Sim para as barracas de comida e para as cozinhas sobre rodas, fora da clandestinidade e com qualidade!
Essa é a ideia do manifesto "Botando Banca", publicado por chefs de São Paulo. A ideia é "ocupar" as calçadas da cidade com comida de qualidade e preços acessíveis, mas também com segurança e sem problemas com a lei.
Na base do manifesto estão os chefs Dagoberto Torres (Suri), Mara Salles (Tordesilhas), Andrea Kauffman (AK Vila), Hugo Delgado (Obá) e Carole Crema (La Vie en Douce) - todos com alguma atividade fora de suas casas pelo menos uma vez ao mês.
Os chefs têm se reunido desde novembro do ano passado para elaborar um plano para trazer o assunto da regulamentação da comida de rua à tona.
De acordo com o texto do manifesto, os carros de comida e as barracas, além de representarem "uma alternativa acessível de alimentação fora de casa" também seriam uma forma de "ocupação da cidade e resgate da cidadania".
Mapa da mina
Para divulgar o projeto, os restaurantes publicaram um mapa com a localização de cada restaurante e os horários e dias em que as barracas estão nas ruas. Para completar, há também um guia de programas culturais próximos, como cinemas e festas -perfeito para fechar ou começar um programa de fim de semana, por exemplo.
A lei que oficializa o funcionamento de barracas e dos caminhões de comida está sendo analisada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e sua equipe. Um dos entraves para a aprovação do projeto é o valor Termo de Permissão de Uso, licença necessária para operar carros e caminhões de comida.
Outro problema discutido é a decisão de onde, exatamente, esse tipo de comércio ambulante pode operar.
Outro cantos
Nós, do Gastronomia Descomplicada, achamos que a conversa não deve se restringir somente à São Paulo. Apoiamos todo e qualquer movimento em prol da gastronomia diversificada e acessível.
A regulamentação precisa ser estudada, mas colocada em prática o quanto antes. Precisamos acabar com a "burrocracia" que nos impede de comer delícias na rua, feitas por quem entende de comida a um valor que caiba em nossos bolsos, como é feito no mundo inteiro.
Acho que está na hora de todos, ao menos, começarem essa discussão. Comida de rua tem que ser mais que pipoca e cachorro quente.
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