Nos próximos cinco anos, será colocada no mercado brasileiro uma alface com concentração 15 vezes maior de folato. Em fase de estudos de biossegurança, a hortaliça, com apenas 12 gramas, poderá suprir 70% da necessidade diária de ácido fólico, cuja ausência no organismo pode causar depressão e problemas na gravidez.
Através do projeto realizado pelo Embrapa, foi desenvolvida uma alface crespa com genes da planta Arabidopsis thaliana, primeira espécie a ter o genoma completamente sequenciado.
"A principal função desta alface será servir como alternativa para obtenção de ácido fólico sem necessidade de ingestão de medicamentos", afirma o pesquisador Francisco Aragão, que coordena a pesquisa.
Após serem realizados os testes, a comercialização dependerá da liberação na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
A recomendação de ingestão diária nos homens adultos é de 200 microgramas de ácido fólico por dia, enquanto que para as mulheres é de 180 microgramas. Durante a gravidez, a dose diária recomendada dobra para 400 microgramas, isto porque o consumo adequado de ácido fólico por gestantes reduz em até 80% os casos de má formação do tubo neural de bebês - que implicam em anomalias permanentes como espinha bífida e anencefalia.
Outros estudos mostram que o ácido fólico ajuda a prevenir fissura labiopalatal (lábio leporino), além de evitar casos de depressão em jovens e adultos.
Atualmente no Brasil somente 13,8% das mulheres tomam suplemento de ácido fólico antes de engravidar, e no sistema público este número cai para 3,8%.
fonte SITE GASTRONOMIA
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