terça-feira, 5 de junho de 2012

Pint to Pint - Breve História da Complexa e Maravilhosa Cervejaria Belga



A história da cerveja na Bélgica, remonta à idade das primeiras cruzadas, muito antes da Bélgica tornar-se um país independente.

Sob permissão da igreja Católica, mosteiros locais franceses e flamencos fabricavam e distribuíam a cerveja como um método de aumentar seus fundos financeiros. Na época foi preferido produzir cerveja com teor alcoólico relativamente baixo como uma alternativa sanitária à pouca água potável disponível.

Os métodos de fermentação artesanal evoluiram, sob supervisão da abadia, durante os próximos sete séculos. Os monastérios trapistas que agora fazem cerveja na Bélgica foram ocupados no final do século 18 principalmente por monges que fugiam da Revolução Francesa.

No entanto, a primeira cervejaria trapista na Bélgica (Westmalle) iniciou a operar em 1836, quase 50 anos depois da Revolução. Esta cerveja era exclusivamente para os monges e era descrita como "escura e doce".

Atualmente, Cervejas Belgas variam de lagers clara a lambic. Existem aproximadamente 178 cervejarias no país, que vão desde gigantes internacionais a microcervejarias, produzindo juntas mais de 1500 rótulos de diferentes cervejas.

Procedência das cervejas tradicionais Belgas

Cervejas Trapistas

Para uma cerveja se qualificar para a certificação trapista (Bière Trappistes), a cervejaria deve estar em um monastério, a sua produção deve ser feita pelos próprios monges ou sob sua supervisão e as políticas e os lucros da venda devem ser usados para apoiar o monastério e/ou programas sociais fora. 
Apenas sete monastérios atualmente atendem a essas qualificações, seis dos quais na Bélgica e um na Holanda. Cerveja trapista é um termo de origem controlada: diz de onde as cervejas provêm e não é o nome de um estilo de cerveja. Fora o fato de serem em sua maioria de alta fermentação, as cervejas trapistas tem muito pouco em comum estilisticamente.


Cervejas de Abadia

A designação "cervejas de abadia " (Bières d'Abbaye or Abdijbier) foi originalmente usada para qualquer cerveja monástica. Após a introdução da designação oficial de Cerveja Trapista pela Associação Internacional Trapista, em 1997, passou a significar produtos semelhantes em estilo ou apresentação de cervejas monásticas.

Em outras palavras, uma cerveja de abadia pode ser produzida por um mosteiro não trapista, por exemplo Beneditino; produzido por uma cervejaria comercial sob acordo comercial com um monastério existente; designada com o nome de uma abadia extinta ou fictícia ou sem mencionar um mosteiro específico, por uma cervejaria comercial.

Embora cervejas de abadia não são seguem rígidos procedimentos de produção, a maioria tende a incluir os estilos mais conhecidos de trapistas, como a Brune (Brown Ale belga, aka Dubbel), strong pale ale ou tripel e blonde ale ou blond. 

Em 2011 haviam 18 cervejarias de abadia certificadas, entre elas duas comumente encontradas no Brasil, por terem sido adquiridas por cervejarias multinacionais: Affligen (produzida pela Heineken) e Leffe (produzida pela InBev).



Não deixe de ler o restante do assunto no próximo post da coluna Pint to Pint



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