paulo afirma, também, que não propôs projetos que discutam a venda de comida de rua nos últimos anos.


Nesses casos, a prefeitura se mostra burra e preguiçosa.

Vida aos Food Trucks!!!!!


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