segunda-feira, 25 de março de 2013

Marcos Bassi, o Rei da Carne, Morre em São Paulo



O "mestre da carne" Marcos Bassi faleceu neste domingo (24) em São Paulo, aos 64 anos, informou a assessoria de imprensa do restaurante Templo da Carne, do qual ele era proprietário. Bassi enfrentava câncer no pulmão e foi internado recentemente no hospital Sírio Libanês.

Em nota, o hospital declarou que a morte foi confirmada às 12h12 do domingo. O velório acontecerá até as 14h desta segunda-feira (25) no Funeral Home, em São Paulo, e o enterro será no Cemitério do Araçá, também na capital paulista.

De acordo com informações da equipe da Rádio Bandeirantes, onde Bassi era colaborador, ele estava sem gravar nos últimos dias, por conta da doença. A assessoria de imprensa de Bassi confirmou que ele estava afastado das atividades profissionais, mas estava trabalhando por e-mail e telefone. 

Nascido no bairro do Brás, ele era filho de um alfaiate e de uma dona de casa, ambos italianos. Bassi perdeu o pai cedo e começou a trabalhar para ajudar nas contas da família. Atualmente, a marca de carnes Bassi pertence ao grupo Marfrig.

Bassi atuava há mais de 50 anos no mercado de carnes, ficou conhecido por criar cortes, como a fraldinha e o bombom de alcatra, e recebeu vários prêmios. Em entrevista ao Terra, ele contou que a fraldinha nasceu a partir de um pedido que recebeu de uma senhora francesa: "foi ela que me apresentou o corte 'bavete', como é chamado na França". O especialista em carnes começou apenas vendendo sanduíches com o corte e quando a francesa viajou surgiu a oportunidade de popularizar a fraldinha. "Abri a churrascaria Bassi, comecei a vender a peça inteira no espeto e indicar aos clientes. A fraldinha eu criei em 1967, o bombom de alcatra nos anos 80", contou.

O churrasqueiro, que começou a trabalhar com carne aos oito anos, vendendo miúdos de boi, tinha planos de criar ainda mais cortes de carne e difundi-los no País. "Pretendo criar muitas coisas, é para isso que o Templo da Carne se dedica: levar a cultura da carne ao consumidor", disse em entrevista no início deste ano. Bassi comparava o trabalho do açogueiro ao de um joalheiro, pois precisava deixar a peça bonita, "como uma joia". 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário. Participe!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...