terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Barracas de Chefs Abrem Discussão Sobre Comida de Rua



Ao mesmo tempo em que ganhou projeção nas redes sociais, a iniciativa de chefs como Henrique Fogaça (Sal) e Janaina Rueda (Dona Onça) de vender quitutes em barracas na madrugada abriu um debate sobre a falta de regulamentação da prefeitura para a comida de rua em São Paulo.

Em grandes cidades como Londres e Nova York, a prática é disciplinada com fiscalização e com a concessão de registro sanitário. Sem lei, diz a gestão de Gilberto Kassab (PSD), pratos tradicionais como o acarajé, a tapioca, o milho cozido e o yakisoba, por exemplo, são apreendidos.

Curiosamente, a única comida de rua permitida hoje em São Paulo, pela existência de uma lei específica, é o cachorro-quente. "A prefeitura não dá mole a ninguém", diz o chef Checho Gonzáles, um dos organizadores das feiras da madrugada.

Procurou, então, parceiros que tivessem identidade com a cultura de rua para iniciar a empreitada em favor da comida de qualidade feita fora de restaurantes, a preço justo.

Surgiram nomes como o de Dagoberto Torres (Suri), que começou a carreira fazendo arepas nas ruas da Colômbia. Outros chefs, como Lourdes Hernández, se interessaram em reverter a baixa oferta. "Falta variedade, quantidade e horários que façam esse revezamento que uma cidade sempre acordada exige", afirma Lourdes.

"Comida de rua é uma forma de colocar culturas gastronômicas em evidência", diz Graziela Milanese, professora de história da gastronomia da Anhembi Morumbi. Segundo afirma, uma saída para oferecer comida segura é cadastrar os ambulantes, oferecer treinamento e fazer fiscalização. "Não se pode punir o comerciante depois que ele se instala. É preciso que exista o mínimo de estrutura para ele trabalhar", diz Vera Kawasaki, professora de nutrição da Anhembi Morumbi.

O costume também é defendido pelo britânico Richard Johnson, ex-crítico do jornal "Guardian", que se dedica ao British Street Food Awards, um festival que premia as melhores comidas de rua no Reino Unido.

"É uma loucura que uma cidade como São Paulo não tenha comida de rua legalizada. Nós enxergamos o Brasil como um país de pessoas que vivem ao ar livre. Ser obrigado a entrar num recinto fechado para comer não faz sentido. O clima brasileiro e os hortifrútis do país provocam inveja no mundo", diz ele, também autor do livro "Street Food Revolution" (A Revolução da Comida de Rua, em tradução livre).

No Brasil, as regras para a preparação de alimentos na rua, são, em grande parte, locais -definidas pelo município. Em São Paulo, uma lei de 1998, regulamentada em 2002, normalizou o ofício dos "dogueiros motorizados" (como são chamados os vendedores de cachorro-quente).

Entre outras providências, a regra determina a conduta do comerciante, que deve usar luvas descartáveis e ter um ponto de água potável e um recipiente frigorífico.

A Câmara de Vereadores de São Paulo diz que dois projetos que tratam da legalização de quatro itens de alimentação vendidos nas ruas estão em discussão. Um deles pretende regularizar a venda de pastel e caldo de cana no entorno de estádios de futebol. Outro propõe a legalização da venda de algodão-doce e de pipoca. 

Mas nos estádios, podemos explorar muito mais os alimentos do que pastel e caldo de cana. Algodão doce e pipoca se resumem somente à parques e escolas.

Porque não fazer projetos bacanas e simplesmente fiscalizar o trabalho feito? No nosso entender, barracas de comida sem higiene e mínimos cuidados são descartada pela população naturalmente. Em caso de contaminação, o dono deve responder em juízo, simples assim, como é feito em qualquer lugar no país. 

Patético pensar que grandes chefs querem fazer coisas interessantes é só  liberam cachorro quente, pipoca e algodão doce.

A Prefeitura de São Paulo afirma, também, que não propôs projetos que discutam a venda de comida de rua nos últimos anos.


Nesses casos, a prefeitura se mostra burra e preguiçosa.

Vida aos Food Trucks!!!!!


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