terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Robert Parker, Descoberto o Escândalo


Você quer que a Wine Advocate (Robert Parker e Cia.) visite a sua vinícola? Sem problemas, basta pagar o cachê acordado e pronto. Se eu fosse um produtor aproveitaria agora, pois é época de saldos.

O escândalo foi descoberto pelo blogger americano Jim Budd e envolve diretamente o Jay Miller, colaborador de Parker. Já no passado, Miller, que na Wine Advocate cuida das avaliações de vinhos da América do Sul e Espanha, foi flagrado aceitando viagens e refeições grátis. Mas desta vez ele foi além: ofereceu uma “breve visita” a algumas vinícolas na província de Madri pela “metade do preço usual: U$27.000 + VAT (impostos)”. Ou seja, com recibo e taxas pagas. Quer dizer que não seria uma transação por debaixo dos panos, mas tudo limpo e transparente: um negócio oficial da Wine Advocate.


Parece que o meio utilizado para se fazer as transações foi o Master of Wine espanhol Pancho Campo, que intermediou os contatos entre o Miller e as vinícolas de Murcia. Campo, obviamente, desmentiu tudo.

O mundo do vinho pergunta-se sobre o famoso código de ética de Robert Parker. O aclamado crítico sempre se vangloriou de sua independência, declarando com orgulho que nunca aceitou um centavo de vinícola alguma, que faz questão de escolher livremente os vinhos a serem avaliados e que ele os compra com o próprio dinheiro.

Após a grande repercussão do acontecido, Jay Miller, o crítico incriminado, pediu demissão de forma "espontânea" e já não faz mais parte da Wine Advocate. Parker informa que a mudança não será fácil, mas se mostrou essencial no  momento, segundo seu próprio site. 

Enfim, a história não caiu muito bem e as demissões do colaborador são um claro sinal que algo deu errado. Os e-mails com o pedido de dinheiro existem e ninguém até agora deu uma resposta convincente sobre o assunto.

Aparentemente, a farra dos pontos acabou...

Segue a carta de demissão de Jay Miller em inglês:

“Some may believe my stepping down is in response to my critics. Nothing could be further from the truth. I have felt constrained in responding while still on The Wine Advocate staff. While the office has defended my actions, justifiably, now it is time for me to speak for myself. In what format I will do that remains to be seen. This much is clear. I am returning to Bin 604 Wine Sellers in Baltimore on a part-time basis. I also plan to explore consulting opportunities. However, what really excites me is the opportunity to spend more time in Spain as well as South America researching a book, probably a primer on their wines, which will mean doing more traveling and tasting than I have done up to now. I may well do a blog on wines from Spanish speaking countries (including Chile and Argentina), and apply any additional spare time I may have to studying Spanish. I leave The Wine Advocate with a clear conscience. I have never accepted (or requested) fees for visiting wine regions or wineries. I have enjoyed being part of The Wine Advocate, and I start this new venture with great expectations. I am enormously thankful for the support and friendships I have enjoyed over these years”.

fonte MONDO VINO e VIVENDO A VIDA

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